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sábado, 13 de setembro de 2014

Dona Paulina de Souza Queiroz

atualizado 07.09.2019 por Tiffany

Dona Paulina de Souza Queiroz,  nascida em São Paulo aos 19 de Julho de 1859 e falecida em São Paulo aos 09 de Novembro de 1936 e sobrinha do Barao de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros, trisavô de Tiffany.
Quadro de Dona Paulina de Souza Queiroz
no site de "crèche baronesa Limeira"
em São Paulo



Foi a fundadora da "crêche baronesa Limeira" Dona Paulina casou em 15.07.1879 com o sr. Dr. Julio Benedicto Ottoni. Não tivem filhos. O casamento foi anulado por decreto papal. 

(O Dr. Julio Benedicto Ottoni, irmão de Ermelinda e Christiano Benedicto Ottoni junior, filhos do conselheiro Christiano Benedicto Ottoni (pai) homem público, bastante conhecido no Rio de Janeiro e Barbara Balbina de Araujo Maya)..

Dona Paulina foi filha dos barões de Limeira , Vicente de Souza Queiroz e de Francisca de Paula Sousa,
neta paterna do brigadeiro Luiz Antonio de Souza e de Genebra de Barros Leite,
neta materna do Conselheiro Francisco de Paula Sousa e Mello e Maria de Barros Leite, esta ultima irmâ caçula de Genebra.
(Genebra  e Maria de Barros Leite foram irmãs do 1° barao de Itu, do 1° barâo de Piracicaba, do cap. Chico de Sorocaba e mais 5 outros, todos filhas /os de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado, 5°s avós de Tiffany).


O barão de Limeira, Vicente de Souza Queiroz, nasceu em 6/3/1813 e faleceu em Baependi na Província de Minas Gerais a 6/9/1872. Era filho do brigadeiro Luiz Antonio de Souza, fidalgo com brasão de armas, e de Genebra de Barros Leite, este ultima filha do capitão Antonio de Barros Penteado e de Maria de Paula Souza.
O Barão de Limeira foi Vereador da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo realizou importantes melhoramentos que muito contribuíram para o desenvolvimento desta capital. Foi nomeado em 1850, presidente da Província de São Paulo, cargo este que recusou. Durante a guerra do Paraguai equipou e armou os soldados que ofereceu ao governo.
O Barão de Limeira casou com sua prima : Francisca de Paula Souza e Mello, filha do Conselheiro e Senador Francisco de Paula Souza e Mello e de Maria de Barros Leite, este ultima irmã caçula de Genebra de Barros Leite.


O casal teve 15 filhos:
1º Genebra, 2º Francisca Miquelina, 3º Vicente, 4º Maria Olésia (*) c.c. Carlos Antonio de França Carvalho, 5º Luiz Vicente, (fundador do ESALQ em Piracicaba, clique para ler mais sobre ele) :  6º Ângela, 7º Francisco, 8º Paulo, 9º Alice, 10º Carolina, 11º Paulina, 12º Antonio Vicente, 13º Fernão, 14º Teobaldo, 15º José Vicente.

Os pais de Dona Paulina, os barões de Limeira, foram donos de grande extensão de terras conhecida como “Chácara do Barão de Limeira” entre o Largo do Riachuelo e a Av. Brigadeiro Luís Antônio.
O Barão da Limeira, por sua vez, erguera um palacete de taipa (1853), com algumas inflexões neoclássicas , na Rua da Casa Santa, hoje Riachuelo.
A sua esposa, a baronesa de Limeira, mae de Dona Paulina, depois viuva e  mandar abrir a futura Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em 1894, encomendou ao escritório de Ramos de Azevedo um outro palacete, na esquina da via recém-aberta com a Rua Riachuelo, acompanhado de duas casas de aluguel (ver foto embaixo) Das três construções então erguidas, só uma das casas de aluguel sobrevive hoje.

Dona Paulina era a fundadora da "crêche Baronesa de Limeira", nome em homenagem de sua mãe . A Sociedade Feminina de Puericultura em 1914, sob a direção de Paulina de Souza Queiroz, mantinha duas instituições de benemerência: a Gota de Leite e a Creche Baroneza de Limeira.)
Hoje existe a "fundaçao Dona Paulina de Souza Queiroz".
Foi traçado nas terras de Dona Paulina o "Viaduto Dona Paulina" em homenagem a ela, inaugurado em 1948.

No seu testamento posso ler que Dona Paulina viveu alguns anos em São Paulo com a sua prima de terceiro grau, Andrezina da Silva Barros.(Andrezina foi filha de Anna Leopoldina Lopes de Oliveira (da Silva Guimaraes) e de (clique) Raphael de Aguiar Barros irmão do Barão de Tatui  Francisco Xavier Paes de Barros, este ultimo trisavô de Tiffany).

