“Cada pessoa tem a sua historia. - Cada pessoa tem uma familia. - Cada familia tem origems. - Você não é apenas o que você imagina que é!"

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Barão de Tatuí, Francisco Xavier Paes de Barros, falecimento e palacete Rua Florêncio de Abreu onde faleceu

Attualizado 14.4.2019 por Tiffany


Francisco Xavier Paes de Barros, (triavô de Tiffany), conhecido como "barao de Tatui" nasceu 26 de maio 1831 em Sorocaba, onde foi baptizado em 23.6.1831. Era filho do Capitao Francisco Xavier Paes de Barros e da 1a esposa Rosa de Aguiar deste . Rosa erai irmã do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar de Sorocaba, era assim descendente do Francisco Antonio de Aguiar casada com Gertrudes Eufrozina Ayres, naturais de Sorocaba SP.
Descende do lado dos "Barros" do ramo do Antonio de Barros Penteado casado com Maria Paula Machado de Itu SP.

Francisco Xavier casou em 1854 a 1 vez com sua prima-irmâ Gertrudes de Aguiar Barros, filha do 1° Barão de Itu, Bento Paes de Barros, e Leonarda de Aguiar que foram irmão resp. irmã do pai e da mãe de Francisco. (Bento irmâo mais velho do Cap. Francisco e Leonarda irmã de Rosa de Aguiar).

Foi bachelor em direito na Academia de Sao Paulo em 1853 e havia estudado tambem em Olinda . 
Foi depois deputado em varias legislaturas pela provinica de Sao Paulo. Jä nos anos 1870 foi presidente da companhia Ituana (estrada de ferro) Em 1875 inaugurou a estação de Capivari SP tambem como presidente da companhia. Em esta ocasião foi doado um quadro dele que para muito tempo foi na estaçao de Capivari., hoje é desaparecido. Em estes anos Francisco Xavier mudou pela cidade de Sao Paulo com a familia em ca. em 1876 com os seus primos e o tio ( o barao de Piracicaba, um outro irmâo do seu pai e do pai de sua esposa) de Itu.
Sua esposa Gertrudes morreu em 1878 em Sao Paulo.

Em 19 de agosto 1879, jà viuvo de sua esposa e prima, Gertrudes de Aguiar, recebe o título de "barão de Tatuí". Tive como seu tio e sogro (1° barao de Itu), e outro tio ((barao de Piracicaba) como tambem alguns dos seus primos (Marques de Itu, e 2nd barao de Piracicaba) que haviam titulo de nobreza, o brasão dos Barros, registrado em 16.2.1795. (5. Livro do Registro dos Brasões de Armas da Nobreza de Portugal - Cartorio de Nobreza, Fol. 36.).

2a vez casou Xavier Paes de Barros em 1881 com a viuva do Barâo de Itapetininga, Cerina de Sousa e Castro, sem geração com ela.

O barão de Tatui foi  entre os fundadores da Companhia Paulista de Estradas de Ferro .
Em 1886 foi entre os fundadores de Sociedade Promotoria de Immigração de São Paulo, que trazí muitos imigrantes italianos, alemâos e austriacos no Brasil.

Com o advento da República em 1889, aos 58 anos, abandonou a política, recolhendo-se à vida privada.

Fundou assim em ca. 1889 o Banco de São Paulo com o Marques de Três Rios (genro do falecido barâo de itapetininga e da primeira mulher dele. O Marques de Três Rios era esposo de Hypolita, nascida em 1830 e falecida em 1893, sem filhos. Era meia irmâ da futura Condessa de Prates, este ultima filha de Cerina a 2nda esposa dele. ) e com o barão do Rio Claro e outros parentes. 

Na cidade de Sao Paulo conta-se somente a historia do seu casarâo que em verdade era da sua 2nda esposa que a havia herdada do seu primeiro esposo, o barão de Itapetininga. Os interessados podem ler o processo de então, conservado no Tribunal de Justiça em Sao Paulo onde é descrito o que aconteceu veramente.

Entâo o antigo casarâo foi demolido em 1892 para a construção do Viaduto do Chà. O lado nao demolido foi renovado resp foi costruido um bel palacete que a sua vez foi demolido em 1911 apos a morte da Cerina de Souza e Castros para ampliar a rua e a construçao da futura praça do Patriarca.
As antigas terras do barao de Itapateininga e depois de Cerina de Souza e Castro, baroneza de Tatui, foram herdadas pela unica filha de Cerina, Antonia dos Santos Silva - fruto do seu casamento com o 1° marido, o barao de Itapetininga- e que jà em 1886 havia casado com o Condé Prates que depois costruí os famosos palacetes Prates, e guidou da herdade de sua esposa. -
O barâo de Tatui a sua vez guidou das suas propriedades na Avenida Tiradentes e na Rua Florencio de Abreu e das fazendas no interior de Sao Paulo.
Entre 1890-1900 o barão de Tatui foi provedor da Santa Casa de São Paulo e como dito supra diventou banqueiro. (Banco de Sao Paulo sendo ainda o presidente no ano do seu falecimento)
Foi também membro e acionista da companhia Leiteria Ararense em Araras SP (café com leite) desde 1909 onde ele além ser acionista formava o Conselho Fiscal deste empresa.

Francisco Xaiver Paes de Barros, barâo de Tatui e Gertrudes de Aguiar casaram em dia 25.12.1854 em Itu SP, onde Gertrudes havia nascida. na casa do falecido comendador Joaquim Viera de Moraes na cidade de Itu SP,

Gertrudes e Francisco Xavier foram pais de:

- Leonarda, * 1857 falecida criança.

