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domingo, 17 de novembro de 2013

Madame Leandro Dupré - mais uma escritora /memorialista na familia dos Paes de Barros

atualizado em dez. 2021 e fev. 2022



Madame Leandro Dupré – Mary Joseph- Maria José Dupré Maria José Fleury Monteiro

Nem todos os membros da extensa familia Paes de Barros foram somente barôes, politicos e ricos! 
Madame Lendro Dupré, Maria José Dupre
Muitos membros da familia eram fazendeiros, trabalho e vida dura na epoca de entao.

Maria José Dupré, autora de „eramos seis“, livro mais conhecido dela, foi descendente do ramo Barros-Aguiar da familia Paes de Barros, descendentes de Fernão Paes de Barros e Angela Ribeiro (ou de Cerqueira).

Seus bisavós maternos foram o Capitao Chico, Francisco Xavier Paes de Barros e Rosa de Aguiar, 4°s avós de Tiffany. Seus avós paternos foram membros de familia Lopes de Oliveira de Sorocaba, envolvidos na historia do ramo Barros-Aguiar na historia de familia.

O bisavô  capitão Chico foi filho de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado, residentes em Itu e foi irmão do 1° Barao de Itu, do 1° Barao de Piracicaba, de Genebra de Barros Leite, de Escholastica Paes de Barros, de Anna Joaquina Leite, de Angela Ribeiro Leite, de Floriano Joaquim de Barros e de Maria Leite de Barros.

a bisavó Rosa de Aguiar foi filha do Coronel Antonio Francico de Aguiar e Gertrudes Eufrzina Ayres de Sorocaba e Irmã do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar, Gertrudes de Aguiar, Leonarda de Aguiar e Anna de Aguiar.


BIOGRAFIA SEGUNDO A WIKIPEDIA:

„Nascida na fazenda Bela Vista, na época município de Botucatu, era filha de Antônio Lopes de Oliveira Monteiro e de Rosa de Barros Fleury Monteiro. Maria José foi alfabetizada pela mãe e seu irmão mais velho. Ainda em Botucatu, estudou música em aulas particulares e pintura no Colégio dos Anjos. Sua formação literária, contudo, deu-se antes mesmo da frequência na escola: seus pais, apesar de não serem ricos, mantinham o hábito da leitura e ainda menina já tinha travado contato com livros clássicos portugueses e mundiais, de autores como Eça de Queiroz, Leão Tolstoi, Nietzsche, Rimbaud, Goethe e muitos outros.
Mudou-se para a cidade de São Paulo, onde cursou a Escola Normal Caetano de Campos, formando-se professora. Sua vida na literatura começa após se casar com o engenheiro Leandro Dupré.

Em 1939, publicou o conto Meninas tristes, no suplemento literário de „O Estado de S. Paulo“, com o pseudônimo de Mary Joseph, incentivada pelo esposo que dizia que suas narrativas eram "contos orais" que mereciam ser escritos.
Teve sua primeira obra literária publicada em 1941, intitulada O Romance de Teresa Bernard. 
Dois anos após publicou „Éramos Seis“, que veio a receber o prêmio Raul Pompéia da Academia Brasileira de Letras e o prêmio José Ermírio de Moraes. A obra recebeu diversas adaptações, começando por filme argentino em 1945 e depois em várias telenovelas com tradução para vários idiomas.
 
No ano de 1943 Dupré começa a publicar obras infantis com Aventuras de Vera, Lúcia, Pingo e Pipoca, também premiado pela ABL. 
Em 1944, junto ao marido Leandro Dupré, alia-se a Monteiro Lobato, Caio Prado Jr. e Artur Neves na fundação da editora Brasiliense.
As obras destinadas ao público infantil ganharam destaque com a série que narra as aventuras do Cachorrinho Samba, dos quais O Cachorrinho Samba na Rússia que venceu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro com títulos ainda editados.
Além de seu principal romance, teve traduzidos para outros idiomas os livros Gina e Os Rodriguez.
 
Consta que hoje o local da fazenda Bela Vista pertença ao município de Ribeirão Claro no Paraná por estar muito próxima da divisa entre São Paulo e Paraná.Maria José Dupré faleceu em 1984 (outros dizem em 1987) e nâo tive filhos. „


Os pais de Maria José Dupré

Rosa Aguiar de Barros Fleury, nasceu em  Goias em 1862 e era filha de Francisca de Aguiar Barros e o Coronel Antonio Augusto de Padua Fleury. ( Francisca foi irmã do Barão de Tatui (trisavô de Tiffany))
Rosa recebi uma educaçao domestica junto a algumas primas que obtinham aulas. Conheceva a lingua francesca e as literaturas nacional e estrangeira e legia muitos jornais, livros e periodocos. Lilian Lacerda em um estudo sobre Maria José, * escreve que os infortunios levaram à mudança para Botucatu, para o sertão e depois novamente para Botucatu. A familia não dispunha mais de muitos recursos financeiros para os custos com a escolarização de todos os filhos e filhas. Assim, as irmãs moram durante uma temporada com parentes proximos e os meninos seguem para o colégio. Marie José vivia com a sua irmã Guiomar que foi casada. Em sua casa o marido possuia biblioteca com coleçao completa de Eça de Queiroz. (*Lilian Lacerda, „Album da leitura“ )
Rosa casou com 16 anos em 02.03.1778 em Sorocaba com

Antonio Lopes Monteiro nascido em 1846 em Sorocaba e 
filho de José Manoel Monteiro e de Maria Theresa Lopes de Oliveira. ( nota Tiffany: os Lopes de Oliveira e o ramo do Francisco Xavier Paes de Barros de Aguiar em Sorocaba, são muito entrelaçados. Maria Theresa era irmâ da Andreza Lopes de Oliveira. Este ultima era a terceira esposa em 1847 do Francisco Xavier Paes de Barros, avó materno de Rosa de Barros Fleury.  Outro irmâo de Maria Theresa e de Andreza se casa com Maria, ultima filha de Andreza e Francisco Xavier Paes de Barros.  - Amalia Lopes de Oliveira, outra parente de Andreza e Maria Theresa casou em 1862 com Joao de Aguiar de Barros, irmâo do barao de Tatui e ambos filhos do Francisco Xavier Paes de Barros e de Rosa de Aguiar, a primeira esposa Rosa . Depois  Francisco, irmao do nosso Antonio Lopes Monteiro supra, havia casado com Regina, uma neta do Francisco Xavier Paes de Barros, filha da filha Maria Candida e irmã de Joao de Aguiar de Barros e do barão de Tatui.)
Antonio Lopes Monteiro foi homem envolvido na lida da terra, no plantio, na criação de animais e outras atividades desenvolvidas por ele para a subsistencia da familia.Não quis estudar na capital, e quando conheceu Rosa de Aguiar de Barros Fleruy, era proprietàraio de uma olaria na cidade paulistana.. Era Tropeiro quando jovem, tendo feitos varios viagens ao Rio Grande do Sul. Nao teve maiores estudos, mas lia muito e declamava da memoria Guerra Junqueira. Com o dinheiro das tropas adquiriu uma olaria em Sorocaba, atividade que desenvolvia aos 32 anos quando casou com Rosa Barros Fleury. Seria que a familia de Rosa (os Aguiar de Sorocaba e os Paes de Barros de Itu), que foram tambem ligados aos negocios de tropas, faz que Rosa casou com Antonio.


Sobre o pai, Marie José Dupré escreve:

„Papai, em seu modo rude de sertanejo, sempre se chamou de caboclo (homem do sertão de pele queimada pelo sol) Meu pai tinha fama de homem calado, sisudo e quietarrão. Media um metro e oitenta de altura, era magro e pelos retratos de moço bonito. Diziam que ninguém brincasse com Capitão Monteiro, era muito zangado. Não. Era muito bom, mas enérgico. Apesar de enérgico dizia sempre que nunca batera num filho e não achava necessario bater. O melhor era corrigir com palavras e exemplos. A prova do que ele diziaa é que muito antes da lei de alforria aos escravos, os pais dele, Lopes de Oliveira e Monteiro de Sorocaba, jà haviam libertado todos os seus negros, que continuavam, por amizade, a trabalhar para a familia. (os caminhos, p.17) „
Antonio Lopes Monteiro tinha 32 anos quando casou em Sorocaba com Rosa que tinha só 16 anos em 1878. Ele escrevia muito bem, recitava Guerra Junqueira e sabia muitos versos de cor. Sabia todos os obras de Eça de Queiroz, assim como outras obras da literatura portuguesa. Maria José escreve que seu pai dizia:

 „no que toca à literatura do seculo passado foi a herança que recebi de meu pai „(pag. 4).
 Sobre a familia do pai, lembra Maria José:

„ Ele (o pai) ficou pensativo algum tempo, depois començou a falar sobre os parentes de Sorocaba. - Fale do brasao dos Oliveiras- eu pedia…..

