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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Manoel Correa Penteado e Beatriz de Barros 7°s avós de Tiffany foram primos

Todas as famílias descendem necessariamente de outras, sendo que o início de cada uma se tem de fazer no momento em que se autonomizam com um nome e uma identidade simbólica própria.

A minha familia Paes de Barros tem ascendencia em muitas outras familias como os Penteados, os Leme, Mesquita...etc etc  colocados assim por Pedro Taques e Gonzaga Silva Leme nas respetivas opéras. 



O "inicio" do meu ramo Paes de Barros e Aguiar  se pode encontrar com o capitão Fernão Paes de Barros casado com Angela Ribeiro Leite (de Cerqueira)
Fernâo Paes de Barros  era filho de Beatriz de Barros e Manoel Correa Penteado (7° avós de Tiffany). 
Efeitivamente encontrei em seus descendentes o maior numéro de pessoas que tem o sobrenome Paes de Barros (sempre segundo Taques e Silva Leme).
Os primeiros que se chamavam com o sobrenome Paes de Barros foram Fernão e Sebastiao Paes de Barros (9°s tio-avôs de Tiffany), filhos de Pedro Vaz de Barros I, o governador,  e de  Luzia Leme. 

Mas o conceito dos sobrenomes em epoca colonial em Brasil nem sempre é muito claro. Pois muitas vezes os filhos não derivam o sobrenome do patronímico do pai, mas usam o próprio patronímico, outras vezes tomam o mesmo patronímico do avô paterno, ou do avô materno, ou do bisavô paterno.
Por conta dessa prática fica tudo muito confuso na compreensão dos sobrenomes na genealogia.

Manoel Corrêa Penteado, (filho de Francisco Rodrigues Penteado e Clara de Miranda) nasceu ca. 1665 e era natural de S. Paulo. Foi morador em Araçariguama, adquiriu riqueza com a exploração de minas de ouro nas Minas Gerais, e foi proprietário de grande fazenda de cultura em Araçariguama termo de Parnaíba "onde teve as rédeas do governo e foi pessoa de autoridade e veneração". Foi casado com Beatriz de Barros filha do capitão Pedro Vaz de Barros "o moço" e de Maria Leite de Mesquita. ( Tit. Pedrosos Barros em SL) que era neto do governador Pedro Vaz de Barros e de Luzia Leme (ou Fernandes).
 
Manoel faleceu em 1745 e teve 7 filhos.  
e
Note bem : todos os 7 filhos com sobrenomes diferentes: 

  • 1-1 Padre José de Barros Penteado
  • 1-2 Capitão Fernão Paes de Barros  e 6° avô de Tiffany
  •      (Attenção: não confunde com outro Fernão Paes de Barros. O 6° avô de Tiffany tem o mesmo nome e sobrenome do seu tio-avó materno, o irmão do seu avô Pedro Vaz de Barros "o moço".Este "moço" foi neto do primeiro Pedro Vaz de Barros, o governador.)
  • 1-3 Manoel Corrêa de Barros
  • 1-4 Anna Pires
  • 1-5 Maria Leite da Escada
  • 1-6 Maria Dias de Barros
  • 1-7 Luzia Leme Penteado


Manoel Correa e Beatriz de Barros (7° avós de Tiffany), foram primos. Ambos pelo lado das respetivas mães. Tiveram como antepassados em comum :
Izabel do Prado (filha de Joao do Prado e Filippa Vicente) casada com Paschoal Leite Furtado, como se pode entender na dispensação matrimonial dos seus descendentes :

dispensaçãoes matrimoniais:



Transcrição dispensação matrimonial de Manoel Correa Penteado/Beatriz de Barros e irmães/irmãos.

