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sábado, 13 de setembro de 2014

Dona Paulina de Souza Queiroz

atualizado 07.09.2019 por Tiffany

Dona Paulina de Souza Queiroz,  nascida em São Paulo aos 19 de Julho de 1859 e falecida em São Paulo aos 09 de Novembro de 1936 e sobrinha do Barao de Tatui, Francisco Xavier Paes de Barros, trisavô de Tiffany.
Quadro de Dona Paulina de Souza Queiroz
no site de "crèche baronesa Limeira"
em São Paulo


Foi a fundadora da "crêche baronesa Limeira" A prima Paulina casou em 15.07.1879 com o sr. Dr. Julio Benedicto Ottoni. Não tivem filhos. O casamento foi anulado por decreto papal. 
(O Dr. Julio Benedicto Ottoni foi irmão de Ermelinda Ottoni que foi casada com Luiz Vicente de Souza Queiroz, irmão de Paulina e fundador do ESALQ em Piracicaba).
(O Dr. Julio Benedicto Ottoni, irmão de Ermelinda e Christiano Benedicto Ottoni junior, filhos do conselheiro Christiano Benedicto Ottoni (pai) homem público, bastante conhecido no Rio de Janeiro e Barbara Balbina de Araujo Maya)..

Dona Paulina foi filha dos barões de Limeira (Vicente de Souza Queiroz e Francisca de Paula Sousa),
neta paterna do brigadeiro Luiz Antonio de Souza e GENEBRA DE BARROS LEITE,
neta materna do Conselheiro Francisco de Paula Sousa e Mello e MARIA DE BARROS LEITE. (Genebra  e Maria de Barros Leite foram irmãs, ambas filhas de Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado, 5°s avós de Tiffany).


O barão de Limeira, Vicente de Souza Queiroz, nascido em 6/3/1813 e falecido em Baependi na Província de Minas Gerais a 6/9/1872. Era filho do brigadeiro Luiz Antonio de Souza, fidalgo com brasão de armas e de Genebra de Barros Leite, filha do capitão Antonio de Barros Penteado e de Maria de Paula Souza. O Barão de Limeira foi Vereador da Câmara Municipal da Cidade de São Paulo realizou importantes melhoramentos que muito contribuíram para o desenvolvimento desta capital. Foi nomeado em 1850, presidente da Província de São Paulo, cargo este que recusou. Durante a guerra do Paraguai equipou e armou os soldados que ofereceu ao governo.
O Barão de Limeira casou com Francisca de Paula Souza e Mello, sua prima, filha do Conselheiro e Senador Francisco de Paula Souza e Mello e de Maria de Barros que era filha do 1º Barão de Piracicaba, tio do Barão de Limeira por ser irmão de Genebra de Barros Leite.

O casal teve 15 filhos:
1º Genebra, 2º Francisca Miquelina, 3º Vicente, 4º Maria Olésia (*) c.c. Carlos Antonio de França Carvalho, 5º Luiz Vicente, (foto)  6º Ângela, 7º Francisco, 8º Paulo, 9º Alice, 10º Carolina, 11º Paulina, 12º Antonio Vicente, 13º Fernão, 14º Teobaldo, 15º José Vicente.

O titulo de Barão de Llimeira lhe foi concendido em 05.01.1818, por D. João VI  ao brigadeiro Luiz Antonio de Souza (pai de Vicente) e foi usado pelo Barão de  Limeira com coroa de Barão após concessão do Imperador Pedro II a 1/2/1867. Depois de sua morte o brasâo foi usado tambem pelo Barão de Souza Queiroz (Francisco Antonio de Souza Queiros, irmão de Vicente e tio de Dona Paulina) com coroa de Conde por ter obtido a 14/10/1874 título de Barão com Grandeza, por concessão do Imperador Pedro II. (texto por genealogia historia, Anibal Fernandes de Almeida)

No seu testamento posso ler que Dona Paulina viveu alguns anos em São Paulo com a sua prima de terceiro grau, Andrezina da Silva Barros.(Andrezina foi filha de Anna Leopoldina Lopes de Oliveira (da Silva Guimaraes) e de (clique) Raphael de Aguiar Barros irmão do Barão de Tatui  Francisco Xavier Paes de Barros, este ultimo trisavô de Tiffany).