Meu pai començava a desenhar o brasao. A mão segura, na espada estão as letras: I.H.S. quer dizer Jesus Hominum Salvator. De um lado – sable e do outro lado – ouro. Hà um ramo de Oliveira espetado quase na base da espada e estas as palavras: Non Commovebitur, em latim. – Eu seguia as explicações e ele perguntava a minha mãe: està certo, Rosinha ? Ela dizia que sim e explicava o significaçâo das palavras em latim : não voltaràs, não demorevàs.
Quem lembrou de fazer o brasâo ? eu perguntava. – Um dos antepassadso, os Lopes que moravam em Sorocaba…..- Mamâe explicava que eram pessoas adiantadas na epoca, possuiem biblioteca em casa. Os unicos na cidade que tinham livros, tinha toda a coleção de Alexandre Dumas… Quem é mesmo Alexandre Dumas ? eu perguntava. Meus explicavam devagar, com paciencia, citavam os romances e contavam que o folhetim que vinha diariamente num dos jornais de Capital era de Dumas……Eu jà estava cochilhando, cabeça encostada na cabeça de papai, queria saber mais e eles diziam: Chega vai dormir. Mas não tenho sonho.. eu me lamentava, tomava as bençôes dos dois e ia para meu quartinho, sem vontade. Em minha cabeça misturavam-se os romances de Alexandre….Os Lopes de Sorocaba tinham biblioteca com livros de Alexandre. Gente importante, Tinham brasão. Muito bonito. Não voltaras atràs. Como é que eu não podiam voltar atràs? Todos os dias eu voltava para tràs, esse era a verdade. Nâo seguia o brasão dos Lopes de Oliveira. Maria José, pag. 85-87.“


Depois de alguns anos em Sorocaba Rosa e Antonio decidiram de mudar-se a Botucatu. Adquiriram fazenda em 1880. - Esta propriedade tornou um importante referencia. A Companhia Sorocabana identificou-a como  ponto estrategico em Botucatu.  (depois na Companhia Sorocabana tive muitos membros da familia Paes de Barros) "Antonio Monteiro" tornou-se o nome do lugar e mais tarde virou Fazenda Vila Vitoria. A fazenda possuia colonia e uma escola dirigida para professora inglesa.  Em 1888 o menino Osvaldo (irmão de Marie José) faleceu de Tetano e a familia ainda em choque decide de mudar na cidade enquanto trataram a venda da fazenda. Ao redor de 1891 Rosa e Antonio adquirem terras na margem do Paranapanema, para onde se mudaram em 1895/96. Hoje estas terras se situam no municipio do Rio Claro, Paranà. Deixaram as meninas mais velhas com a avó e uma tia e partem para nova morada com os meninos.

Algum tempo depois, foi necessario enviar os meninos para o colegio de Sao Luiz em Itu, como alunos internos. Rosa e Antonio poussuiam um nivel cultural muito superior  à população simples dos arredadores, entre os quais tambem criminosos, regugiada da justiça, porém respeitaram Antonio.Antonio era um apaziguador e aconselhador dos nervosos vizinhos, acostumados a resolver tudo na bala e na faca.

Rosa era medica, a farmaceutica, a professora de hygiene. Situaçao difficil foi quando ela era gravida com quase 40 anos. em plena sertão ! E assim nasceu Marie José em 1898, 8 anos mais jovem que os gemeos Raul e Renato praticamente no sertão..Viveram no sertao por alguns anos, plantando cafezais, costruindo algumas casas para colonos até que ca em 1903 decidiram de voltar para Botucatu. O retorno occorre em meio de dificuldades que só foram resolvidas pelas amzidades de Antonio que era muito respeitado em Botucatu. Estes amigos indicam Antonio de aministrar uma fazenda que era dividida pelo banco - era a fazenda Bela Vista. Antonio tive amizidade com o condé da Serra Negra, Maneco Conceição, seu antigo vizinho da fazenda Antonio Monteiro. Tive tambem o seu irmâo, Maneco  Lopes de Oliveira, dono da fazenda 


Escreve Maria José Dupré no seu livro "os caminhos": 


Botucatu, Fazenda Bela Vista, (Marie José Dupré)
„ Eu crescia na fazenda Bela Vista e aprendia a ler e escrever com minha mãe. Aprendia a contar com meu irmão mais velho quando ele aparecia na fazenda. E quando Raul e Renato chegavam do colégio, nas férias, havia festa. As noites eram tranqüilas entre conversas e fatos que os meninos contavam do colégio à luz dos lampiôes de querosone suspensos sôbre a mesa de sala de jantar. Papai sentado na rêde, eu sentada ao seu lado, ouvindo a prosa. Lembro-me de mamàe debraçada sobre a màquina de costura e aquele tà-tà-tà me ficou nos ouvidos pela vida afora. Mamàe tinha conhecimentos gerais de tudo que aprenderia em casa de tia Genebra de Aguiar Barros que fora casada com um irmão de vovò.
(Nota: Quando Marie José fala de tia Genebra de Aguiar Barros, se refere à sua prima Genebra de Souza Queiroz, filha de Vicente de Souza Queiroz, o Barão de Limeira, casado com a sua prima Francisca de Paula Souza. 
O Barão de Limeira foi descendente de Genebra de Barros Leite (4a tia-avõ de Tiffany), irmâ do 1° barao de Piracicaba, irmã do 1° Barao de Itu (4° avó de Tiffany , do cap. Chico de Sorocaba (4. avó de Tiffany) Genebra de Barros Leite foi tia-avô de Marie-José ).

A esposa do Barâo de Limeira, Francisca de Paula Souza foi tambem uma prima de Marie-José sendo descendente de Maria de Barros Leite , irmã de Francisca de Barros Aguiar, a avó de Marie-José, ambas filhas do cap. Chico de Sorocaba, Francisco Xavier Paes de Barros e Rosa de Aguiar, (4°s avós de Tiffany).

Genebra de (Souza Queiroz) Aguiar Barros foi casada com Antonio Francisco de Aguiar, irmão do Barão de Tatui e de Francisca de Aguiar Barros Fleury, avó de Marie José Dupré), todos filhos e filha do Cap. Chico de Sorocaba con Rosa de Aguiar.


Eu mal soletrava e jà conhecia as fàbulas de „La Fontaine“, gostava de recitar a „Cigarra e a formica“, imitando a pronuncia de mamãe. Minha mâe falava sobre o autor e o signifacção de cada historia e dizia que as criaturas humanas representam as mesmas historias. Ela recitava em alemão os versos de Schiller, de Heine e de Goethe, contava que aprendera com a mesma professora que ensinara prima Rosa Antonia, filha de tia Genebra.( A prima Rosa Antonia, filha de essa Genebra de Aguiar Barros foi casada com Agenor de Azevedo. Rosa Antonia foi irma de Francisca de Aguiar Queiroz, casada com Evarista Ferreira de vieiga )

Haviam aprendido juntas os classicos alemães e franceses. Eu pedia: „- Mamãe, recite aqueles versos de Heine….“- Ela recitava enquanto costurava…..(Maria José Dupre, Os caminhos, pag. 59-62). „
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Sobre o seu nome de autora: MADAME LEANDRO DUPRé:
"Chegou a hora do nome. Eu disse que preferia um pseudônimo, o mesmo do conto: Mary Joseph. Houve discussão, troca de ideias, outros foram consultados. Ninguém compraria um livro de autor desconhecido e com nome esquisito. Imaginava os sorrisos engraçados: "Agora você virou romancista? Escritora?" E se ninguém comprasse? Se o romance não tivesse sucesso? Artur Neves falou com energia: "Um romance com esse pseudônimo estaria condenado ao fracasso..." Leandro teve uma ideia: "E se ficar Sra. Leandro Dupré? O que o senhor acha?" Voltou-se para mim e disse brincando: "Iremos juntos para o sucesso ou para o fracasso..."
Sobre o seu marido Leandro Dupré
„Leandro tocava violino numa orquestra de amadores, na qual se tornou o primeiro violino. Ensinou-me a apreciar os grandes Músicos e compositores. Um dia eu disse: - Sabe? Gosto de Alberniz, de Brahms, de Mozart, de Debussy, mas nunca pude entender Wagner, acho tão longe, longe demais para meu entendimento, està muito alto. – Você vai adorar a musica de Wagner, vai ouvi-la até comprendê-la. Isso conteceu anos mais tarde, quando viajamos pelos Estados Unidos.( Pag. 237)“


Marie José pousou para " O creme Pond's", da Johnson & Johnson

Sobre a sua casa natal, a fazenda Bela Vista, escreve: 

" Não olhei para trás quando deixei a chácara pela ultima vez. Só voltei a cidade uns vinte anos depois e nada mais existia: nem a casa, nem as árvores, nem os pássaros. Em seu lugar haviam construido uma Escola Profissional ou instituto não sei bem..."