No testamento se pode ver os bens por ela deixados e distribuídos para os parentes próximos e aos mais dos humildes serviçais de sua casa, além das instituições ás crianças desamparadas.

Dona Paulina morava na sua casa na Avenida Luiz Antonio Nr. 5 :
Estabeleceu em seu testamento:

“…Para patrimônio de uma fundação que instituo sob a denominação de Escola Maternal para Débeis, deixo a casa de minha residência, a Avenida Brigadeiro Luiz Antonio número 5,nesta Capital, com frente para dita Avenida, confinando com os fundos dos prédios da Rua Riachuelo, da Rua Rodrigo Silva, da Rua da Assembléia, da Rua Asdrúbal do Nascimento, da mesma Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, tendo a chácara uma área de dois alqueires mais ou menos, em diversos planos acidentados, toda arborizada com árvores frutíferas, pequeníssimo cafezal e árvores de ornamentação e canteiros de flores com outras benfeitorias… "

diz no testamento tambem :

".... com a referida Fundação ficará o Exmo. Juiz de Menores obrigado, sob pena de caducar o legado, a exigir da direção da Instrução Pública a conservar intacto todo o terreno adjacente, sem a parcelar ou alienar, bem como toda arborização que deverá ser conservada, melhorada, replantadas as árvores quando preciso for, de modo a manter-se quanto possível o aspecto atual da chácara e esta disposição é irrevogável, podendo o prédio ser modificado, ampliado ou reconstruído, se preciso for, sem prejuízo do aspecto geral que existe…”… manter-se-á o maior carinho para com os pássaros que procurarem a chácara para sua moradia, não se admitindo que sejam molestados, até pelo contrário, facilitando-se a sua manutenção…”

 As condições descritas no testamento não serem devidamente observadas....


Historia atual Avenida Brigadeiro Luiz Antonio nr. 42 : 


Na foto a direita : , a casa de Dona Paulina de Souza Queiroz com ao lado casas de aluguel tambem de sua propriedade, em uma foto de Guilherme Gaensly ca. 1900. Foi na esquina da então Rua Riachuelo com Avenida Brigadeiro Luiz Antonio n.5). Era aí que a creche da baronesa foi para muitos anos.
Uma das casas de aluguel existe ainda hoje na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio nr. 42 e foi tombado pelo sue valor cultural. Foi sede da Centro de Estudos Jurídicos (CEJUR) até ser transferida em 2012, no Pátio do Colégio. Na foto de Gansely é a ultima das casas de aluguel.

nas fotografias a esqerda: A avenida com as casas de aluguel em um cartâo postal e atual a uncia ainda existente como descrito supra.


A) Memorias de familia do meu primo Octacilio Dias de Almeida:

A Andrezina da Silva Barros, (nota por Tiffany: irmã de Alice, avó do primo Octacilio Dias de Almeida, autor de este texto) foi dama de companhia da Sra. Paulina de Souza Queiros, que sempre estavam viajando para França e Suíça, pois Dona Paulina como já lhe contei, possuía casa em Paris e casa em Berna na Suiça.

A tia Zina (Adrezina da Silva Barros) após a morte da sua prima Paulina, herdou uma chácara em Taubaté chamada “Chácara da Baronesa” que na verdade seu verdadeiro nome era “Quinta da Fonte” denominação essa dada pela própria Dona Paulina, porém mais conhecida como a chácara da Baronesa conforme consta em testamento da mesma.

Tia Zina foi então morar em Taubaté, em sua chácara, pois a casa da prima Paulina, em São Paulo, foi fazer parte do patrimônio da instituição para meninas desamparadas criada pela prima Paulina, a “Creche Baronesa de Limeira”.

Ela foi morar lá em Taubaté e convidou para também lá morarem um casal, parentes de outro ramo familiar, que depois de alguns anos obrigaram a ela vender a chácara, comprar uma casa para eles e no fim, a obrigaram ir para outro lugar, quando vovó Alice, sua irmã, a recolheu em nossa casa.

Assim a tia Zina viveu um tempo na companhia de sua irmã Alice, sua sobrinha Maria de Lourdes Barros Dias de Almeida casada pela segunda vez com Octacilio de Almeida; seu sobrinho neto Octacilio Dias de Almeida (filho) e sua sobrinha neta Maria de Lourdes Dias de Almeida.
Tia Zina já estava com idade e a sua vista estava diminuindo devido á catarata, assim acabei lendo para ela, como papagaio os seus livros em francês, mas antes tia Zina me ensinou a pronúncia do francês  e começou depois a me ensinar o idioma francês.
Conversávamos muito e sempre a ajudava na sua locomoção pois sua vista continuava a piorar. Ela tinha sempre uma esperança, porque falava-se que nos Estados Unidos já estavam fazendo cirurgias de cataratas com ótimos resultados!