No testamento se pode ver os bens por ela deixados e distribuídos para os parentes próximos e aos mais dos humildes serviçais de sua casa, além das instituições ás crianças desamparadas.
Era uma grande faixa de terra toda plantada com um grande pomar que ela faz menção no seu testamento pedindo para que as árvores não fossem cortadas para não espantar os pássaros. Uma mulher de grande valor e muito adiantada para o seu tempo! Mas infelizemente as àrvores nunca existem e o seu testamento não foi rispeitado.


Historia atual Avenida Brigadeiro Luiz Antonio nr. 42.


Na foto a direita, a casa de Dona Paulina de Souza Queiroz com ao lado casas de aluguel tambem de sua propriedade, em uma foto de Guilherme Gaensly ca. 1900. Foi a então Rua Riachuelo nr. 5 (hoje Avenida Brigadeiro Luiz Antonio. Era aí que a creche da baronesa foi para muitos anos.
Uma das casas de aluguel existe ainda hoje na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio nr. 42 e foi tombado pelo sue valor cultural. Foi sede da Centro de Estudos Jurídicos (CEJUR) até ser transferida em 2012, no Pátio do Colégio,
(Foi a ultima das casas  de aluguel na foto antiga de Gaensly do 1900 ( a ultima a direita).

A) Memorias de familia do meu primo Octacilio Dias de Almeida:

A Andrezina da Silva Barros, (nota por Tiffany: irmã de Alice, avó do primo Octacilio Dias de Almeida, autor de este texto) foi dama de companhia da Sra. Paulina de Souza Queiros, que sempre estavam viajando para França e Suíça, pois Dona Paulina como já lhe contei, possuía casa em Paris e casa em Berna na Suiça.

A tia Zina (Adrezina da Silva Barros) após a morte da sua prima Paulina, herdou uma chácara em Taubaté chamada “Chácara da Baronesa” que na verdade seu verdadeiro nome era “Quinta da Fonte” denominação essa dada pela própria Dona Paulina, porém mais conhecida como a chácara da Baronesa conforme consta em testamento da mesma.

Tia Zina foi então morar em Taubaté, em sua chácara, pois a casa da prima Paulina, em São Paulo, foi fazer parte do patrimônio da instituição para meninas desamparadas criada pela prima Paulina, a “Creche Baronesa de Limeira”.

Ela foi morar lá em Taubaté e convidou para também lá morarem um casal, parentes de outro ramo familiar, que depois de alguns anos obrigaram a ela vender a chácara, comprar uma casa para eles e no fim, a obrigaram ir para outro lugar, quando vovó Alice, sua irmã, a recolheu em nossa casa.

Assim a tia Zina viveu um tempo na companhia de sua irmã Alice, sua sobrinha Maria de Lourdes Barros Dias de Almeida casada pela segunda vez com Octacilio de Almeida; seu sobrinho neto Octacilio Dias de Almeida (filho) e sua sobrinha neta Maria de Lourdes Dias de Almeida.
Tia Zina já estava com idade e a sua vista estava diminuindo devido á catarata, assim acabei lendo para ela, como papagaio os seus livros em francês, mas antes tia Zina me ensinou a pronúncia do francês  e começou depois a me ensinar o idioma francês.
Conversávamos muito e sempre a ajudava na sua locomoção pois sua vista continuava a piorar. Ela tinha sempre uma esperança, porque falava-se que nos Estados Unidos já estavam fazendo cirurgias de cataratas com ótimos resultados!

Numa dessas conversas ela me contou uma história muito interessante que aconteceu numa das vezes que foram para a Europa; ao passarem por Paris a caminho da Suíça, encontraram duas alunas brasileiras que estavam estudando em Paris, então a prima Paulina as convidou para irem para Suíça, pois as mesmas estavam de férias escolares.