Efeitivamente onde estava a fazenda Bela Vista parece foi vendido o terreno e foi costruida a escola profissional secundaria de Botucatu.


Botucatu, Fazenda Bela Vista, (Marie José Dupré), depois escola profissional secundaria



A ) Os avós maternos:

1. Francisca de Barros Aguiar nasceu em 24. Maio de 1842 em Sorocaba, e foi batezada em 16 de Junho. Foi irmã do Barão de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros (trisavô de Tiffany), como tambem de Maria Candida , Raphael de Aguiar Barros, Dr. Antonio Francisco Aguiar Barros, Joao Aguiar de Barros, Gertrudes Brazilica de Aguiar Barros, Bento de Aguiar Barros; eles todos meio-irmaõs de Carlos Paes de Barros, Brasilico Lopes de Barros, Fernão Paes de Barros, Maria Lopes de Barros.

Francisca casou em 28 Novembre 1860 com o Coronel Antonio Augusto de Padua Fleury.

A avó Francisca vem descrita por Marie José com forte personalidade, mulher séria, aspera nos costumes, exigente e com expressões de permanente insatisfação.  Certo a vida foi muito dura pelas mulheres. Apesar da imagem austera, sem traços de vaidade e sem manifestar muito carinho pelos netos, ela era a contadora de historias.

„ Eu gostava de ouvir as historias que narrava de suas viagens com meu avô (Padua Fleury) de Sorocaba até Goias. Muito mais tarde, coloquei esses fatos nos livros infantis que escrevi ( pag. 121).
Marie José conte tambem de vida que faziam os avós entre Sorocaba e Goias.
„a comitiva deixava Sorocaba, os homens a cavalo e ela (Francisca) no bangüe, com as negras que a acompanhavam. Ela contava que nessa època havia indios e onças que aracavam as pessoas que viajavam atravàs das matas, quase não havia caminhos, eram trihas ou veredas no meio da floresta e atravessando os campos. Levavam muitos camaradas e quando faziam pouso, armavam barracas para dormir. Antes das quatro da tarde jà se recolhiam; colocavam os animais cercados por cordas, acendiam fogo para o feijão virado e café. Depois de dar ração aos cavalos, apagavam o fogo e se recolhiam. Sempre um homem ficava de guarda, no escuro da mata. Ela nunca conseguiu dormir, tinha muito mêdo. Era proibido acender mesmo um palito de fôsforo nas barracas e certa vez um dos camaradas acendeu o cachimbo de barro; bastou aquela luz e a fleccha veio certeira e matou o homem. Os indios deviam andar por perto, esperando uma oportunidade para matar os brancos odiados. Tentavam também roubar cavalos e meu avô passou muitas noites desperto, atirando com a carabina para afugentà-los. (Maria José Dupré, Os caminhos, pag. 121, 122) „

Sobre a vida de avó Francisca na fazenda:

„ Sei que estava na fazenda de sua avó com suas irmãs que teriam oito, nove e dez anos. Seu tio (?) estava em S. Paulo, ficava pouco na fazenda. Sei que um dia estávamos todos no terraço, tomando a fresca, quando um vizinho apareceu, num galope só, e avisou que se prevenissem, o Gumercindo não estava longe (…) Minha avó ordenou também que ninguém saísse de onde estava, ninguém fôsse trabalhar e que cada um ficasse no seu pôsto. Minha mãe contava que a calma de vovó era tão grande que a transmitia às outras mulheres.(…) Passaram três dias e très noites nessa agonia; se ouviam rumor do vento no jardim, pensavam que eram os bandidos que haviam passado a divisa sem que as sentinelas os percebessem. (…)quando mamãe lembrava esses fatos, vovó se agigantava aos meus olhos. Crescia. (Marie José Dupré. Pag. 3)“

2. Antonio Augusto de Padua Fleury era natural de Goias, foi comandante superior na Guarda Nacional. Em 1878 foi nomeado administrator do registro na …municipal de Sorocaba. Sostitui a Vicente de Oliveira Lacerda. Padua Fleury havia sido vereador em 1861-1864 e juiz de paz em 1876. morreu em 1882. Foi filho de Antonio Padua Fleury e Rosa Augusta ou Augusta Rosa ?

B) Avós paternos

Antonio Lopes Monteiro nasceu em 1846 em Sorocaba e foi filho de

3. José Manoel Monteiro de Carvalho
filho de Manoel Eufrasio Monteiro de Carvalho e de Emerenciana. O casamento com D.Emerenciana Maria Monteiro de Carvalho, realizado em 19 de janeiro de 1796, na igreja matriz N.Sra. da Ponte, Sorocaba: Foram testemunhas o Capitão António Francisco de Aguiar, pai do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar  e suas irmãs e o Alferes António Barbosa, de Araçariguama.. Faleceu em 30.12.1853
.
casou  em 06. de Janeiro 1843 com

4. Maria Theresa de Oliveira
Maria Theresa de Oliveira foi cunhada do cap. Chico, Francisco Xavier Paes de Barros. Ele depois viuvo pela segunda vez, casou em 3. nupcias com Andreza Lopes de Oliveira que foi a irmã de Maria Theresa. 
Maria Theresa de Oliveira e Andreza Lopes de Oliveira foram filhas de Antonio Lopes de Oliveira casado com Maria Lauriana de Almeida, ( f.ª do major Francisco Manoel Machado e de Izabel Loureiro, n. p. de Pedro Machado da Silva, falecido em 1790 em Sorocaba, e de Anna Domingues, Tit. Arzam, n. m. de José Loureiro de Almeida e de Angela Paes de Almeida ). 


Maria José Dupré foi autora de vários livros, mas foi o romance Éramos Seis, obra premiada pela Academia Brasileira de Letras, que a lançou efetivamente no mercado. Prefaciada por Monteiro Lobato, o livro foi traduzido para o espanhol, francês e sueco e transformado em filme na Argentina, e em quatro ocasiões, na forma de telenovela no Brasil. Escreveu para o público adulto também.




Principais obras:

* O Romance de Teresa Bernard (1941)
* Éramos seis (1943)
* Gina
* A Casa de Ódio
* Os Rodriguez
* Dona Lola (continuação de Éramos seis)
* Luz e Sombra
* Vila Soledade
* Angélica
* Menina Isabel
* Os Caminhos
* A Ilha Perdida
* O Cachorrinho Samba
* O Cachorrinho Samba na Fazenda
* O Cachorrinho Samba na Floresta




Fontes:
  • "os caminhos" por Maria José Dupré,
  • "Eramos seis", por Maria José Dupré
  • Genealogia Paulistana,
  • Wikipedia
  • Lilian Lacerda, „Album da leitura“
  • Joao Fernando Blasi de Toledo Piza : tesi de doutorado (2015) sobre arquiteitura e territorio em Botucatu :"Nos sertões de Botucatu"



Resumo parentesco familia Paes de Barros–Aguiar e Marie José Dupré:

Antonio de Barros Penteado (1742-1820) e Maria Paula Machado (5°s avós de Tiffany) de Itu, foram pais de :
  1. Angela Ribeiro de Cerqueira
  2. Joaquim Floriano de Barros
  3. Genebra de Barros Leite
  4. Escholastica Joaquina de Barros
  5. Bento Paes de Barros, o Barão de Itu (4° avô de Tiffany)
  6. Antonio Paes de Barros, o  Barão de Piracicaba
  7. Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba, ca. 1794 – 1875,(outro 4° avô de Tiffany). Casou 3 vezes.Primeira vez com Rosa de Aguiar, irmã do Brigadeiro Rafael Tobias. segunda vez com a irmã mais velha de Rosa, a Ana de Aguiar. Sem geração com a segunda esposa.A terceira vez com Andreza Lopes de Oliveira(nascida em 1813) que era viuva do seu primeiro esposo Antonio da Silva Guimarães em .
Os filhos com Rosa de Aguiar, a primeira esposa, foram:
7.1. Maria Candida
7.2. Dr. Francisco Xavier Paes de Barros, Barâo de Tatui, 1831-1914, (trisavô de Tiffany)
7.3. Raphael Aguiar de Barros 
7.4. Dr. Antonio Francisco de Aguiar Barros
7.5. João Aguiar de Barros casado em 1862 com Amelia Lopes de Oliveira,           parente de sua madastra Andreza Lopes de Oliveira, ver embaixo.
7.6. Gertrudes Brazilica de Aguiar Barros
7.7. Bento de Aguiar Barros
7.8. Francisca de Aguiar Barros (n. 1842) tia-trisavó de Tiffany, casou 1860 com Antonio Augusto de Padua Fleury, foram pais de :

7.8.1. Rosa Augusta de Barros Fleury, filha de 7.8. Francisca de Aguiar Barros, nascida em 1862, casou com 16 anos em 1878 com Antonio Lopes Monteiro. Ele foi filho de Maria Theresa Lopes de Oliveira, irmã de Andreza Lopes de Oliveira  Essas 2  irmãs, Andreza e Maria Theresa, foram descendentes de familia de Antonio Lopes de Oliveira (o velho), casado com Maria Lauriana de Almeida, ambos de Sorocaba.]

Tem outra ligação e parentesco: Antonio Lopes Monteiro foi cunhado de 7.12. Maria Lopes de Barros (abaixo) e ela foi filha do cap. Chico, Francisco Xavier Paes de Barros com Andreza Lopes de Oliveira. Maria Lopes de Barros foi casada com seu tio, o irmão de Antonio Lopes de Oliveira e Andreza Lopes de Oliveira foi tambem tia dele. Andreza Lopes de Oliveira foi madastra do barao de Tatui, o trisavó de Tiffany como tambem do tio-trisavô de Tiffany, o Raphael de Aguiar Barros, como tambem de Francisca de Aguiar Barros, a avó de Rosa de Barros Fleury. Andreza foi tambem madrinha de batismo de primeira filha de Raphael de Aguiar Barros c/c Anna Leopoldina da Silva Barros que foi filha de Andreza Lopes de Barros com o 1° marido 
José da Silva Guimarães }

7.8.1. Rosa Augusta de Barros Fleury e Antonio Lopes Monteiro foram pais de

  • 7.8.1.1. Euthymia Fleury Monteiro, nascida 1878 em Sorocaba
  • 7.8.1.2. Anna (Nicota) Fleury Monteiro, nascida 1880 em Sorocaba
  • 7.8.1.3. Oswaldo Fleury Monteiro, nascido em Sorocaba e falecido em 1888/89 de Tetano.
  • 7.8.1.4. Guiomar Fleury Monteiro
  • 7.8.1.5. Zenon Fleury Monteiro 
  • 7.8.1.6. Renato Fleury Monteiro nascido  1891 gemeo de
  • 7.8.1.7. Raul Fleury Monteiro
  • 7.8.1.8. Maria José Fleury Monteiro, 01.05.1898- 1984/87,  nome de arte  Madame Leandro Dupré, casada com Leandro Dupré. Sem geração.
  • 7.8.1.9. Nuno de Barros Fleury

                7.8.2. Francisco de Barros Fleury
                7.8.3. Augusta Aguiar de Barros Fleury

Os filhos de 7. Francisco Xavier Paes de Barros com Andreza Lopes de Oliveira, a terceira esposa dele, foram:
7.9. Carlos Paes de Barros, nascido em 1853
7.10. Brasilico Lopes de Barros, nascido em 1854
7.11. Fernão Paes de Barros, nascido em 1856
7.12. Maria Lopes de Barros, nascida em 1857

8. Anna Joaquina de Barros, 

9. Maria de Barros Leite (ultima filha de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado)

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Santo Frei Galvão - parente dos nossos antepassados

attualizado em Maio 2019 por Tiffany

Frei Galvão
Um pouco de parentesco com Frei Galvão


- Frei Galvão foi neto-sobrinho de  Beatriz de Barros, (7a avó de Tiffany), Beatriz foi irmã da avó materna de Frei Galvâo.
- Frei Galvão foi neto-sobrinho de Angela Ribeiro (6a avó de Tiffany), Angela Ribeiro foi filha de Francisco Leite Ribeiro, o irmão do avô materno de Frei Galvão.
- Frei Galvâo foi neto-sobrinho tambem de Fernão Paes de Barros (6° avô de Tiffany),

Antônio de Sant'Ana Galvão, mais conhecido como Frei Galvão, ou São Frei Galvão foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, tornando-se o primeiro santo nascido no Brasil.

Nasceu em Guaratinguetà em 1738 e faleceu em São Paulo em 23 de dezembro 1822. 
Ele foi filho de Isabel Leite de Barros e do Capitão-Mor Antonio Galvão de França. Antonio Galvão de França era natural da cidade de Faro, em Portugal, e filho de Manuel de França e de Águeda Maria Galvão.
Isabel Leite de Barros foi batizada em 11/07/1717, na Capela do Rosário, no bairro do Tetequera em Pindamonhangaba. T
inha como irmãos o Capitão Inácio Corrêa Leite e o Padre José Corrêa Leite entre outros e foram filhos de
Gaspar Corrêa Leite e Maria Leite Pedroso, casados em  São Paulo, em 1705.

A avó materna de Frei Galvão, Maria Leite Pedroso foi irmã de Beatriz de Barros (casada com Manoel Correa Penteadoão os 7°s avós de Tiffany, Por isso : Beatriz de Barros foi a tia-avõ do Frei Galvão)

Os bisavós paternos de Frei Galvão eram
o Capitão Pascoal Leite de Miranda e Ana Ribeiro e

os bisavós maternos eram
Pedro Vaz de Barros "o moço" e Maria Leite de Mesquita (8°s avós de Tiffany)

Izabel Leite de Barros, a mãe de Frei Galvã, foi prima de Angela Ribeiro pelo lado paterno, sendo o pai de Isabel (Gaspar Correa Leite) o irmão do pai de Angela Ribeiro.
Izabel Leite de Barros foi tambem prima de Fernão Paes de Barros, o esposo de Angela Ribeiro supra, sendo Fernão filho de Beatriz de Barros, a irmã de Maria Leite Pedroso, mãe de Izabel. 



Triavós do lado materno,
os bisavós eram Antonio Pedroso de Barros – filho do Capitão-Mor Pedro Vaz de Barros, de Algarves (Portugal) e de Luzia Leme, irmã de Pedro Dias Paes Leme e tia de Fernão Dias Paes Lemes, o Governador das Esmeraldas –, e Maria Pires de Medeiros, filha do Capitão Salvador Pires de Medeiros e de Inês Monteiro de AlvarengaAntonio Pedroso de barros e Maria Pires de Medeiros sâos os 9°s avós de Tiffany.

Ainda eram também bisavós maternos do Frei Galvão: Domingos Rodrigues de Mesquita de Torre de Moncorvo, Bragança (Portugal), e Maria Dias (ou Leite), filha do bandeirante Pedro Dias Paes Leme. Pedro Dias Paes Leme era irmão de Luzia Leme e ambos foram filhos de Fernão Dias Paes e de Lucrécia Leme. (Luzia Leme casada com Pedro Vaz de Barros que são os 10°s avós de Tiffany).
Lucrécia, por sua vez, era tia dos Capitães Braz Esteves Leme e Mateus Leme do Prado (donos de sesmarias em Aparecida) e irmã de Pedro Leme (casado com Helena do Prado), e filha de Braz Teves e Leonor Leme, vindos da Ilha da Madeira, Portugal.