Numa dessas conversas ela me contou uma história muito interessante que aconteceu numa das vezes que foram para a Europa; ao passarem por Paris a caminho da Suíça, encontraram duas alunas brasileiras que estavam estudando em Paris, então a prima Paulina as convidou para irem para Suíça, pois as mesmas estavam de férias escolares.

Foram para Suíça e se hospedaram na casa da prima Paulina todo o tempo das férias.

Essas duas estudantes se tornaram artistas famosas, pois eram Bidú Sayão e Guiomar Novaes!
Bidú Sayão acabou indo morar nos Estados Unidos e Guiomar Novaes voltou para o Brasil, e numa ocasião a prima Paulina solicitou um concerto da Guiomar Novaes em prol da Creche Baronesa de Limeira, mas nunca foi atendida!

Estive em sua casa lá por volta de 1944 ou 45 e era um verdadeiro palacete, ela , claro já era falecida, mas a casa permaneceu  como creche por vários anos até que foi desapropriada para a construção de um grande edifício chamado Palácio Mauá que está até hoje em funcionamento e do viaduto Dona Paulina; o seu terreno que era um fundo de vale, que ia da Rua Riachuelo, no Largo de São Francisco, até o largo Osvaldo Cruz donde inicia a Avenida Paulista. na verdade, esse fundo de vale deu lugar á uma grande avenida  a Avenida 23 de Maio que sai desde o vale do Anhangabaú até o Parque do Ibirapuera

 (fonte e texto por meu primo, OCTACILIO DIAS DE ALMEIDA, bisneto de Rafael Aguiar de Barros e Leopoldina da Silva Guiamaraes)

Conforme o seu testamento Andreza da Silva Barros herdou tambem um outro palacete de Dona Paulina. Estava na então Rua Riachuelo Nr 23.



testamento Dona Paulina de Souza Queiroz falando da herança de Andrezina da Silva Barros

B) Memorias e pesquisas do meu controprimo, Anibal Fernandes de Almeida 

(*) 4º Maria Olésia (irmã de Dona Paulina) c.c. Carlos Antonio de França Carvalho, pais de :
Vicente Carlos
Vicente Carlos c.c. Maria Virgília que é filha do 2º casamento de Bernardino Rodrigues de Avellar, Visconde de Cananéia.
(Maria Virgília é neta do Barão do Ribeirão, tio 3ºavô de Anibal, e bisneta de Manoel de Avellar e Almeida, 4º avô de Anibal, Patriarca da Família Avellar e Almeida de Vassouras, RJ. Maria Virgília é sobrinha do Barão de Avellar e Almeida, do Barão de Massambará e da Baronesa de Werneck, é sobrinha-neta do 1º Barão de Santa Justa).

Vicente Carlos e Maria Virgília são pais de 4 filhos:

  • Vicente Carlos de França Carvalho Filho c.c. Maria Júlia de Oliveira
  • José Carlos c.c. Noêmia Machado
  • Maria Eugenia (França Machado) Azevedo Castro
  • Antonieta (França Machado) Ferreira de Castro

(fonte e texto do meu controprimo Anibal de Almeida Ferandes (ele tem um otimo site: genealogia historia),


Isso é uma interessante ligação na familia, porque no testamento, enivado-me por o primo Octacilio, Dona Paulina escreveu:

Testamento Dona Paulian de Souza Queiroz
....2º que, o testamento foi apresentado  em data de onze do corrente mez  de Novembro , pelo Dr. Vicente Carlos França Carvalho, que declarou que a testadora Dona Paulina de Souza Queiroz, falleceu nesta capital, onde era domiciliada, no dia nove do corrente mez de Novembro.

testamento Doa Paulina de Souza Queiros
..... Deixo a meus sobrinhos Vicente Carlos de França Carvalho e Maria Virgilia de França Carvalho – o prédio da rua da Assembléa (antiga rua Livre) numero dous. Deixo à minha sobrinha Maria Olesia de França Carvalho Azevedo Castro neta de minha irmã Maria Olesia de França Carvalho, (nota por Tiffany: no 4° dos filhos do barão de Limeira supra) já fallecida – as duas casas da rua João Passalacqua (antiga Monte d’Ouro) numero trinta e oito e numero cincoenta. Deixo a minha sobrinha Maria Eugenia de França Carvalho Azevedo Castro, neta de minha irmã Maria Olesia de França Carvalho, já fallecida – as duas casas da rua João Passalacqua (antiga Monte d’Ouro).


Fontes na familia por:
Octacilio Dias de Almeida (o que me enviou tambem transcrição do testamento de Dona Paulina)
e Anibal Fernandes de Almeida (webside: genealogia historia falando do parentesco com Maria Olesia, irmã de Dona Paulina.)


OBRIGADA PRIMOS !