Foram para Suíça e se hospedaram na casa da prima Paulina todo o tempo das férias.

Essas duas estudantes se tornaram artistas famosas, pois eram Bidú Sayão e Guiomar Novaes!
Bidú Sayão acabou indo morar nos Estados Unidos e Guiomar Novaes voltou para o Brasil, e numa ocasião a prima Paulina solicitou um concerto da Guiomar Novaes em prol da Creche Baronesa de Limeira, mas nunca foi atendida!

Estive em sua casa lá por volta de 1944 ou 45 e era um verdadeiro palacete, ela , claro já era falecida, mas a casa permaneceu  como creche por vários anos até que foi desapropriada para a construção de um grande edifício chamado Palácio Mauá que está até hoje em funcionamento e do viaduto Dona Paulina; o seu terreno que era um fundo de vale, que ia da Rua Riachuelo, no Largo de São Francisco, até o largo Osvaldo Cruz donde inicia a Avenida Paulista. na verdade, esse fundo de vale deu lugar á uma grande avenida  a Avenida 23 de Maio que sai desde o vale do Anhangabaú até o Parque do Ibirapuera

 (fonte e texto por meu primo, OCTACILIO DIAS DE ALMEIDA, bisneto de Rafael Aguiar de Barros e Leopoldina da Silva Guiamaraes)

Conforme o seu testamento Andreza da Silva Barros herdou tambem um outro palacete de Dona Paulina. Estava na então Rua Riachuelo Nr 23.



testamento Dona Paulina de Souza Queiroz falando da herança de Andrezina da Silva Barros

B) Memorias e pesquisas do meu controprimo, Anibal Fernandes de Almeida 

(*) 4º Maria Olésia (irmã de Dona Paulina) c.c. Carlos Antonio de França Carvalho, pais de :
Vicente Carlos
Vicente Carlos c.c. Maria Virgília que é filha do 2º casamento de Bernardino Rodrigues de Avellar, Visconde de Cananéia.
(Maria Virgília é neta do Barão do Ribeirão, tio 3ºavô de Anibal, e bisneta de Manoel de Avellar e Almeida, 4º avô de Anibal, Patriarca da Família Avellar e Almeida de Vassouras, RJ. Maria Virgília é sobrinha do Barão de Avellar e Almeida, do Barão de Massambará e da Baronesa de Werneck, é sobrinha-neta do 1º Barão de Santa Justa).

Vicente Carlos e Maria Virgília são pais de 4 filhos:

  • Vicente Carlos de França Carvalho Filho c.c. Maria Júlia de Oliveira
  • José Carlos c.c. Noêmia Machado
  • Maria Eugenia (França Machado) Azevedo Castro
  • Antonieta (França Machado) Ferreira de Castro

(fonte e texto do meu controprimo Anibal de Almeida Ferandes (ele tem um otimo site: genealogia historia),


Isso é uma interessante ligação na familia, porque no testamento, enivado-me por o primo Octacilio, Dona Paulina escreveu:

Testamento Dona Paulian de Souza Queiroz
....2º que, o testamento foi apresentado  em data de onze do corrente mez  de Novembro , pelo Dr. Vicente Carlos França Carvalho, que declarou que a testadora Dona Paulina de Souza Queiroz, falleceu nesta capital, onde era domiciliada, no dia nove do corrente mez de Novembro.

testamento Doa Paulina de Souza Queiros
..... Deixo a meus sobrinhos Vicente Carlos de França Carvalho e Maria Virgilia de França Carvalho – o prédio da rua da Assembléa (antiga rua Livre) numero dous. Deixo à minha sobrinha Maria Olesia de França Carvalho Azevedo Castro neta de minha irmã Maria Olesia de França Carvalho, (nota por Tiffany: no 4° dos filhos do barão de Limeira supra) já fallecida – as duas casas da rua João Passalacqua (antiga Monte d’Ouro) numero trinta e oito e numero cincoenta. Deixo a minha sobrinha Maria Eugenia de França Carvalho Azevedo Castro, neta de minha irmã Maria Olesia de França Carvalho, já fallecida – as duas casas da rua João Passalacqua (antiga Monte d’Ouro).