1º registro:
Reverendo Senhor Vigario da Vara

Expoemse acui por parte dos humildes oradores Manoel Correa
Penteado, e Beatris de Barros; Pascoal Leite Penteado e Luzia [Leme];
João Correa Penteado, e Izabel Paes; Joseph Correa Penteado e
Lucrecia Lemme, elles oradores irmãos legítimos e ellas oradoras tambem irmans (irmãs) legitimas e todos naturais e moradores nesta villa de São Paulo q (que) estão contratados p.a (para) se Receberem na forma do sag. conc.Trid. (Sagrado Concílio Tridentino) oq. (o que)
não podem fazer por serem parentes no terceiro p.a o quarto grao (grau) de consanguinidade como se ve da exposição seguinte: De sua ascenden(cia) Potencia Leite e Maria Leite foram irmans legitimas, de Potencia Leite
nasceo (nasceu) Clara de Miranda mae delles dittos oradores [ a traduzir]Maria
Leite foi mae de Maria Dias, da qual foi filha Maria Leite mae
dellas dittas oradoras. A cauza q (que) allegam p.a a dispensa he saberem ser oriundos de neophitis, posto q (que) em grao remotissimo, serem ellas oradoras
das pessoas principais desta villa e destes não se achar facilm.te huns
q (que) não sejam seus parentes, por se achar de prezente e família de [seos] progenitores muito estendida. E na fe de ser facil, e justa petição a dispensa 
há largo tempo q (que) recolheo o pae dellas oradoras aos dittos [oradores em] sua casa, de q (que) poderá resultar algum escandalo, posto q(que) [ilegível] se não tiver effeito esse contrato; demais q (que) elles oradores tem agencia 
e industria p.a sostentarem a ellas oradoras por meios licitos q (que) como elles agora tem mostrado, sem o encargo de irem ao sertão, calidade (qualidade) q.  (que) não achará nos mais [ilegível].

                                                                  Pello q (que)
P. P. Assim seia servido admittir a sua petição
e feitas as diligencias necessarias, remetter ao Illustrissimo
Snõr Bispo p.a q. Seja servido dispensar  com[ ilegível]
dittos oradores no impedim.to acima referido.

Justifique perante [ilegível]
SP. 3 de Outubro de 689 (1689)


*Grafico parentesco Beatriz de Barros e Manoel Correa Penteado


Grafico parentesco de Manoel, Joao, Paschoal e José Correa Penteado e
de Beatriz, Izabel Paes de Barros e  Lucrecia e Lucia Leme de Barros


Avós/ tronco comum: 
Izabel do Prado (filha do Joao do Prado e Filippa Vicente), casada com Paschoal Furtado Leite)

1° grau: as filhas que são irmâes: 
1. Potencia Leite, 
2. Maria Leite

1. Potencia Leite c/c com Antonio Rodrigues de Miranda, pais de 
1.1. Clara de Miranda

2. Maria Leite c/c com Pedro Dias Paes Leme, pais de 
2.1.Maria Leite (Dias)

2° grau: Neto/a: (e primas entre si)
1.1.   Clara de Miranda c/c com Francisco Rodrigues Penteado, pais de 1.1.1.
2.1.   Maria Leite (Dias) c/c com Domingos Rodrigues de Mesquita, pais de 2.1.1.

3° grau: bisnetos e bisneta (primos em 2.grau)
1.1.1.    a) Manoel, b) Joao,  c) Joseph (José), d) Paschoal, (filhos de Clara de Miranda)
2.1.1.     Maria Leite de Mesquita, (filha de Maria Leite (Dias)

4° grau: trinetas (primas de 1.1.1. a-d): 

Beatriz, Isabel, Luzia, Lucrecia, (filhas de 2.1.1.)


Sobre parentesco e consanguinidade

1. Parentesco
Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos de sangue (descendência /ascendência) ou sociais (sobretudo pelo casamento).