Finalizando :  pelo lado materno, Frei Galvão teve ascendência nas famílias: Corrêa Leite, Pedroso, Vaz de Barros, Mesquita, Pires, Medeiros, Alvarenga, Leme e Prado, entre outras…… .


jazigo de Frei Galvão , Mosteiro da Luz São Paulo

Tem uma "lenda" referindo-se ao antepassado dos meus parentes Paes de Barros do ramo do José de Barros Penteado :

Escreve Fr. Adalberto Ortmann :

„……. Possuía Frei Galvão um dom todo especial para pacificar desavenças e restituir a paz a inimigos pessoais. Por vezes, sua simples presença era suficiente para restabelecer a paz em lares nos quais reinava a discórdia.
Um fato desses ocorreu em Itu, na residência do tenente e ouvidor Fernando Paes de Barros, que não se entendia bem com sua esposa Dª Maria Jorge de Almeida.
O casal recebeu Frei Galvão na mesma casa em que, mais tarde, hospedou o Imperador D. Pedro II. Reservaram para o religioso um quarto, mas curiosamente este o recusou, dizendo que desejava passar a noite em outro aposento. E apontou para o quarto do casal.
Surpreendidos por aquela atitude insólita, os donos da casa lhe fizeram a vontade.
Na manhã seguinte, encontraram a cama intacta, pois o religioso não a usara. Mas desde esse momento, sem que soubessem explicar o porquê, cessaram completamente as desavenças entre os cônjuges….“ 

 „Frei Antonio de Sant´Anna o filho de Guaratinguetá, nas tradições de famílias paulistas“, in “Revista do Arquivo Municipal”, São Paulo, vol. LXXXIV, 1942, pp. 75-76.

nota por Tiffany: o tenente Fernando Paes de Barros foi um sobrinho-neto de Frei Galvão. O tenente Fernando era filho de José de Barros Penteado e Maria Dias Leite. 
José de Barros Penteado era irmão de Antonio de Barros Penteado (5° avô de Tiffany)  e ambos filhos de Fernão Paes de Barros, casado com Angela Ribeiro Leite (6°s avós de Tiffany). 
Este Fernão Paes de Barros foi filho de Beatriz de Barros e Manoel Correa Penteado e o avô do tenente Fernando supra.

Uma "bela salada" de parentesco e consanguinidade com Frei Galvâo entre varias linhas dos antepassados dos Paes de Barros de Itu e Sorocaba.......

Manoel Correa Penteado e Beatriz de Barros 7°s avós de Tiffany foram primos

Todas as famílias descendem necessariamente de outras, sendo que o início de cada uma se tem de fazer no momento em que se autonomizam com um nome e uma identidade simbólica própria.

A minha familia Paes de Barros tem ascendencia em muitas outras familias como os Penteados, os Leme, Mesquita...etc etc  colocados assim por Pedro Taques e Gonzaga Silva Leme nas respetivas opéras. 



O "inicio" do meu ramo Paes de Barros e Aguiar  se pode encontrar com o capitão Fernão Paes de Barros casado com Angela Ribeiro Leite (de Cerqueira)
Fernâo Paes de Barros  era filho de Beatriz de Barros e Manoel Correa Penteado (7° avós de Tiffany). 
Efeitivamente encontrei em seus descendentes o maior numéro de pessoas que tem o sobrenome Paes de Barros (sempre segundo Taques e Silva Leme).
Os primeiros que se chamavam com o sobrenome Paes de Barros foram Fernão e Sebastiao Paes de Barros (9°s tio-avôs de Tiffany), filhos de Pedro Vaz de Barros I, o governador,  e de  Luzia Leme. 

Mas o conceito dos sobrenomes em epoca colonial em Brasil nem sempre é muito claro. Pois muitas vezes os filhos não derivam o sobrenome do patronímico do pai, mas usam o próprio patronímico, outras vezes tomam o mesmo patronímico do avô paterno, ou do avô materno, ou do bisavô paterno.
Por conta dessa prática fica tudo muito confuso na compreensão dos sobrenomes na genealogia.

Manoel Corrêa Penteado, (filho de Francisco Rodrigues Penteado e Clara de Miranda) nasceu ca. 1665 e era natural de S. Paulo. Foi morador em Araçariguama, adquiriu riqueza com a exploração de minas de ouro nas Minas Gerais, e foi proprietário de grande fazenda de cultura em Araçariguama termo de Parnaíba "onde teve as rédeas do governo e foi pessoa de autoridade e veneração". Foi casado com Beatriz de Barros filha do capitão Pedro Vaz de Barros "o moço" e de Maria Leite de Mesquita. ( Tit. Pedrosos Barros em SL) que era neto do governador Pedro Vaz de Barros e de Luzia Leme (ou Fernandes).
 
Manoel faleceu em 1745 e teve 7 filhos.  
e
Note bem : todos os 7 filhos com sobrenomes diferentes: 

  • 1-1 Padre José de Barros Penteado
  • 1-2 Capitão Fernão Paes de Barros  e 6° avô de Tiffany
  •      (Attenção: não confunde com outro Fernão Paes de Barros. O 6° avô de Tiffany tem o mesmo nome e sobrenome do seu tio-avó materno, o irmão do seu avô Pedro Vaz de Barros "o moço".Este "moço" foi neto do primeiro Pedro Vaz de Barros, o governador.)
  • 1-3 Manoel Corrêa de Barros
  • 1-4 Anna Pires
  • 1-5 Maria Leite da Escada
  • 1-6 Maria Dias de Barros
  • 1-7 Luzia Leme Penteado


Manoel Correa e Beatriz de Barros (7° avós de Tiffany), foram primos. Ambos pelo lado das respetivas mães. Tiveram como antepassados em comum :
Izabel do Prado (filha de Joao do Prado e Filippa Vicente) casada com Paschoal Leite Furtado, como se pode entender na dispensação matrimonial dos seus descendentes :

dispensaçãoes matrimoniais:



Transcrição dispensação matrimonial de Manoel Correa Penteado/Beatriz de Barros e irmães/irmãos.

1º registro:
Reverendo Senhor Vigario da Vara

Expoemse acui por parte dos humildes oradores Manoel Correa
Penteado, e Beatris de Barros; Pascoal Leite Penteado e Luzia [Leme];
João Correa Penteado, e Izabel Paes; Joseph Correa Penteado e
Lucrecia Lemme, elles oradores irmãos legítimos e ellas oradoras tambem irmans (irmãs) legitimas e todos naturais e moradores nesta villa de São Paulo q (que) estão contratados p.a (para) se Receberem na forma do sag. conc.Trid. (Sagrado Concílio Tridentino) oq. (o que)
não podem fazer por serem parentes no terceiro p.a o quarto grao (grau) de consanguinidade como se ve da exposição seguinte: De sua ascenden(cia) Potencia Leite e Maria Leite foram irmans legitimas, de Potencia Leite
nasceo (nasceu) Clara de Miranda mae delles dittos oradores [ a traduzir]Maria
Leite foi mae de Maria Dias, da qual foi filha Maria Leite mae
dellas dittas oradoras. A cauza q (que) allegam p.a a dispensa he saberem ser oriundos de neophitis, posto q (que) em grao remotissimo, serem ellas oradoras
das pessoas principais desta villa e destes não se achar facilm.te huns
q (que) não sejam seus parentes, por se achar de prezente e família de [seos] progenitores muito estendida. E na fe de ser facil, e justa petição a dispensa 
há largo tempo q (que) recolheo o pae dellas oradoras aos dittos [oradores em] sua casa, de q (que) poderá resultar algum escandalo, posto q(que) [ilegível] se não tiver effeito esse contrato; demais q (que) elles oradores tem agencia 
e industria p.a sostentarem a ellas oradoras por meios licitos q (que) como elles agora tem mostrado, sem o encargo de irem ao sertão, calidade (qualidade) q.  (que) não achará nos mais [ilegível].

                                                                  Pello q (que)
P. P. Assim seia servido admittir a sua petição
e feitas as diligencias necessarias, remetter ao Illustrissimo
Snõr Bispo p.a q. Seja servido dispensar  com[ ilegível]
dittos oradores no impedim.to acima referido.

Justifique perante [ilegível]
SP. 3 de Outubro de 689 (1689)


*Grafico parentesco Beatriz de Barros e Manoel Correa Penteado


Grafico parentesco de Manoel, Joao, Paschoal e José Correa Penteado e
de Beatriz, Izabel Paes de Barros e  Lucrecia e Lucia Leme de Barros


Avós/ tronco comum: 
Izabel do Prado (filha do Joao do Prado e Filippa Vicente), casada com Paschoal Furtado Leite)

1° grau: as filhas que são irmâes: 
1. Potencia Leite, 
2. Maria Leite

1. Potencia Leite c/c com Antonio Rodrigues de Miranda, pais de 
1.1. Clara de Miranda

2. Maria Leite c/c com Pedro Dias Paes Leme, pais de 
2.1.Maria Leite (Dias)

2° grau: Neto/a: (e primas entre si)
1.1.   Clara de Miranda c/c com Francisco Rodrigues Penteado, pais de 1.1.1.
2.1.   Maria Leite (Dias) c/c com Domingos Rodrigues de Mesquita, pais de 2.1.1.