Fontes na familia por:
Octacilio Dias de Almeida (o que me enviou tambem transcrição do testamento de Dona Paulina)
e Anibal Fernandes de Almeida (webside: genealogia historia falando do parentesco com Maria Olesia, irmã de Dona Paulina.)


OBRIGADA PRIMOS !

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Luiz Vicente de Souza (Queiroz), fundador do ESALQ

"Ninguém doa nada que não lhe tenha sido dado para doar”


Attualizado: 7.12.2012 por Tiffany

Luiz Vicente de Souza Queiroz, filho do barâo de Limeira, era por sua avó paterna membro e descendente da extensa familia Paes de Barros do tronco de Itu (SP)  que descende de Fernão Paes de Barros e Angela Ribeiro Leite do Cerqueira resp. do filho deles  Antonio de Barros Penteado casado com Maria Paula Machado, de Itu SP.

 

Antonio de Barros Penteado e Maria Paula Machado foram pais de:
1)  Angela Ribeiro de Cerqueira, - 
2) Joaquim Floriano de Barros, - 3) Genebra de Barros Leite,  - 4) Escholastica Joaquina de Barros, - 5)  Barão de Itu Bento Paes de Barros ( 4° avô de Tiffany), - 6) Barão de Piracicaba Antonio Paes de Barros, - 7) "capitão Chico de Sorocaba" Francisco Xavier Paes de Barros (tambem 4" avô de Tiffany), - 8) Anna Joaquina de Barros, - 9) Maria de Barros Leite.

a filha 3) Genebra de Barros Leite (1782- 1835) casou  com 15 anos em 1897 com o portugues o brigadeiro Luiz Antonio de Souza Queiroz (1746-1818)
 Foram pais foram pais de 6 filhos:
  • 1) Francisca Miquelina de Souza Queiroz (faleceu depois 1830) Francisca Miquelina de Sousa Queiroz foi casado com seu primo o coronel Francisco Ignacio de Sousa Queiroz, f.º do coronel Francisco Ignacio de Sousa (o que da “Bernarda” e irmão do brigadeiro Luiz Antonio de Sousa, pai de Miquelina ) natural de Portugal, e de Izabel Ignacia da Conceição, natural de S. Paulo
  • 2.) Marquesa de Valença Ilidia Mafalda de Souza Queiroz, (1805-1877) casada com Dr.Estevao Ribeiro de Rezende, barão e Marquês de Valença. Era dama de honra de Imperatriz Dona Teresa Cristina.
  • 3) Barão de Souza Queiroz, senador Francisco Antonio de Souza Queiroz, (1808-1891) casado com a filha do senador Vergueiro, Antonia Euforzina Vegueiro. (Tambem uma sua prima: Sua bisavó Maria Rosa de Cerqueira, foi irmã de Antonio de Barros Penteado  e avó do Barão de Souza Queiroz )
  • 4) Comendador Luiz Antonio de Souza Barros (1809-1887 ) casado a 1° vez com sua sobrinha, a filha de Marquesa Valença, Ilida Mafalda de Souza Barros, (falecida em 1847) 2° vez com Felicissima de Almeida Campos.
  • 5) Barão de Limeira, Vincente de Souza Queiroz, (1813- 1872) casado com sua prima Francisa de Paula Souza, filha de Maria de Barros Leite, irmã mais jovem de Genebra de Barros Leite  (Nr. 9 supra )   Os barôes de Limeira foram os pais de Luiz Vicente de Souza Queiroz.
  • 6). Maria Innocencia de Souza Queiroz.
( Nota por Tiffany: o noto brigadeiro Luiz Antonio nunca assinava de Souza Queiroz mas somente de Souza. Foram seus filhos que depois usavam o sobrenome Souza Queiroz e hoje outros descendentes referem aos pais e avós deles em Portugal que foram Souza Macedo Texeira e Queiroz).