O parentesco estabelecido mediante um ancestral em comum é chamado parentesco consanguíneo, enquanto que o criado pelo casamento e outras relações sociais recebe o nome de parentesco por afinidade. Parentesco é tambem o vinculo de sangue existente entre duas ou mais pessoas com um ascendente comum. O ascendente comum chama-se TRONCO, e os laços que o ligam a cada um dos seus descendentes chamam-se LINHAS

Chama-se de parentesco em linha reta quando as pessoas descendem umas das outras diretamente (filho, neto, bisneto, trineto, tataraneto, etc), e parentesco colateral quando as pessoas não descendem uma das outras, mas possuem um ancestral em comum (tios, primos, etc)


2. consanguinidade
Consanguinidade - é a afinidade por laços de sangue.

É o grau de parentesco entre indivíduos com ascendência comum. Pode-se medir o quanto um determinado indivíduo é consanguíneo com outro através da medida chamada "grau de consanguinidade".

O Direito Civil e o Direito Canónico não são sempre coincidentes na contagem dos graus de parentesco. Os grau canónicos de parentesco, sâo diferentes. Aqui, conta-se um grau por geração, a partir do tronco comum.

Assim, os irmãos são parentes do 1º grau de consanguinidade,

os primos-direitos do 2º grau,

os primos segundos do 3º grau e assim sucessivamente.

No caso de haver diferença de geração, diz-se que são parentes dentro do grau sénior. Assim, por exemplo, tio e sobrinho são parentes dentro do 1º grau.


Os 7 filhos de Beatriz de Barros e Manoel Correa Penteado 

1. Padre José de Barros Penteado faleceu nas minas de Mato Grosso deixando grande fortuna que repartiu em legados pios deixando 4.000 cruzados a cada um de seus sobrinhos.  

2. Fernão Paes de Barros (6° avô de Tiffany). 

Nasceu em Araçariguama, Município de S. Roque (SP). Em 03 de Outoubre 1731 casou na Freguesia da Sé, S. Paulo (SP) com Ângela Ribeiro Leite (ou de Cerqueira). 
Foram pais de: 
2.1. Maria de Cerqueira Paes ; 2.2. Ana Matilde (religiosa congregada), 2.3. Francisco de Barros Penteado; 2.4. Custodia Celia de Cerqueira; 2.5. Capitão José de Barros Penteado;  2.6. Capitão Antônio de Barros Penteado (5° avó de Tiffany);  2.7. Manoela Perpétua de Cerqueira; 2.8. Potência Leite; 2.9. Inácio de Barros Penteado e 2.10. Maria Rosa de Cerqueira Câmara.
Fernão faleceu em Santana do Parnaíba (SP).

E tradição, refere-nos Silva Leme, que o capitão Fernando Paes de Barros tendo sido fiador de um hespanhol que, tentando desviar o rio Tieté num lugar denominado Rasgão, abaixo de Pirapora, perdeu todo seu trabalho, compromettendo ao mesmo tempo os haveres do fiador, deixando-o em condições precarias de fortuna. Entretanto, seus filhos se dirigiram as minas e adquiriram novo cabedal em ouro.
O Rasgão é uma prova do grande esforço dos parnahybanos em busca do ouro. Queriam desviar o curso do Tieté, numa grande volta que elle faz, para exploração da areia em secco. Não conseguiram finalizar a obra gigantesca por difficuldades em rochas durissimas. Estas eram arrebentadas pelo processo primitivo: aqueciam-nas com o calor de enormes fogueiras, que as envolviam em todas as dimensões e, com repetidos jactos de agua, ellas se partiam. Depois, com alavancas ou picaretas, extrahiam os pedaços. As pedras mais compactas não cederam à exhaustiva operação e o trabalho ficou parado tambem por difficuldades financeiras.
O Rasgão fica a sete kilometros de Pirapora e, segundo a tradição, é todo aurifero. Attribuem a direcção do primeiro córte, uns aos moradores de Araçariguama, naquelle tempo do termo de Parnahyba, e outros a Fernando Paes de Barros, cujas finanças se arruinaram por completo, pela fiança a um emprestimo de seu amigo hespanhol.
 