- do meu bisavô, Dr. em medicina Bento Paes de Barros. * 1859 e falecido bem idoso com 85 anos em 1945. Era medico legista em Sao Paulo, havia estudado em Viena, Austria, casado 2 vezes. 1. Emma von Körmendy de Viena Austria, 2. Anna Maria Luiza Dauer, natural de Brusque, Brasil.

- Dr. Francisco Xavier Paes de Barros * 1860 e falecido com 60 anos em 1920. Era formado em direito, deputato em varias legisalturas, politico e vereador., casado com Francisca Paes de Barros, sua prima, neta de Rafael de Aguiar de Barros, primo e cunhado do barao de Tatui.

- Anna Rosa, * 1862 e falecida criança.

- Fernão Paes de Barros * 1864, falecido em 1897 solteiro na idade de 33 anos de uma moléstia cardiaca. Em 1883 ele e seu irmão Antonio seguiarm para Europa. Foi em Paris na "école Monge" até 1886. Em 1886 se escreve em cursos de jurisprudencia na Universidade em Viena Austria onde seu irmão Bento Xavier (bisavô de Tiffany) desde 1885 estudou medicina forensica.

- Antonio Paes de Barros * 1868 falecido solteiro em 1899 com 31 anos. Foi tambem para Europa em 1883 , junto ao seu irmão Fernão supra. [ Nao era em Mato Grosso e nao tem nada a ver com o Toto Paes em Cuiaba como contam alguns pesquisadores erroneamente, nao conhecendo a genalogia, jà que ele faleceu em 1899 em Sao Paulo]

- Octavio Xavier Paes de Barros * 1876, medico, casado com Maria do Carmo Mesquita Sampaio e falecido com 45 anos em 1921..

Francisco Xavier Paes de Barros, barâo de Tatui, pai de 7 filhos perdeu 2 filhos na idade maior e 2 filhas ainda crianças. Somente tres dos 7 viram com ele o novo seculo XX e as mudanças na primeira Republica.
Leia mais sobre ele em Chiquinho de Barros e a historia em Barao de Tatui e o viaduto do Chà. 

Francisco Xavier Paes de Barros, barao de Tatui, faleceu na sua residencia Rua Florencio de Abreu 139, Sao Paulo em 6 dicembre 1914 .

Os seus irmãos foram :

  • Maria Candida de Aguiar c/c Tenente Coronel Joaquim José de Oliveira 
  • Raphael Aguiar de Barros c/c Anna Leopoldina de Oliveira Lopes 
  • Antonio Francisco de Aguiar Barros c/c Genebra de Souza Quieroz 
  • João Aguiar de Barros c/c Amelia Lopes de Oliveira 
  • Gertrudes Brasilica Aguiar de Barros c/c Pedro Vaz de Almeida 
  • Bento de Aguiar Barros c/c Francisca de Sousa Barros (ela filha do Comendador Luis Antonio de Sousa, primo do barão de Tatui. O comendador foi filho de Genebra de Barros Leite, (ela tia do barão de Tatuí) e Ilidia Malfalda de Sousa, filha dos marqueses de Valença ) 
  • Francisca Aguiar de Barros c/c Antonio Augusto de Padua Fleury (avós de escritora Maria José Dupré)

Os meio-irmãos do Barão de Tatui, filhos 
do Capitâo Chico com a segunda esposa, Andreza Euphrasia de Oliveira (ou Lopes de Oliveira): 
  • Carlos Paes de Barros c/c Alice de Sousa Queiroz. Alice foi filha do Barão de Limeira, Vicente de Souza Queiroz (filho de tia paterna do barão de Tatuí), Genebra de Barros Leite)
  • Brasilico Lopes de Barros c/c Izabel Sousa Mesquita,
    (Izabel,filha de Luis de Mesquita Barros e Clara de Paula Sousa. Clara foi filha de Francisco Paula de Sousa e Mello e Maria de Barros Leite, (tia paterna do Barão de Tatui). - Luis de Mesquita Barros foi filho de José Manoel de Mesquita e Angela Ribeiro de Cerqueira, (outra tia paterna do Barão de Tatui) 
  • Fernâo ou Fernando Paes de Barros 
  • Maria Paula de Barros c/c Dr. Manoel Lopes Monteiro de Oliveira


Nécrologo com data e lugar de falecimento do 6 dezembro 1914, Rua Florencio de Abreu em São Paulo:

No Correio Paulistano, segunda-feira, 7 de dezembro de 1914.


Barao de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros





Rua Florencio de Abreu

Não existe nenhuma fotografia do palacete do barão de Tatui na Rua Florencio de Abreu em São Paulo. Se sabe que estava localizado em frente do palacete do seu primo, o engenheiro Paula Souza e dos Barros Souza (existentes hoje), Na Rua Florencio de Abreu outros membros de familia tivem  historia e residencias.


RUA FLORÊNCIO DE ABREU

No final do século XIX, bondes puxados a burros trafegam na rua Florêncio de Abreu, numa fotografia tomada em direção à Luz. À esquerda, a antiga chácara em que o Barão de Tatuí morava antes de se casar com a viúva do Barão de Itapetininga. (16/07/2009 Publicada por Sra. Eli Mendes em Saudade Sampa )

Hoje o palacete do Barão nunca existe... 
com o ajudo de uma antiga foto de Guilherme Gaensly e um artigo de Eudes Campos sobre os Paes de Barros em Sao Paolo fiz um passeio com google street-map...
mudaram muitas coisas desde 1900...os trilhos de bonde tem desaparecidos - nenhum arvore.... e onde estava a casa dos Tatui......um parque de estacionamento e muito betão.
Ainda existem algumas  casas antigas - testemunhos silenciosos. Quem sabe quantas coisas elas viram.
...