A familia Souza (Queiroz) foi liberal até os meados do sec. XIX, mas não participou direitamente na Revoluçao do 1842 como o futuro Barão de Itu e o capitão "Chico de Sorocaba", ambos rmãos de Genebra de Barros Leite. O Barão de Itu e o Cap. Chico de Sorocaba foram ambos casados com  irmães do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar de Sorocaba que chefiara a revoluçâo do 1842 acompanhado dos seus cunhados.

Ainda em 1819 Genebra de Barros Leite era viuva.
Casou 2nda vez com o mais jovem Jose de Costa Carvalho, que mais tarde (depois a morte de Genebra em 1836) era barâo, visconde com grandeza e marques de Monte Alegre em 1854. Ele collaborou com o cunhado de Genebra, Francisco Inacio de Souza Queiroz emtorno 1820.
José de Costa Carvalho, após a abdicação de D. Pedro I, em 1831, foi eleito para a Regência Trina Permanente, com o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva e João Bráulio Muniz.
Documentos historicos parecem indicar que nunca mereceu simpatia dos de Barros de Itu, irmâos de Genebra, os quais foram cunhados do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar que em 1842 casou com a famosa Marquesa de Santos.


Luiz Vicente de Souza Queiroz nasceu em São Paolo em 12.6.1849. Era o 5° filho do Barão de Limeira, Vicente de Souza Queiroz e de Francisca de Paula Souza, os quais foram pais de 15 filhos. Foi enivado na Europa  à estudar em 1857.com ca. 9 anos e com um dos seus irmãos na escola de agricultura e veterinária de Grignon, na França (isso segundo os atuais representes da familia Souza Queiroz. Nao foram encontrados documentos nos anais da faculdade de Grignon) , e depois à Escola Politécnica de Zurique, na Suiça Alemã onde estudou tambem o seu primo : Antonio Francisco de Paula Souza, o futuro engenheiro e fundador da Polytecnica em São Paulo. Em todo Luiz Vicente foi fora do Brasil para 16 anos !

Ele viveu assim o començo da Revoluçao industrial e o rearranjo dos estados em Europa depois a Guerra Franco-Prussiana em 1848 e  a criaçao do Reino da Italia 1861. Ví tambem a evolução dos sistemas bem organizadas de ensino de agricoltura em França e na Europa que de certo influenzavam mais tarde a sua vida em Brasil.
Essas escolas de agricoltura expressavam o fenomeno expansivo de Revoluçao Industrial, as demandas de mercado para os generos alimentares, do crescimento das cidades e fabris e das populaçoes operaias. Essos ultimos muito importantes, porque na Europa não tive escravadura, mas uma grande casta de operaios. A classe dos proprietàrios assim devia ser o portador do conhecimento téorico-pratico para o bom gerenciamento de uma propriedade  e de um bom rendimento de agricoltura no mercado. Essos "agronomos" foram formados em: - economia e legislação rural, -agricultura, -zootecnica e economia do rebanho, -silvicultura e botanica, -fisica-quimica-geologia e -engenharia rural. 

Com 24 anos  Luis Vincente volta no Brasil, havendo cursado Agronomia e Veterinaria.
1872 falece seu pai e recebeu por herança paterna, entre outros bens, a Fazenda Engenho d'Agua, localizada, entre Piracicaba e Limeira. 
Sendo sido para 16 anos na Europa havia assimilado costumes e sciencias de Paris, Suiça e Alemanha. Diventou assim o pioneiro e defensor da nova tecnica e educaçao para agricoltura que començou a tomar forma em 1880 em Piracicaba. 
Desde seu retorno da Europa, Luiz de Queiroz apresentava uma concepção de civilização baseada na educação, mobilizando esforços para introduzir a racionalização científica da agricultura. Tais preceitos o levaram a idealizar a construção de uma escola em Piracicaba, com objetivo de difundir o conhecimento agrícola em meio aos lavradores e treinar mão-de-obra rural qualificada, o que proporcionaria aumento na produção e fortalecimento da economia nacional.