(fonte: http://www.rootsweb.ancestry.com/~brawgw/parnaiba/sph44.html )

3. Manoel Corrêa de Barros,  casou-se em 1742 em Itu com sua prima Maria de Campos f.ª de Manoel Ferraz de Campos e de Anna Ribeiro. 
Manoel Corrêa de Barros faleceu em 1779 em Parnaíba com 82 anos de idade.
Manoel Corrêa de Barros e Maria de Campos foram avós do primeiro barão de Campinas, Bento Manoel de Barros (casado com Escholastica Francisca Bueno ) o qual està sepultado na Capela-mor da Igreja de Nossa Senhora de Boa Morte em Limeira.

4 Anna Pires casou-se com Antonio Dias da Silva f.º do capitão João Dias da Silva e de Izabel da Silva.


5 Maria Leite da Escada casou-se com o capitão André de S. Paio Botelho, de quem foi a 1.ª mulher. Faleceu Maria da Escada em 1727 em Parnaíba (lesa do juízo).

6 Maria Dias de Barros casou-se com o capitão Francisco Gonçalves de Oliveira, natural de Viana do Minho, 

7 Luzia Leme Penteado,  tirou dispensa em 1719 para casar-se com seu tio materno Manoel Pedroso de Barros f.º de Pedro Vaz de Barros e de Maria Leite de Mesquita e irmão de BEATRIZ DE BARROS.(C. Ec. de S. Paulo). Não sabemos se chegou a efetuar o casamento, ou se teve geração.  
"Manuel, nascido por 1690. Em 1719 (e não em 1712 como está na GPdo Silva Leme) entrou com pedido de dispensa para casar com sua sobrinha Luzia Leme, alegando que por desgraça deflorou o orador a oradora” e “pelo brio de seus irmãos e mais parentes” corriam ambos risco de vida, só sanável pelo casamento. "
Relutou a igreja a dar a dispensa por ser o parentesco muito próximo, resultando em um longo processo, ouvidas que foram inúmeras testemunhas. (ACMSP, Dispensas Matrimoniais, 1718-1720, cod. 8-4-2)"

nâo sei se depois casaram.....



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

o violâo do Sebastião Paes (de Barros)

attualizado 09.05.2019 por Tiffany


Sabe-se através dos inventários bandeiristas que, na região de Piratininga, tocava-se guitarra (inventário de Catharina d'Horta, 1626), sistra (inventário de Francisco Leão, 1632) e violas e harpas, uma das quais pertencera ao bandeirante Sebastião Paes (de Barros), inventário de 24.12. 1688, e outra, que figura no testamento de Affonso Dias de Macedo, em 1703, explicitada como viola de pinho do reino).
Há poucas referências documentais à música praticada, nesse período, na região de São Paulo, e os únicos documentos musicais conhecidos, datados da primeira metade do século XVIII.
Ainda sobre o assunto, Paulo Castagna (2000) reitera a questão citando vários documentos históricos referentes a processos de inventários registrados no Brasil entre os anos de 1604 e 1700,54 arrolando entre os bens, inclusive violas, resumindo sua importância e presença em ambos contextos:

  • -"Viola, de propriedade de Mécia Roiz, São Paulo entre 01/08/1605 e 04/02/1606.................160 reis
  • - Viola/guitarra, de propriedade de Paula Fernandes, São Paulo - 19/09/1614..........................640 réis.
  • - Viola, de propriedade de João do Prado, São Paulo.23/09/1615........................................1,280 réis.
  • - Viola, de propriedade de Balthazar Nunes, SãoPaulo - 06/1623.........................................1,280 réis.
  • - Viola, de propriedade de Leonardo do Couto,Parnaíba - 03/08/1650...................................320 réis.
  • - Viola, de propriedade de Sebastião Paes de Barros, Parnaíba - 24/12/1688................2,000 réis.
  • - Viola, de propriedade de Afonso Dias de Macedo Itú - 20/03/1700.............sem informação de preço".
fonte: Lista no ensaio de "gestao de iniciativas sociais", pag. 35 