"Figura 23 Aspecto da Rua Florêncio de Abreu. A esquerda da foto, em primeiro plano, vê se a casa do engenheiro Antonio Francisco de Paula Sousa (assinatura em vermelho); do mesmo lado, ao fundo, a casa de Fernando Paes de Barros, cunhado de Paula Sousa e genro de Maria Rafaela de Paula Sousa, filha do Barao de Piracicaba (assinatura azul). Ao lado direito, gradil da antiga casa do Barao de Tatui, (assinatura em verde), mais um membro da extensa familia Barros, que aí morava desde 1882.

As duas primeiras residencias ainda existem no cruzamento com a Rua Paula Sousa." (Fotografia antiga de Guilherme Gaensly, 1900 Acervo da Divisâo Iconografia e museus, Sao Paolo).


Arvore "genealogico" de Rua Florencio de Abreu com os moradores de familia, descendentes de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado, na Rua Florencio de Abreu, encontrado no artigo por Eudes Campos.: 









Muito obrigada aos primos 
Felipe de Barros Marquezini e Victor Leonardi
e ao Dr. Eudes Campos 
pelas explicações e esclarecimentos  !


Fontes pesquisados:
- Correio Paulistano


Tive o barão de Tatui outras propriedades, não longe  da Rua Florencio de Abreu na Avenida Tiradentes. Um deles era na então "Praça Roberto Penteado N° 51, (hoje Praça Armênia) como referem artigos nos antigos jornais :  

em 1897 faltou ainda um passeio em frente do casarão...



e em 1909 tive fogo no predio anti-hygienico .....

Artigo em "o Commercio de São Paulo em 14.08.1909




O prédio não foi residencia do barão, mas um das suas muitas propriedadesde aluguel na Avenida Tiradentes que como descrito parece bem rústico pela época de 1909!  Esta Praça Roberto Penteado ficou na região da Avenida Tiradentes com a Estação Cantareira perto. Foi renomeada e hoje é a Praça Armênia.

Obrigada pelas pesquisas aos amigos internautas:
Maria Paula Cosme 
e Gilberto Calixto Rios (em memoriam)

quarta-feira, 20 de março de 2013

carta do 1° Barão de Piracicaba aos seus filhos em Alemanha

é um verdadeiro carinho esta carta que Antonio Paes de Barros, 1° Barão de Piracicaba (meu 4° tio-avô) enviou ao seus filhos Diogo Paes de Barros e Antonio Paes de Barros, que estudavam em Karlsruhe, Alemanha.

Transcrição que fiz o primo Felipe de Barros Marquezini (descendente direto do Barao de Piracicaba),de carta que tem ele, enviada pelo primeiro Barão de Piracicaba e sua esposa Gertrudes de Aguiar, para os dois filhos mais novos, que acabavam de chegar na Alemanha, onde passariam alguns anos estudando. Foram junto do sobrinho Antônio Francisco de Paula Souza, que estudou em Karlsruhe; é possível que tenham estudado lá. ( leia postagem sobre Antônio Francisco de Paula Souza,)


A carta data de 27 de agosto de 1855.


Carta do Capitão Antonio Paes de Barros e de sua senhora D. Gertrudes Eufrosina Paes de Barros, Primeiros Barões de Piracicaba, dirigida aos seus filhos Antonio (Senador Antonio Paes de Barros) e Diogo (Major Diogo Antonio de Barros) que se achavam estudando na Alemanha. Contava o primeiro a idade de 15 anos e o segundo a de 11 anos.


"Meus caros filhos
14,7 hrs. Itú, 27 de Agto. 1855

Muito temos sofrido com a ausência de nossos filhos, quantas saudades. Vossa Mãe ainda chora quase todos os dias. Nossa única consolação será, se meus filhos aproveitarem e se comportarem bem. Nós passamos como velhos; vossa Mãe sempre doente. Sentimos que não nos escrevêsseis de Lisboa, de onde o Snr. Barboza nos deu noticias de meus filhos. Muito desejamos saber como foram tratados na viagem, e lá como se acham; tudo miudamente desejamos saber.Meus filhos cuidai com esmero em vossos estudos. Respeitai e obedecei a vossos Mestres e ao Snr. Hirsch como a vosso pai, e respeitai sempre os mais velhos. Nada obreis sem primeiro pensar, senão vireis a ter vergonha do que quereis fazer. Não tomeis amizade com meninos turbulentos ou exagerados. Nunca mintas: falai a verdade sempre, ainda que seja contra vós. Não te metas em intrigas: cada um responde por suas ações. Não vos deixeis iludir pelos mais espertos, porque não é bom fiar-se em palavras bonitas. Nunca vos esqueçais da religião de vossos pais; ouvi missa aos Domingos e dias santos; confessai-vos ao menos uma vez a cada ano; não tenhais acanhamento ou vergonha de ser católico: tolerai a todos na sua religião, para que vos tolerem, e sobre isso não converseis com qualquer pessoa: quando precisardes de conselho a esse respeito, procurai algum Católico instruído e honesto para vos esclarecer. Todos os dias quando vos acordardes seja a primeira coisa dar graças a Deus por vos ter conservado e pedir graça e força para cumprir vossas obrigações, o mesmo a noite quando vos deitardes para dormir. Deveis crer e estar certo que Deus vê todas as nossas ações, e até nossos pensamentos. Fugi e evitai tudo que possa vos distrair de vossos estudos, e vos comprometer em atos vergonhosos. Tratai com carinho e amor vosso irmão e protegei-o sempre; vós sois mais velho deveis tolerar suas impertinências e guia-lo para o bem com brandura e não com aspereza, para vendo ele um amigo, seja dócil e não se revolte. Sede econômico, gastai só o que for necessário, que assim não sofrereis vexame, e tereis crédito. Não sejas importuno nem pesado aos outros. Não ocupes a outrem naquilo que podeis fazer, não sejas preguiçoso. Nada prometas sem reflexão para não faltar. Enfim amai a Deus sobre tudo, e ao próximo, como a vós, que sereis feliz mesmo nesta vida e na outra tereis infinita recompensa. E que prazer não terão vossos pais e parentes se depois de alguns anos tornarem a ver seus filhos instruídos e bem comportados para lhes adoçarem os incômodos do resto de seus dias! Nada poderá igualar nossa satisfação.Aceitai nossas bênçãos. Deus vos proteja em graças, é o desejo de
vossos Pais mot. amos.
Antonio
Gertrudes