De volta no Brasil, Luiz instalou na cidade de Piracicaba, uma empresa movida do vapor, a fábrica de tecidos, Santa Francisca, (nome em homenagem de sua mae) aproveitando parte das águas do salto do Rio Piracicaba como potencial hidráulico para mover suas máquinas. Em breve, com a fazenda fornecendo o algodão e a fábrica produzindo tecidos, conseguiu apreciável fortuna. A cultura do algodeira não vingou em Piracicaba, porém, a enorme demanda por sacos par embalagem do açucar permitiu a sobrevivência desse unica industria textil em Piracicaba. A cidade, a essa época, era a terceira cidade da Província de São Paulo em número de escravos (5.339, dos 174.622), superada apenas por Bananal e Campinas. Mas, nas propriedades de Luiz de Queiroz, nunca houve mão de obra escrava. Em seu dinamismo, utilizou o transporte fluvial para sua produção, adquirindo barcos que navegavam pelos rios Piracicaba e Tietê até São Pedro, Dois Córregos e Jaú, na margem direita, e Botucatu e Lençóis, na esquerda.  
E não foi a unica iniciativa de Luis Vincente:
Em 1878 instalou uma linha telefonica entre a sua fabrica e a Fazenda Santa Gertrudes, e
em 1880 importou da França um carro de traçao animal, e 
em 1893, com o Brasil jà na Republica, foi responsavél pela illuminação eltrica da cidade de Piracicaba.

Intencionava edificar a fabrica de tecido nas margens do rio Piracicaba e 
Fazenda Santa Genebra 
(Campinas) em 1880
precisava fechar algumas ruas, que não mais chegassem ao rio, especialmente a rua Flores. O seu primo, Dr. Estevão Ribeiro de Souza Rezende, depois Barão de Rezende, advogava a causa perante a Câmara. Foi fundador do Engenho Central. Foi vendido em 1899..
Em 1874 foi assentada a primeira pedra do edificio tecelagem e entre os presentes o Barâo de Serra Negra, sogro do seu primo Barâo de Rezende.
Em 1878, Luiz de Queiroz instalou uma linha telefônica ligando a fábrica e a sua residência, Fazenda Santa Genebra sendo a primeira a funcionar em Piracicaba.  A fazenda Santa Genebra foi a mansão dos seus tios, os Marqueses de Valença (ela  Ilidia Mafalda era irmã do seu pai) - hoje conhecida como Chácara Nazareth adquirida em 1850 pela família do Marquês de Valença. Após a morte deste, a fazenda foi herdada por o filho mais novo deles, Geraldo Ribeiro de Sousa Resende


Em 1880, Luiz de Queiroz casou-se com Ermelinda Ottoni, filha de Bárbara Barros Ottoni e Cristiano Ottoni, Conselheiro do Império.  
O casal vai morar em um palacete que Luiz de Queiroz construíra entre as ruas do Vergueiro, das Flores e Pescadores, com vista para o salto do Rio Piracicaba e junto ao tecelagem.

O Palacete foi chamado, por sua beleza e requinte, de “O Seio de Abrahão”, conforme se lê no Almanak de 1900.  Luiz de Queiroz construiu o solar próximo à sua fábrica de tecidos, a Santa Francisca, criando um jardim, segundo Edmar José Kiehl, “de aclimatação de essências estrangeiras às condições ecológicas locais; o carvalho europeu, a “Grevillea robusta”, o cinamomo, as palmeiras imperiais, os plátanos também conhecidos como álamos.