3° grau: bisnetos e bisneta (primos em 2.grau)
1.1.1.    a) Manoel, b) Joao,  c) Joseph (José), d) Paschoal, (filhos de Clara de Miranda)
2.1.1.     Maria Leite de Mesquita, (filha de Maria Leite (Dias)

4° grau: trinetas (primas de 1.1.1. a-d): 

Beatriz, Isabel, Luzia, Lucrecia, (filhas de 2.1.1.)


Sobre parentesco e consanguinidade

1. Parentesco
Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos de sangue (descendência /ascendência) ou sociais (sobretudo pelo casamento).

O parentesco estabelecido mediante um ancestral em comum é chamado parentesco consanguíneo, enquanto que o criado pelo casamento e outras relações sociais recebe o nome de parentesco por afinidade. Parentesco é tambem o vinculo de sangue existente entre duas ou mais pessoas com um ascendente comum. O ascendente comum chama-se TRONCO, e os laços que o ligam a cada um dos seus descendentes chamam-se LINHAS

Chama-se de parentesco em linha reta quando as pessoas descendem umas das outras diretamente (filho, neto, bisneto, trineto, tataraneto, etc), e parentesco colateral quando as pessoas não descendem uma das outras, mas possuem um ancestral em comum (tios, primos, etc)


2. consanguinidade
Consanguinidade - é a afinidade por laços de sangue.

É o grau de parentesco entre indivíduos com ascendência comum. Pode-se medir o quanto um determinado indivíduo é consanguíneo com outro através da medida chamada "grau de consanguinidade".

O Direito Civil e o Direito Canónico não são sempre coincidentes na contagem dos graus de parentesco. Os grau canónicos de parentesco, sâo diferentes. Aqui, conta-se um grau por geração, a partir do tronco comum.

Assim, os irmãos são parentes do 1º grau de consanguinidade,

os primos-direitos do 2º grau,

os primos segundos do 3º grau e assim sucessivamente.

No caso de haver diferença de geração, diz-se que são parentes dentro do grau sénior. Assim, por exemplo, tio e sobrinho são parentes dentro do 1º grau.


Os 7 filhos de Beatriz de Barros e Manoel Correa Penteado 

1. Padre José de Barros Penteado faleceu nas minas de Mato Grosso deixando grande fortuna que repartiu em legados pios deixando 4.000 cruzados a cada um de seus sobrinhos.  

2. Fernão Paes de Barros (6° avô de Tiffany). 

Nasceu em Araçariguama, Município de S. Roque (SP). Em 03 de Outoubre 1731 casou na Freguesia da Sé, S. Paulo (SP) com Ângela Ribeiro Leite (ou de Cerqueira). 
Foram pais de: 
2.1. Maria de Cerqueira Paes ; 2.2. Ana Matilde (religiosa congregada), 2.3. Francisco de Barros Penteado; 2.4. Custodia Celia de Cerqueira; 2.5. Capitão José de Barros Penteado;  2.6. Capitão Antônio de Barros Penteado (5° avó de Tiffany);  2.7. Manoela Perpétua de Cerqueira; 2.8. Potência Leite; 2.9. Inácio de Barros Penteado e 2.10. Maria Rosa de Cerqueira Câmara.
Fernão faleceu em Santana do Parnaíba (SP).

E tradição, refere-nos Silva Leme, que o capitão Fernando Paes de Barros tendo sido fiador de um hespanhol que, tentando desviar o rio Tieté num lugar denominado Rasgão, abaixo de Pirapora, perdeu todo seu trabalho, compromettendo ao mesmo tempo os haveres do fiador, deixando-o em condições precarias de fortuna. Entretanto, seus filhos se dirigiram as minas e adquiriram novo cabedal em ouro.
O Rasgão é uma prova do grande esforço dos parnahybanos em busca do ouro. Queriam desviar o curso do Tieté, numa grande volta que elle faz, para exploração da areia em secco. Não conseguiram finalizar a obra gigantesca por difficuldades em rochas durissimas. Estas eram arrebentadas pelo processo primitivo: aqueciam-nas com o calor de enormes fogueiras, que as envolviam em todas as dimensões e, com repetidos jactos de agua, ellas se partiam. Depois, com alavancas ou picaretas, extrahiam os pedaços. As pedras mais compactas não cederam à exhaustiva operação e o trabalho ficou parado tambem por difficuldades financeiras.
O Rasgão fica a sete kilometros de Pirapora e, segundo a tradição, é todo aurifero. Attribuem a direcção do primeiro córte, uns aos moradores de Araçariguama, naquelle tempo do termo de Parnahyba, e outros a Fernando Paes de Barros, cujas finanças se arruinaram por completo, pela fiança a um emprestimo de seu amigo hespanhol.
 
(fonte: http://www.rootsweb.ancestry.com/~brawgw/parnaiba/sph44.html )

3. Manoel Corrêa de Barros,  casou-se em 1742 em Itu com sua prima Maria de Campos f.ª de Manoel Ferraz de Campos e de Anna Ribeiro. 
Manoel Corrêa de Barros faleceu em 1779 em Parnaíba com 82 anos de idade.
Manoel Corrêa de Barros e Maria de Campos foram avós do primeiro barão de Campinas, Bento Manoel de Barros (casado com Escholastica Francisca Bueno ) o qual està sepultado na Capela-mor da Igreja de Nossa Senhora de Boa Morte em Limeira.

4 Anna Pires casou-se com Antonio Dias da Silva f.º do capitão João Dias da Silva e de Izabel da Silva.


5 Maria Leite da Escada casou-se com o capitão André de S. Paio Botelho, de quem foi a 1.ª mulher. Faleceu Maria da Escada em 1727 em Parnaíba (lesa do juízo).

6 Maria Dias de Barros casou-se com o capitão Francisco Gonçalves de Oliveira, natural de Viana do Minho, 

7 Luzia Leme Penteado,  tirou dispensa em 1719 para casar-se com seu tio materno Manoel Pedroso de Barros f.º de Pedro Vaz de Barros e de Maria Leite de Mesquita e irmão de BEATRIZ DE BARROS.(C. Ec. de S. Paulo). Não sabemos se chegou a efetuar o casamento, ou se teve geração.  
"Manuel, nascido por 1690. Em 1719 (e não em 1712 como está na GPdo Silva Leme) entrou com pedido de dispensa para casar com sua sobrinha Luzia Leme, alegando que por desgraça deflorou o orador a oradora” e “pelo brio de seus irmãos e mais parentes” corriam ambos risco de vida, só sanável pelo casamento. "
Relutou a igreja a dar a dispensa por ser o parentesco muito próximo, resultando em um longo processo, ouvidas que foram inúmeras testemunhas. (ACMSP, Dispensas Matrimoniais, 1718-1720, cod. 8-4-2)"

nâo sei se depois casaram.....



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Barão de Tatuí, Francisco Xavier Paes de Barros, falecimento e palacete Rua Florêncio de Abreu onde faleceu

Attualizado 14.4.2019 por Tiffany


Francisco Xavier Paes de Barros, (triavô de Tiffany), conhecido como "barao de Tatui" nasceu 26 de maio 1831 em Sorocaba, onde foi baptizado em 23.6.1831. Era filho do Capitao Francisco Xavier Paes de Barros e da 1a esposa Rosa de Aguiar deste . Rosa erai irmã do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar de Sorocaba, era assim descendente do Francisco Antonio de Aguiar casada com Gertrudes Eufrozina Ayres, naturais de Sorocaba SP.
Descende do lado dos "Barros" do ramo do Antonio de Barros Penteado casado com Maria Paula Machado de Itu SP.

Francisco Xavier casou em 1854 a 1 vez com sua prima-irmâ Gertrudes de Aguiar Barros, filha do 1° Barão de Itu, Bento Paes de Barros, e Leonarda de Aguiar que foram irmão resp. irmã do pai e da mãe de Francisco. (Bento irmâo mais velho do Cap. Francisco e Leonarda irmã de Rosa de Aguiar).