PS. Aceitai de todos muitas lembranças e todos se lembram de vós com saudades.
PS. Vossa mãe vos pede que ao menos uma vez cada mês leiais esta."

nota

Gertrudes de Aguiar, irmã do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, de Leonarda de Aguiar casada com o Barão de Itu que foi irmão do Barão de Piracicaba, irmão também de Rosa de Aguiar casada com o capitão Francisco Xavier Paes de Barros, outro irmão do Barâo de Piracicaba.

Felipe encontrou também recentemente que Gertrudes faleceu em abril de 1865, pois num jornal da época fala-se sobre uma missa rezada por seu falecimento.




"OBRIGADISSMA" FELIPE, Muito legal !



Dr. Raphael Tobias de Barros, 2° Barão de Piracicaba, familia

Dr. Raphael Tobias de Barros, 2° Barão de Piracicaba

Barão de Piracicaba - Familia, Parentes e descendentes

Ao centro Nr. 33, Maria Joaquina de Mello Oliveira
segunda esposa do Raphel Tobias de Barros,2° Barão de Piracicaba, filho do 1° Barão do mesmo nome.







  1. Alvaro de Souza Quieroz
  2. Joao Alves de Lima
  3. Joaquim Luiz Alves de Lima
  4. João Oliveira de Barros
  5. Raphael Tobias de Barros
  6. Egberto Pereira de Souza
  7. Everardo Pereira de Souza
  8. Luiz Novaes de Barros
  9. Maria Pereira de Souza
  10. Sylvio Oliveira de Barros
  11. José Oliveira de Barros
  12. Paulo de Barros
  13.  
  14. Branca Pereira de Souza
  15. Baby Pereira de Souza
  16. Nina Souza Queiroz
  17. Bia Souza Queiroz
  18. Antônio Paes de Barros
  19. Washington Luís Pereira de Souza
  20. Rafael Paes de Barros
  21. Oscar Bueno Pereira
  22. Lúcia de Barros
  23. Dulce Bueno Pereira
  24. Caio Luiz Pereira de Souza
  25. Álvaro Souza Queiroz Filho
  26.  
  27. Lisah Alves de Lima
  28. Bento Oliveira de Barros
  29. Elisa de Barros Alves de Lima
  30. Sophia de Barros Pereira de Souza
  31. Gertrudes de Barros Souza Queiroz
  32.  
  33. Baronesa de Piracicaba
  34. Antônio Paes de Barros
  35. Cândida Novaes Oliveira de Barros
  36. Brasília Whitaker Oliveira de Barros
  37. Antônia de Barros Pereira de Souza
  38. Evangelina Whitaker Oliveira de Barros
  39. Noemi Lacerda Oliveira de Barros
  40. Heloisa Alves de Lima
  41. João Eduardo Alves de Lima
  42. Victor Luís Pereira de Souza
  43. Carlos de Souza Queiroz
  44. Eunyce Alves de Lima
  45. Sylvia Novaes de Barros
  46. Paulo Novaes de Barros
  47. Beatriz Pereira de Souza
  48. Cecília Pereira de Souza
  49. Fábio Oliveira de Barros

Barão de Itu, Bento Paes de Barros, 4° avô de Tiffany, Necrologo Correio Paulistano 1858

Correio Paulistiano, edição 23 fevreiro 1858








sábado, 9 de fevereiro de 2013

Bento Paes de Barros, 1° Barão de Itu, 4° avô de Tiffany

Atualizado settembro 2022 por Tiffany

Bento Paes de Barros, 1° barâo de Itu, (4° avô de Tiffany) nasceu ca. 1788 em Itu, SP, foi filho de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado. Foi bapitzado em dia 31.12.1788 em Itu e faleceu em 1858. 


Baptismo de Bento Paes de Barros, filho de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado , Nossa Senhora de Candélaria, Itu 30.12.1788.