Proximo de sua casa mandou construir uma vila operária para seus auxiliares, arborizou praças e ruas da cidade.
Quando vendeu a fabrica em 1894 vendeu tambem a casa. Ainda existe e tombada

Luiz Vincente decidira explorar as águas do rio para criar uma usina elétrica, acabando por oferecer, à municipalidade, sob contrato, a instalação da usina que forneceria energia a toda a cidade. Para isso, traz dos Estados Unidos toda a maquinaria e um engenheiro eletricista.

O prédio é construído inteiramente de pedras, em estilo estadunidense, à margem esquerda do Rio Piraciacba, defronte à Ilha dos Amores (atual Museu d´Água.)  A usina é inaugurada em 6 de setembro de 1893 e, graças a ele, Piracicaba teve luz elétrica antes de qualquer nação sul-americana e de muitos países europeus, antes também de São Paulo e Rio de Janeiro.

Mas o seu abolicionismo radical començou a gerar desconforto entre os rapresentantes da classe dominante. Ele manifestou-se um radical na questâo de escravismo e por sua formaçao européia era republicano vocacionado.

Em 1889 ele arrematou em hasta pública  a sua Fazenda Sao Joao de Montanha pertencente a João Florêncio da Rocha. A propriedade tive 319 hectares e distante 3 km da cidade. Tendo vantajosa e pitoresca localização, com terras de excelente qualidade, e sendo banhada e contornada por dois mananciais de água – o rio Piracicaba e o ribeirão Piracicamirim -, a propriedade reunia boas condições para a prosperidade das culturas e o fim colimado.





Para a realização de seu ideal, Luiz de Queiroz embarcou para a Europa e a América do Norte. Na Inglaterra, encomendou a dois arquitetos o projeto para uma escola agrícola e fazenda modelo, e dos Estados Unidos trouxe um professor de Agricultura e dois arquitetos de nacionalidade espanhola. 
Ao retornar, pôs mãos a obra: duzentos trabalhadores entregaram-se à construção da futura escola. Em 1892, já funcionavam no local duas olarias e uma serraria a vapor, a primeira de gênero na cidade.


Entretanto, Luiz de Queiroz não previra em seu orçamento as modificações cambiais que encareceram o transporte de suas importações, principalmente os equipamentos norte-americanos destinados à construção de sua usina hidrelétrica. O frete do porto de Santos para Piracicaba aumentou, ao mesmo tempo em que

“crescia a atividade na fazenda, chegando a duzentos trabalhadores e dois arquitetos espanhóis, além do diretor norte-americano”.

O capital do empresário fora reduzido provocando enclaves para a efetivação da instituição de ensino agrícola. As dificuldades o levaram a buscar auxílio do governo de São Paulo.Porém, a solicitação do auxilio oficial foi rejeitado pelo legislativo. O não repasse de verbas para o empreendimento educacional em Piracicaba decorreu do próprio momento político conturbado em São Paulo. Mesmo com a ajuda da família, as despesas eram altas demais. Assim, o projeto de Luiz de Queiroz foi ameaçado por dificuldades financeiras em razão dos altos custos que demandava e pela dependência dos repasses do governo. A construção da escola estava comprometida .Foi nessa época, maio de 1892, que passam a concorrer no legislativo dois projetos de ensino agrícola, um privado outro oficial. Luiz de Queiroz percebeu que a concorrência entre ambos penderia para o plano oficial. O empresário temendo a paralisação das obras e a perda de todo o trabalho e feito e investimentos realizados, convenceu a opinião pública da importância de seu projeto e obteve “socorro” do Estado com todo o empreendimento. Através de uma série de negociações, conseguiu transferir em 1892 a fazenda São João da Montanha ao poder público com a condição de que nela fosse construída, no prazo máximo de 10 anos, a escola de agronomia para a educação profissional dos que se destinassem à lavoura. Se a escola não fosse construída no estipulado prazo, a propriedade voltaria para suas mãos ou de sua família.