Foi bachelor em direito na Academia de Sao Paulo em 1853 e havia estudado tambem em Olinda . 
Foi depois deputado em varias legislaturas pela provinica de Sao Paulo. Jä nos anos 1870 foi presidente da companhia Ituana (estrada de ferro) Em 1875 inaugurou a estação de Capivari SP tambem como presidente da companhia. Em esta ocasião foi doado um quadro dele que para muito tempo foi na estaçao de Capivari., hoje é desaparecido. Em estes anos Francisco Xavier mudou pela cidade de Sao Paulo com a familia em ca. em 1876 com os seus primos e o tio ( o barao de Piracicaba, um outro irmâo do seu pai e do pai de sua esposa) de Itu.
Sua esposa Gertrudes morreu em 1878 em Sao Paulo.

Em 19 de agosto 1879, jà viuvo de sua esposa e prima, Gertrudes de Aguiar, recebe o título de "barão de Tatuí". Tive como seu tio e sogro (1° barao de Itu), e outro tio ((barao de Piracicaba) como tambem alguns dos seus primos (Marques de Itu, e 2nd barao de Piracicaba) que haviam titulo de nobreza, o brasão dos Barros, registrado em 16.2.1795. (5. Livro do Registro dos Brasões de Armas da Nobreza de Portugal - Cartorio de Nobreza, Fol. 36.).

2a vez casou Xavier Paes de Barros em 1881 com a viuva do Barâo de Itapetininga, Cerina de Sousa e Castro, sem geração com ela.

O barão de Tatui foi  entre os fundadores da Companhia Paulista de Estradas de Ferro .
Em 1886 foi entre os fundadores de Sociedade Promotoria de Immigração de São Paulo, que trazí muitos imigrantes italianos, alemâos e austriacos no Brasil.

Com o advento da República em 1889, aos 58 anos, abandonou a política, recolhendo-se à vida privada.

Fundou assim em ca. 1889 o Banco de São Paulo com o Marques de Três Rios (genro do falecido barâo de itapetininga e da primeira mulher dele. O Marques de Três Rios era esposo de Hypolita, nascida em 1830 e falecida em 1893, sem filhos. Era meia irmâ da futura Condessa de Prates, este ultima filha de Cerina a 2nda esposa dele. ) e com o barão do Rio Claro e outros parentes. 

Na cidade de Sao Paulo conta-se somente a historia do seu casarâo que em verdade era da sua 2nda esposa que a havia herdada do seu primeiro esposo, o barão de Itapetininga. Os interessados podem ler o processo de então, conservado no Tribunal de Justiça em Sao Paulo onde é descrito o que aconteceu veramente.

Entâo o antigo casarâo foi demolido em 1892 para a construção do Viaduto do Chà. O lado nao demolido foi renovado resp foi costruido um bel palacete que a sua vez foi demolido em 1911 apos a morte da Cerina de Souza e Castros para ampliar a rua e a construçao da futura praça do Patriarca.
As antigas terras do barao de Itapateininga e depois de Cerina de Souza e Castro, baroneza de Tatui, foram herdadas pela unica filha de Cerina, Antonia dos Santos Silva - fruto do seu casamento com o 1° marido, o barao de Itapetininga- e que jà em 1886 havia casado com o Condé Prates que depois costruí os famosos palacetes Prates, e guidou da herdade de sua esposa. -
O barâo de Tatui a sua vez guidou das suas propriedades na Avenida Tiradentes e na Rua Florencio de Abreu e das fazendas no interior de Sao Paulo.
Entre 1890-1900 o barão de Tatui foi provedor da Santa Casa de São Paulo e como dito supra diventou banqueiro. (Banco de Sao Paulo sendo ainda o presidente no ano do seu falecimento)
Foi também membro e acionista da companhia Leiteria Ararense em Araras SP (café com leite) desde 1909 onde ele além ser acionista formava o Conselho Fiscal deste empresa.

Francisco Xaiver Paes de Barros, barâo de Tatui e Gertrudes de Aguiar casaram em dia 25.12.1854 em Itu SP, onde Gertrudes havia nascida. na casa do falecido comendador Joaquim Viera de Moraes na cidade de Itu SP,

Gertrudes e Francisco Xavier foram pais de:

- Leonarda, * 1857 falecida criança.

- do meu bisavô, Dr. em medicina Bento Paes de Barros. * 1859 e falecido bem idoso com 85 anos em 1945. Era medico legista em Sao Paulo, havia estudado em Viena, Austria, casado 2 vezes. 1. Emma von Körmendy de Viena Austria, 2. Anna Maria Luiza Dauer, natural de Brusque, Brasil.

- Dr. Francisco Xavier Paes de Barros * 1860 e falecido com 60 anos em 1920. Era formado em direito, deputato em varias legisalturas, politico e vereador., casado com Francisca Paes de Barros, sua prima, neta de Rafael de Aguiar de Barros, primo e cunhado do barao de Tatui.

- Anna Rosa, * 1862 e falecida criança.

- Fernão Paes de Barros * 1864, falecido em 1897 solteiro na idade de 33 anos de uma moléstia cardiaca. Em 1883 ele e seu irmão Antonio seguiarm para Europa. Foi em Paris na "école Monge" até 1886. Em 1886 se escreve em cursos de jurisprudencia na Universidade em Viena Austria onde seu irmão Bento Xavier (bisavô de Tiffany) desde 1885 estudou medicina forensica.

- Antonio Paes de Barros * 1868 falecido solteiro em 1899 com 31 anos. Foi tambem para Europa em 1883 , junto ao seu irmão Fernão supra. [ Nao era em Mato Grosso e nao tem nada a ver com o Toto Paes em Cuiaba como contam alguns pesquisadores erroneamente, nao conhecendo a genalogia, jà que ele faleceu em 1899 em Sao Paulo]

- Octavio Xavier Paes de Barros * 1876, medico, casado com Maria do Carmo Mesquita Sampaio e falecido com 45 anos em 1921..

Francisco Xavier Paes de Barros, barâo de Tatui, pai de 7 filhos perdeu 2 filhos na idade maior e 2 filhas ainda crianças. Somente tres dos 7 viram com ele o novo seculo XX e as mudanças na primeira Republica.
Leia mais sobre ele em Chiquinho de Barros e a historia em Barao de Tatui e o viaduto do Chà. 

Francisco Xavier Paes de Barros, barao de Tatui, faleceu na sua residencia Rua Florencio de Abreu 139, Sao Paulo em 6 dicembre 1914 .

Os seus irmãos foram :

  • Maria Candida de Aguiar c/c Tenente Coronel Joaquim José de Oliveira 
  • Raphael Aguiar de Barros c/c Anna Leopoldina de Oliveira Lopes 
  • Antonio Francisco de Aguiar Barros c/c Genebra de Souza Quieroz 
  • João Aguiar de Barros c/c Amelia Lopes de Oliveira 
  • Gertrudes Brasilica Aguiar de Barros c/c Pedro Vaz de Almeida 
  • Bento de Aguiar Barros c/c Francisca de Sousa Barros (ela filha do Comendador Luis Antonio de Sousa, primo do barão de Tatui. O comendador foi filho de Genebra de Barros Leite, (ela tia do barão de Tatuí) e Ilidia Malfalda de Sousa, filha dos marqueses de Valença ) 
  • Francisca Aguiar de Barros c/c Antonio Augusto de Padua Fleury (avós de escritora Maria José Dupré)

Os meio-irmãos do Barão de Tatui, filhos 
do Capitâo Chico com a segunda esposa, Andreza Euphrasia de Oliveira (ou Lopes de Oliveira): 
  • Carlos Paes de Barros c/c Alice de Sousa Queiroz. Alice foi filha do Barão de Limeira, Vicente de Souza Queiroz (filho de tia paterna do barão de Tatuí), Genebra de Barros Leite)
  • Brasilico Lopes de Barros c/c Izabel Sousa Mesquita,
    (Izabel,filha de Luis de Mesquita Barros e Clara de Paula Sousa. Clara foi filha de Francisco Paula de Sousa e Mello e Maria de Barros Leite, (tia paterna do Barão de Tatui). - Luis de Mesquita Barros foi filho de José Manoel de Mesquita e Angela Ribeiro de Cerqueira, (outra tia paterna do Barão de Tatui) 
  • Fernâo ou Fernando Paes de Barros 
  • Maria Paula de Barros c/c Dr. Manoel Lopes Monteiro de Oliveira


Nécrologo com data e lugar de falecimento do 6 dezembro 1914, Rua Florencio de Abreu em São Paulo:

No Correio Paulistano, segunda-feira, 7 de dezembro de 1914.