Bento Paes de Barros
1° barão de Itu,
4° avô de Tiffany,
Fotografia do Acervo
de Marquesa de Itu,
sua sobrinha e nora.
Bento Paes de Barros foi Irmão de:
  • Angela Ribeiro de Cerqueira (nome e sobrenome de avó paterna e batizada no dia 03 de avril 1779 em Itu) casada em 1795 com José Manuel de Mesquita.
  • Anna Joaquina de Barros, batizada 27.01. 1781 em Itu, SP, casou em 19.09.1797 João Xavier da Costa Aguiar, membro do clã Santista, natural do Portugal. Moraram em Santos onde ela faleceu em 11.03.1837.
  • Genebra de Barros Leite, nascida ca 1782 e falecida 1836 em Lisboa, casada com 1. vez Brigadeiro Luis Antonio de Sousa, em 19.9.1797 e 2. vez com o Marquês de Monte Alegre em 1822.
  • Escholastica Joaquina de Barros, nascida em cerca. 1786, casada com o ouvidor géral Miguel Antonio de Azevedo Veiga
  • Capitão Chico de Sorocaba, Francisco Xavier Paes de Barros, nascido 1795 (batizado 31.05.1795 em Itu SP) e falecido em 1875, casou em 1827com Rosa de Aguiar, irmã do Brigadiero Rafael Tobias.  (ele e sua mulher são tambem  4°s avôs de Tiffany, por ser pais do Barão de Tatui,  3° avô de Tiffany),.
  • 1° Barão de Piracicaba, Antonio Paes de Barros, nascido em Itu 1791 e falecido 1876 em São Paulo, casado com Gertrudes Eufrosina de Aguiar, nascida cerca 1798.
  • Joaquim Floriano de Barros, nascido ca. 1796, falecido em 1830, casado com sua prima Eliza Guilhermina de Mesquita, avôs do Dr. Francisco Fernando Paes de Barros, o Pai de Salto.
  • Maria de Barros Leite, ( Maria Paula souza é o sobrenome de casada) batizada 02.11.1804 em Itu SP (nascida 21.10.1804), falecida 10.4.1898. Ela casou  seu primo, o conselheiro e senador Francisco de Paula Sousa e Mello, nascido em 1791 e falecido em 16.08. 1851.

Ascendencia

Antonio de Barros Penteado nascido ca em 1740 e baptizadao aos 2 anos em 1742 em São Roque, era filho de Fernão Paes de Barros e Angela Ribeiro Leite ou Cerqueira. Faleceu em 1822 em Sorocaba.
Sobre ele se pode ler na genealogia paulistana de Taques:
Capitão Antonio de Barros Penteado, f.º do capitão Fernão Paes § 2.º foi às minas com seu irmão o capitão José de Barros n.º 2-5 e, na exploração da mina da Melgueira, conseguiu tirar em alguns anos uma arroba de ouro, com o que, voltando para S. Paulo, comprou terras em Itu onde ficou estabelecido. Casou-se em 1778 em Itu com Maria Paula Machado f.ª do capitão-mor Salvador Jorge Velho e de Genebra Maria Machado. Tit. Jorges Velhos. “
(nota: uma arroba corrisponde cerca à 14 kg)

O pai de Antonio de Barros Penteado, Fernão ou Fernando Paes de Barros descobriu ouro no rio Guaporé, Mato Grosso, nos anos 1730. Fernando era filho de Beatriz de Barros (bisneta de Pedro Vaz de Barros que veio de Portugal para o Brasil em ca. 1598, dando origem à família Paes de Barros com a sua esposa Luzia Leme) e Manoel Correa Penteado, primo de Beatriz. (leia sobre o parentesco deles aqui )

Do lato materno Bento Paes de Barros descende dos Jorge Velhos. Sua mãe Maria Paula Machada foi filha do cap.-mor de Itu, Salvador Jorge Velho e Genebra Maria Machado. Salvador Jorge Velho e sua mulher legaram à sua descendência aos tradições dos Jorge Velho, aos Penteados e aos Paes de Barros. 
Por todos essos troncos, os filhos de Antonio de Barros e Maria Paula Machado (5°s avós de Tiffany), participavam da nobreza paulista, costituida da essa casta dos descendentes dos primeiros povoadores portugueses e das 'indias guaianazes que os desposaram. Seus avôs maternos se haviam estabelicido com mineração de ouro em Sâo João d'El Rey. 
Ainda em 1819 Genebra de Barros Leite, a irmã  de Bento Paes de Barros, era a jovem viuva do rico brigadeiro Luiz Antonio de Souza, uma "primeira dama" da sociedade paulista que casou em 2as nupcias com Jose de Costa Carvalho, mais tarde (depois a morte de Genebra em 1836) barâo, visconde com grandeza e marques de Monte Alegre em 1854. (José de Costa Carvalho foi eleito deputado pela Bahia à Assembleia Geral nas legislaturas de 1826 a 1833, em 1827 fundou o O Farol Paulistano, primeiro periódico impresso e publicado em São Paulo. Após a abdicação de D. Pedro I, em 1831, foi eleito para a Regência Trina Permanente, com o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva e João Bráulio Muniz)

Biografia

Bento Paes de Barros (1788 – 1858), 1° Barão de Itu nasceu 1788 em Itu, bapizado em 30.12.1788 e foi um político influente de seu tempo. Ocupou o cargo de capitão-mor da Vila e foi vereador em 1832. Ele e seu irmão Francisco Xavier Paes de Barros o capitão Chico de Sorocaba (tambem 4° avô de Tiffany), lideraram as tropas de Itu na Revolução Liberal de 1842, motivo que os levou a serem perseguidos. Documentos historicos parecem indicar que o 2° marido de Genebra de Barros Leite e cunhado do Bento e Francisco Xavier, o José de Costa Carvalho nunca mereceu simpatia dos de Barros de Itu.
Chico de Sorocaba, irmão mais novo de Bento, foi comandante da Guarda Nacional e membro do Partido Liberal e participou da Revolução de 1842 ao lado do seu cunhado Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo. Francisco Xavier Paes de Barros foi casado com outra irmã do brigadeiro Rafael, Rosa Candida de Aguiar (são tambem 4°s avós de Tiffany).