Luiz de Queiroz era membro do Partido Republicano e presidiu a comissão abolicionista de Piracicaba. Suas ideias de abolir a escravidão em “curto prazo” entraram em choque com a fração conservadora da classe dominante local, pois, “o modelo de trabalho livre introduzido em sua empresa chocava-se com a velha cultura agrária e escravocrata”. Na esfera de seu partido também ocorreram atritos, principalmente entre as duas lideranças republicanas de Piracicaba. De um lado Luiz de Queiroz, que defendia a abolição imediata do trabalho servil; de outro, Prudente de Moraes, que era a favor da emancipação gradual com indenização aos proprietários dos escravos.

Em novembro de 1894, depois de vender tudo o que tinha em Piracicaba,  á exceçăo da usina elétrica, Luiz de Queiroz muda-se para Săo Paulo. Passou a acompanhar de longe os desdobramentos de construção da escola agronômica, agora sob responsabilidade do Estado, e trabalhou na publicação de artigos na Revista Agrícola. A revista era um órgão da sociedade pastoril e agrícola, em 1895, ano de sua fundação.

Esses artigos traziam o pensamento de Queiroz a público, deixando claro que entendia a educação agrícola como regeneradora da agricultura paulista, a qual estava abalada pela crise econômica mundial que durou de 1873 a meados de 1890, cujos reflexos eram sentidos na cultura agroexportadora brasileira. Queiroz defendia, em seus artigos, o desenvolvimento econômico por meio da pesquisa científica e da educação, visando igualar o Brasil aos impérios da época. Combatia as práticas seculares da agricultura tradicional rotineira e buscou promover a racionalização capitalista mediante instituições como as escolas.Os artigos publicados por Luiz de Queiroz na Revista Agrícola, evidenciam sua preocupação em passar informações úteis para o cotidiano dos lavradores. A racionalização científica do campo seria tida por meio da abordagem modernizadora promovida pelo viés “acadêmico” de instituições de ensino, ou por simples informativos publicados em revistas para a população em geral. O que interessava era a informação a serviço do progresso produtivo do campo. Assim, Luiz de Queiroz escreveu artigos como:

“Maneira prática e econômica de plantar forragens em grande extensão de terreno”, “Maneira Racional de dar sal ao gado”, “Que idade deve ser castrado o touro”, “Eucalyptus e as febres paludosas”, “Conservação dos Ovos”, “Renda annual de 9 a 12 contos por alqueire de terra”, “O Vime”, “Meio prático de por etiquetas nas sementeiras”, “Instrumento para cortar abóbora para animaes”, “Agricultura dos trópicos”, “Jardim de Acclimação”, “O bambu”, “Estrumeira”, “Viveiro de plantas e horto d`experiências”, “Ananaz”, “Avicultura”, “Algumas palavras sobre a cultura do café”, “Apelo ao Governo e às Câmaras Municipais – destruição das matas”, “Escolas Agronômicas”, “A cultura da bananeira”, “Apicultura”, “Tatu”.


Luiz de Queiroz não viveu para ver seu sonho:  Ele faleceu em 11 de junho de 1898,  É enterrado no dia 12 de junho, seu aniversário, no Cemitério da Consolação na capital paulista, no jazigo dos Barões de Limeira.
Em 12 de junho de 1964, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, — o sonho, enfim, realizado apos 70 anos, — construiu um mausoléu defronte o prédio principal, conseguindo a presumida trasladação dos restos mortais de Luiz e Ermelinda Queiroz para o “campus” da ESALQ O mausoléu foi projetado pelo artista piracicabano Archimedes Dutra, tendo a seguinte isncrição: “A Luiz Vicente de Souza Queiroz… O teu monumento é a tua escola.






textos de: 
  • ESALQ
  • Revista eletronica de historia do Brasil 2007 elites politicas de Piracicaba na I. Republica.
  • "Os Passos do saber" por Marly Terezinha Germano Percin
  • "As contribuições de Luiz de Queiroz aos 110 anos da Esalq/USP" por Rodrigo Sarruge Molina Uinversidade de Campinas, na Revista IHGP 2011 pag. 83
  • jornal "A Provincia"