Barao de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros





Rua Florencio de Abreu

Não existe nenhuma fotografia do palacete do barão de Tatui na Rua Florencio de Abreu em São Paulo. Se sabe que estava localizado em frente do palacete do seu primo, o engenheiro Paula Souza e dos Barros Souza (existentes hoje), Na Rua Florencio de Abreu outros membros de familia tivem  historia e residencias.


RUA FLORÊNCIO DE ABREU

No final do século XIX, bondes puxados a burros trafegam na rua Florêncio de Abreu, numa fotografia tomada em direção à Luz. À esquerda, a antiga chácara em que o Barão de Tatuí morava antes de se casar com a viúva do Barão de Itapetininga. (16/07/2009 Publicada por Sra. Eli Mendes em Saudade Sampa )

Hoje o palacete do Barão nunca existe... 
com o ajudo de uma antiga foto de Guilherme Gaensly e um artigo de Eudes Campos sobre os Paes de Barros em Sao Paolo fiz um passeio com google street-map...
mudaram muitas coisas desde 1900...os trilhos de bonde tem desaparecidos - nenhum arvore.... e onde estava a casa dos Tatui......um parque de estacionamento e muito betão.
Ainda existem algumas  casas antigas - testemunhos silenciosos. Quem sabe quantas coisas elas viram.
...


"Figura 23 Aspecto da Rua Florêncio de Abreu. A esquerda da foto, em primeiro plano, vê se a casa do engenheiro Antonio Francisco de Paula Sousa (assinatura em vermelho); do mesmo lado, ao fundo, a casa de Fernando Paes de Barros, cunhado de Paula Sousa e genro de Maria Rafaela de Paula Sousa, filha do Barao de Piracicaba (assinatura azul). Ao lado direito, gradil da antiga casa do Barao de Tatui, (assinatura em verde), mais um membro da extensa familia Barros, que aí morava desde 1882.

As duas primeiras residencias ainda existem no cruzamento com a Rua Paula Sousa." (Fotografia antiga de Guilherme Gaensly, 1900 Acervo da Divisâo Iconografia e museus, Sao Paolo).


Arvore "genealogico" de Rua Florencio de Abreu com os moradores de familia, descendentes de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado, na Rua Florencio de Abreu, encontrado no artigo por Eudes Campos.: 









Muito obrigada aos primos 
Felipe de Barros Marquezini e Victor Leonardi
e ao Dr. Eudes Campos 
pelas explicações e esclarecimentos  !


Fontes pesquisados:
- Correio Paulistano


Tive o barão de Tatui outras propriedades, não longe  da Rua Florencio de Abreu na Avenida Tiradentes. Um deles era na então "Praça Roberto Penteado N° 51, (hoje Praça Armênia) como referem artigos nos antigos jornais :  

em 1897 faltou ainda um passeio em frente do casarão...



e em 1909 tive fogo no predio anti-hygienico .....

Artigo em "o Commercio de São Paulo em 14.08.1909




O prédio não foi residencia do barão, mas um das suas muitas propriedadesde aluguel na Avenida Tiradentes que como descrito parece bem rústico pela época de 1909!  Esta Praça Roberto Penteado ficou na região da Avenida Tiradentes com a Estação Cantareira perto. Foi renomeada e hoje é a Praça Armênia.

Obrigada pelas pesquisas aos amigos internautas:
Maria Paula Cosme 
e Gilberto Calixto Rios (em memoriam)

quarta-feira, 20 de março de 2013

carta do 1° Barão de Piracicaba aos seus filhos em Alemanha

é um verdadeiro carinho esta carta que Antonio Paes de Barros, 1° Barão de Piracicaba (meu 4° tio-avô) enviou ao seus filhos Diogo Paes de Barros e Antonio Paes de Barros, que estudavam em Karlsruhe, Alemanha.

Transcrição que fiz o primo Felipe de Barros Marquezini (descendente direto do Barao de Piracicaba),de carta que tem ele, enviada pelo primeiro Barão de Piracicaba e sua esposa Gertrudes de Aguiar, para os dois filhos mais novos, que acabavam de chegar na Alemanha, onde passariam alguns anos estudando. Foram junto do sobrinho Antônio Francisco de Paula Souza, que estudou em Karlsruhe; é possível que tenham estudado lá. ( leia postagem sobre Antônio Francisco de Paula Souza,)


A carta data de 27 de agosto de 1855.


Carta do Capitão Antonio Paes de Barros e de sua senhora D. Gertrudes Eufrosina Paes de Barros, Primeiros Barões de Piracicaba, dirigida aos seus filhos Antonio (Senador Antonio Paes de Barros) e Diogo (Major Diogo Antonio de Barros) que se achavam estudando na Alemanha. Contava o primeiro a idade de 15 anos e o segundo a de 11 anos.


"Meus caros filhos
14,7 hrs. Itú, 27 de Agto. 1855

Muito temos sofrido com a ausência de nossos filhos, quantas saudades. Vossa Mãe ainda chora quase todos os dias. Nossa única consolação será, se meus filhos aproveitarem e se comportarem bem. Nós passamos como velhos; vossa Mãe sempre doente. Sentimos que não nos escrevêsseis de Lisboa, de onde o Snr. Barboza nos deu noticias de meus filhos. Muito desejamos saber como foram tratados na viagem, e lá como se acham; tudo miudamente desejamos saber.Meus filhos cuidai com esmero em vossos estudos. Respeitai e obedecei a vossos Mestres e ao Snr. Hirsch como a vosso pai, e respeitai sempre os mais velhos. Nada obreis sem primeiro pensar, senão vireis a ter vergonha do que quereis fazer. Não tomeis amizade com meninos turbulentos ou exagerados. Nunca mintas: falai a verdade sempre, ainda que seja contra vós. Não te metas em intrigas: cada um responde por suas ações. Não vos deixeis iludir pelos mais espertos, porque não é bom fiar-se em palavras bonitas. Nunca vos esqueçais da religião de vossos pais; ouvi missa aos Domingos e dias santos; confessai-vos ao menos uma vez a cada ano; não tenhais acanhamento ou vergonha de ser católico: tolerai a todos na sua religião, para que vos tolerem, e sobre isso não converseis com qualquer pessoa: quando precisardes de conselho a esse respeito, procurai algum Católico instruído e honesto para vos esclarecer. Todos os dias quando vos acordardes seja a primeira coisa dar graças a Deus por vos ter conservado e pedir graça e força para cumprir vossas obrigações, o mesmo a noite quando vos deitardes para dormir. Deveis crer e estar certo que Deus vê todas as nossas ações, e até nossos pensamentos. Fugi e evitai tudo que possa vos distrair de vossos estudos, e vos comprometer em atos vergonhosos. Tratai com carinho e amor vosso irmão e protegei-o sempre; vós sois mais velho deveis tolerar suas impertinências e guia-lo para o bem com brandura e não com aspereza, para vendo ele um amigo, seja dócil e não se revolte. Sede econômico, gastai só o que for necessário, que assim não sofrereis vexame, e tereis crédito. Não sejas importuno nem pesado aos outros. Não ocupes a outrem naquilo que podeis fazer, não sejas preguiçoso. Nada prometas sem reflexão para não faltar. Enfim amai a Deus sobre tudo, e ao próximo, como a vós, que sereis feliz mesmo nesta vida e na outra tereis infinita recompensa. E que prazer não terão vossos pais e parentes se depois de alguns anos tornarem a ver seus filhos instruídos e bem comportados para lhes adoçarem os incômodos do resto de seus dias! Nada poderá igualar nossa satisfação.Aceitai nossas bênçãos. Deus vos proteja em graças, é o desejo de
vossos Pais mot. amos.
Antonio
Gertrudes

PS. Aceitai de todos muitas lembranças e todos se lembram de vós com saudades.
PS. Vossa mãe vos pede que ao menos uma vez cada mês leiais esta."

nota

Gertrudes de Aguiar, irmã do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, de Leonarda de Aguiar casada com o Barão de Itu que foi irmão do Barão de Piracicaba, irmão também de Rosa de Aguiar casada com o capitão Francisco Xavier Paes de Barros, outro irmão do Barâo de Piracicaba.

Felipe encontrou também recentemente que Gertrudes faleceu em abril de 1865, pois num jornal da época fala-se sobre uma missa rezada por seu falecimento.




"OBRIGADISSMA" FELIPE, Muito legal !