Bento Paes de Barros casou em 24.12.1820 no oratorio de sua sogra, Dona Eufrozina Ayres, em Sorocaba com Leonarda Francisca de Aguiar Barros, irmã de Rafael Tobias de Aguiar, sorocabano, líder maior da Revolução de 1842. Ela 14 anos, ele 32 !! Foi testemunho Antonio Paes de Barros, futuro barâo de Piracicaba (1876) , irmão de Bento.

casamento de Bento Paes de Barros com Leonarda Francisca de Aguiar Barros em dia 24.12.1820 no oratorio de sua sogra em Sorocaba. Registro Nossa Senhora do Ponte, Sorocaba


Em 1822 Bento Paes de Barros estava entre os rebeldes da Bernarda de Francisco Ignácio (irmâo do seu cunhado Luiz Antonio de Sousa Queiros). 
Em 1824, por professar ideias liberais foi intimado à ir ao Rio de Janeiro, junto com os irmãos Antônio e Francisco, à prestar contas ao Ministro da Justiça.

licença para engenho de açucar em Itu, SP
Em Piracicaba o capitão Bento tive terras no Sitio denominado Pinhal com fabrica de açucar e com 30 escravos. Dizem que ajudou na criação da Freguesia de Araraquara, intercedendo junto às autoridades, demarcando o terreno da quadra inicial que deu origem ao povoado e também doando a primeira imagem sacra de Sao Bento que ornamentou o altar. 

Pertenceu ao Partido Liberal e na Revolução de 1842 foi presidente da Junta Militar, incumbida de angariar fundos para o movimento revolucionário. Documentos historicos parecem indicar que o José de Costa Carvalho o 2° marido de Genebra de Barros Leite, irmã de Bento Paes de Barros, nunca mereceu simpatia dos de Barros de Itu. 

Em Itu foi dono de fazenda Campos Elísios, vários engenhos como “Gramado” e “São João” .
Terras da fazenda Paraiso, foto antiga

Bento Paes de Barros,
havia herdado do seu pai o sitio "Tiête" que hoje tem o nome Fazenda Paraizo em Itu. As terras da Fazenda Paraíso, no antigo bairro rural do Anhambu, se prolongavam até a barra do rio Pirapitingui, afluente do rio Tietê. A Fazenda foi engenho do Padre João Leite Ferraz no final do sec 18. 
A obra da segunda Matriz de Itu foi financiada pelo Padre João leite Ferraz entre 1777-1780. Ele era produtor de açucar na sua fazenda Tietè (depois Paraiso). Nela costruiu uma olaria para confecçao das telhas da nova igreja. Na mesma epoca ele vendeu o engenho em  1780 ao Antonio de Barros Penteado (pai de Bento Paes de Barros), de volta depois 20 anos das minas de ouro ! Em 1855, era propriedade de Bento Paes de Barros. Ele faleceu em 1858 e ca 10 anos depois a viuva e os seus filhos e herdeiros a venderam em 1868 a Bento Dias de Almeida Prado, o Barão de Itaim



Em 12.10.1846 Bento Paes de Barros recebeu o titulo do Barão de Itu (conforme Decreto Registrado no Livro VII, Pag. 110, Seção Histórica do Arquivo Nacional). Foi o primeiro entre os filhos e descendentes de Antonio de Barros Penteado à obter um titulo de nobreza e foi tambem o primeiro titulo de nobreza a ser conferido à um ituano ! Tirou um dos brasões dos "Barros", com differença da qual do seu primo Falção (conferido em brasão esquartelado), por hãver estrelas de 5 pontas e não 6....




O barão de Itu foi o principal fundador da Santa Casa de Misericórdia de Itu, doando consideráveis quantias e atuando na comissão encarregada de viabilizar o empreendimento. Foi o primeiro provedor da entidade.

Santa Casa de Miséricordia, Itu
Foto google street view



O Barão de Itu, faleceu em 09.02.1858 de molestia de rins (conforme o diario de Rio de Janeiro do 21.2.1858) e está enterrado na Capela São João de Deus da Santa Casa de Misericórdia de Itu, da qual foi um dos fundadores e primeiro Provedor (1840-58).
Leia aqui o necrologo que o honra com grande fervor Bento Paes de Barros mas...

que alude tambem à fortuna feita com o tráfico de escravos, occupação tão "normal" na época. 


JAZIGO DO BARAO DE ITU
Capela São João de Deus
Santa Casa de Misericordia Itu SP




Santa Casa de Miséricordia, Itu
Foto google street view






A fundação do Hospital de Santa Casa de Misericordia ganhava cada vez mais importância, Durante a visita do imperador Dom Pedro II, a obra do novo Hospital recebeu dele importante donativo de três contos de réis.

Descrevendo a cidade de Itu em meados do século XIX, antigos cronistas informavam que a imagem de São João de Deus da confraria da Misericórdia era procedente da Itália. A capela fica ao centro do nobre edifício do hospital, considerado o melhor da Província à época de sua construção. Franqueada ao público em 1867, a Santa Casa teve no Barão de Itu um de seus principais benfeitores, sendo responsável por seu funcionamento, as Irmãs de São José.

Filhos do 1° Barão de Itu e Leonarda de Aguiar

  • Gertrudes Aguiar Paes de Barros, (trisavó de Tiffany), falecida 06.09.1878 em são Paulo. Ela era casada com seu primo paterno, o Barão de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros, filho do capitão Francisco Xavier de Barros , irmão do 1° Barão de Itu
  • Leonarda de Aguiar (filha), casada com seu primo paterno Coronel Raphael de Aguiar Barros, 2° Barão de Piracicaba (filho do tio, Antonio Paes de Barros, 1° Barão de Piracicaba, e sua esposa Gertrudes Eufrosina de Aguiar, outra irmã do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar.) Dopo a sua morte, o viuvo Coronel Raphael de Aguiar Barros casou com Maria Joaquina de Mello Oliveira.
  • Anna Barros de Aguiar, casada com seu primo materno, João Tobias de Aguiar Castro (filho de Rafael Tobias de Aguiar e a Marquesa de Santos)
  • Dr. Rafael Aguiar de Barros (fundador do Jockey Club em São Paulo), casado com sua prima/sobrinha paterna Francisca de Azevedo Barros (neta de Escholastica Joaquina de Barros, irmã do Barão de Itu)
  • Dr. Antonio de Aguiar Barros, Marquês de Itu, casado com sua prima paterna Antonia de Aguiar Barros (filha do 1° Barão de Piracicaba, irmão do Barão de Itu)
  • Dr. Francisco Xavier de Aguiar, casado com sua prima/sobrinha paterna Dona Angélica de Souza Queiroz (neta de Genebra de Barros Leite, irmã do Barão de Itu)
  • Outros, segundo a Genealogia Paulistana: Maria 1, Maria 2, Bento 1, Bento 2, Raphaela, Antonio falecidos jovens ou bébé.

O sobrado em Itu

O sobrado que hoje abriga o Espaço Cultural Almeida Júnior (Secretaria
casa do Barão de Itu,
hoje Espaço Cultural Almeida Jr., Itu

Foto Google street view
Municipal da Cultura) foi de propriedade do 1° Barão de Itu.
Havia, em 1720, uma casa térrea onde residiam os temidos irmãos João e Lourenço Leme. Com o descobrimento de ouro em Cuiabá/MT, os Leme se tornaram ricos e ainda mais violentos: aterrorizavam a população com sua brutalidade e desafiavam até as imposições de representantes do governo português. Por ordem do governador da Capitania de São Paulo, Rodrigo Cezar de Menezes, foram perseguidos e mortos em 1722.

Mais de um século depois, em 1850, a antiga casa de estes "primos" Leme já não existia e o terreno foi utilizado  por o 1° barão de Itu (titulo recebido em 1846), abastadao fazendeiro e cap.-mor de Itu, para a construção do seu novo casarão  originalmente térrea situado na esquina da Rua Paula Souza. No censo de Itu de 1836 pode se ler que ele jà havia uma moradia no 2° quarteirão de Itu onde morava tambem seu irmão mais jovem, Antonio Paes de Barros, futuro barão de Piracicaba. Ainda não consegui onde foram estas moradias em 1836.
O novo prédio terrèo foi inaugurado em 1858. Mas o barão de Itu residiu pouco tempo  na casa, pois faleceu no mesmo ano de sua inauguração, em 1858.



casa do Barão de Itu,
hoje Espaço Cultural Almeida Jr., Itu
Foto google street view
Em 1881, após o falecimento da viuva, Leonarda de Aguiar,  baronesa de Itu, os filhos e herdeiros dela venderam o imóvel ao senador provincial, o advogado Francisco Emydio da Fonseca Pacheco. De acordo com um jornal da época, ele pagou a “insignificante quantia de 17 contos”, pois naquela época se dava pouca importância aos casarões remanescentes do apogeu do açúcar e do café. Quase todos os filhos jà haviam mudado para São Paulo e nâo tiveram interesse para este "velho" predio.
 Foi o advogado Francisco Emydio da Fonseca Pacheco que mandou construir o pavimento superior para abrigar sua familia. 
No final do século 19, o governo republicano de São Paulo comprou o sobrado, mandou executar reformas e, em 1896, nele instalou o Grupo Escolar Cesário Motta, um dos primeiros do estado.
Em 1989, quando o Grupo Escolar pioneiro já funcionava em outro local, o sobrado recebeu a denominação de Espaço Cultural Almeida Júnior, em homenagem ao notável pintor ituano.

Conforme ao decreto do 22 de decembre 2010, Art. 1,
O Espaço Externo localizado no Espaço Cultural Almeida Júnior,
passa a denominar-se: 

PÁTIO DE EVENTOS “BARÃO DE ITU” – BENTO PAES DE BARROS.


VIDEO DA CASA:


  

Como referam muitos jornais e internautas desde 2020, o sobrado foi degradado pela ação do tempo e estava fechado ao público para restauraçâo desde 2017. 
O edifício é um raro exemplar dos sobradões de meados do século XIX, e durante recentes inspeções, conduzias por técnicos do Museu de Arte Sacra, IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e da Secretaria Municipal, foi descoberto que o sistema construtivo do edifício foi realizado em Taipa Franco-Pombalina, tratando-se o caso de um documento arquitetônico preservado único em Itu e raríssimo em todo o Estado de São Paulo. 

Sobrado do em Itu SP, costruido por o 1° barâo de Itu e que hospedou o Espaço Cultural Almeida Júnior, mostra deterioriçao.
 foto da wikipedia 2020

a antiga casa do 1° barão de Itu em 1894  jà com o 2ndo pavimento, quando hospedou o gruppo Escolar Cesario Motta


sobrado costruido por o 1° barâo de Itu em Itu SP,
foto da wikipedia 2020. o casarão é bastante deteriorado.



o retro do antigo sobrado do 1° barâo de Itu em Itu SP, atualmente fechado (2022).
Talvez é este O Espaço Externo localizado no Espaço Cultural Almeida Júnior,
denominado

PÁTIO DE EVENTOS “BARÃO DE ITU” – BENTO PAES DE BARROS ? 
foto com google street view em 2022.



Itu e a familia Paes de Barros - de Barros Penteado 

Com o descobrimento de ouro em Cuiabá, no início do século XVIII, 
Itu 1831, Debret

a região ituana funcionou como trampolim para aquelas regiões interiores da colônia. Nos seus arredores eram organizadas as monções, expedições fluviais que abasteciam de víveres as minas, levavam e traziam homens e garantiam o fluxo do ouro. Parte dos capitais gerados com a atividade mineradora foi aplicada na compra de terras, escravos negros, plantio de vastos canaviais e montagem de engenhos, a partir de meados do século XVIII. O povoado de Salto de Ytu, como então se chamava, passou a integrar o quadrilátero do açúcar (delimitado por Mogi-Guaçu, Jundiaí, Sorocaba e Piracicaba), a mais rica região produtora daquele produto em São Paulo, situação que se estendeu pela primeira metade do século XIX. Nesta altura, havia mais de quatrocentos engenhos de açúcar e aguardente em São Paulo, cem dos quais na região ituana



Em 1760, já existiam cerca de 105 casas e mais uma rua, chamada da Palma . Nessa época, Itu se firma como entreposto de comércio na rota entre o sul do país e as regiões mineradoras de Mato Grosso e Goiás. A maioria das casas da Vila eram pequenas e habitadas por gente que pouco ou nada possuía. 
Alguns anos depois, em 1776, com o crescimento das lavouras do açúcar e do algodão, a Vila cresceu, contando com 180 casas, tendo ainda as mesmas ruas de antes. Quem dá vida à localidade são os artesãos (sapateiros, ferreiros, latoeiros, carpinteiros, tecelões, costureiras e fiandeiras); eles ocupam 119 casas. Os comerciantes interessados na venda de tecidos, colchas e cobertores para outras regiões, promovem o cultivo do algodão, e a produção caseira de tecidos. A partir de 1777, a Vila de Itu vai crescer em função dos negócios de exportação de açúcar para a Europa. O número de engenhos de cana e de escravos, agora vindos da África e não do sertão, se multiplicam. 

No fim do século a Vila achava-se á vanguarda da produção açucareira. Em 1798 a produção total da Capitania era de 152.840 arrôbas de acúcar. Só Itu nesse ano, produziu 16.635 quintais, o que equivale a 66.540 arrôbas, ou seja, mais de 1/3 do açúcar fabricado em São Paulo- estas quantidades faziam-na a mais opulenta área paulista no período". 
Foi em este epoca que Antonio de Barros Penteado em Itu e o Capitão Antônio Francisco de Aguiar de Sorocaba (ambos 5°s avós de Tiffany) estabelaram um pacto com o objetivo de instituírem uma estratégia matrimonial envolvendo as respectivas proles, de modo a beneficiar os patrimônios de ambas as famílias. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos. 
A família Aguiar tinha sua riqueza vinculada ao ciclo econômico do tropeirismo, que abarcava como atividades econômicas principais a comercialização de muares, criados na região sul do Brasil, a manutenção de um serviço de transportes baseado em tropas cargueiras e os negócios feitos com gêneros da terra para abastecimento de pontos remotos no interior do País. 
Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar, Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras, estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu.
A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder político e a abastança das famílias, já que, naquela época, os Aguiar enfrentavam problemas com os Silva Prado.




Comarca de Itu

Ouvidoria foi criada em 1811 pelo príncipe regente
Foi por meio de alvará régio, datado de 2 de dezembro de 1811, que se deu a criação da Ouvidoria de Itu/SP, a última em território paulista antes da extinção da instituição em todo o Brasil. O príncipe regente D. João determinou, na ocasião, que a Vila de Itu fosse a sede da Comarca e compreendesse
as Vilas de 
·        Sorocaba,
·        São Carlos (atual Campinas),
·        Mogi Mirim,
·        Porto Feliz,
·        Itapetininga,
·        Itapeva e
·        Apiaí,

todas localizadas no Estado de São Paulo.
Em 17 de dezembro de 1811, ocorreu a nomeação do primeiro ouvidor geral e corregedor da Ouvidoria de Itu, Miguel Antonio de Azevedo Veiga. De acordo com registros do historiador ituano Francisco Nardy Filho, combatia o tráfico e o cativeiro de índios e escravos. Effeitivamente Miguel Antonio de Azevedo Veiga foi casado com  Escholastica Joaquina de Barros, irmã de Bento Paes de Barros !  De Miguel e Escholastica descende Francisca, a esposa do Dr. Raphael de Aguiar Barros (filho de Bento Paes de Barros), supra.

A Jurisdição da Comarca de Itu ia de Franca a Curitiba.
Até 1838, a Comarca de Itu abrangia as cidades de Itu,Capivari, Constituição (Piracicaba), Araraquara, São Roque, Sorocaba, Itapetininga, Itapeva e Apiaí, além das Freguesias (Vilas menores) de Cabreúva, Indaiatuba, Capivari de Cima (Monte Mor), Pirapora (Tietê), Limeira, Ribeirão Claro (Rio Claro), Pirassununga, Una (Ibiúna), Campo Largo de Sorocaba (Araçoiaba da Serra), Tatuí, Paranapanema (Capitão Bonito), Iporanga e as localidades de Santa Bárbara e Ipanema.
Nesta época, Itu era a Vila mais rica de toda a Província, tendo (desde o início do século) importante participação na vida política e econômica. Em 1857, um ano prima de morte do 1° barâo de Itu, a Vila foi elevada à condição de cidade.


Textos e fontes:
  • livro "Quintal de fabrica" e varios textos por Anicleide Zequini, historiadora, Museu Convenção de Itu,
  • Prefeitura de Estancia turistica de Itu
  • campoecidade.com.br
  • livros de igreja cattolica (batismos, casamentos, obitos)

Obrigada IVAN ANKER pelas fotografias do Jazigo !