O capitão Sebastião Paes de Barros (I) ,  falecido em 1674,  (pai do Sebastaio Paes (ou Pedroso de este postagem) , foi filho de Pedro Vaz de Barros e Luzia Leme e irmão de Antonio Pedroso de Barros (9° avô de Tiffany) de Fernão e de Lucrecia (veia mais sobre eles adiante) e mais outros.
Sebastiao Paes de Barros  era ou que até hoje se chama "um sertanista e bandeirante" que Silva Leme estuda no volume III de sua «Genealogia Paulistana», pg. 502. e que principalmente era em busca de ouro e minerais  !

Também muito notável pelos serviços prestados à coroa; esteve a partir de 1670 na qualidade de cabo em Tocantins e no Maranhão com o governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho. Datada de 24 de abril de 1674, há uma Carta do Príncipe Regente D. Pedro, futuro D. Pedro II, a ele dirigida como Cabo da Tropa do Sertão do Maranhão:

"Cabo da tropa da gente de São Paulo vos achais nas cabeceiras do rio de Tocantins, e Grão Pará», isto é, sertões do rio São Francisco e do atual Estado do Piauí até as margens do Tocantins, no Maranhão. Exortando-o a remeter a Portugal amostras dos minerais descobertos. "
Mas Sebastião morreu pouco depois no sertão, ainda em 1674, levando consigo o segredo das descobertas. Quando ali chegou o clérigo Antônio Raposo, paulista que vinha de Lisboa para se lhe reunir, não mais o encontrou.

Sebastião Paes de Barros (I) foi casado com Catarina Tavares, filha de Francisco de Miranda Tavares e de Isabel Pais Borges de Cerqueira, por esta, neta de Simão Borges de Cerqueira e de Lucrécia Leme, parente dos Vaz de Barros. Faleceu Catharina Tavares em 1671 e seu marido em 1674. Eles tivem os seguintes filhos: 

  • 1-2 Antonio Pedroso † solteiro § 2º
  • 1-3 Lucrecia Pedroso § 3.º
  • 1-4 Izabel Pedroso § 4.º
  • 1-5 Luzia Leme § 5.º
  • 1-6 Leonor Leme § 6.º
  • 1-7 Sebastião Pedroso § 7.º  chamado depois Sebastiao Paes 
POREM, 
nos Subsídios à Genealogia Paulistana por Regina Junqueira, projeto compartilhar, se refere o seguinte : 
Declarou o Capitão Sebastião Paes de Barros ter tido de seu casamento dois filhos e cinco filhas que segundo seu inventário foram:
  • 1. A mulher de João Coelho da Fonseca, não nomeada no inventário, mas seu marido é chamado às partilhas. Provavelmente a mais velha das filhas, seria já casada na abertura do inventário.
  • 2. Lucrecia Pedroso, nascida por 1658, em 28-5-1679 já casada com Miguel Soares Ferreira
  • 3. Joana de Barros, nascida por1660 (substituída por Izabel de Pedroso na GP, numéro 1-4 supra)
  • 4. Luzia Leme, nascida por 1661, legatária da terça do pai juntamente com a irmã Leonor 
  • 5. Leonor Leme, nascida por 1667
  • 6. Sebastião Paes (1-7 Sebastião Pedroso na GP supra), nasceu por 1663 e faleceu em 1688O violão vendido foi de sua propriedade.
  • 7. Antonio Pedroso, provavelmente o primogênito, faleceu nos sertões do Maranhão juntamente com o pai
No inventario de Sebastião Paes lémos:
O Capitão Sebastião Sutil de Oliveira por ordem do Capitão Thomé de Lara de Almeida e por eles foram apresentados os bens que o defunto Sebastião Paes possuia os quais são os que adiante se seguem e neles se quer pagar o dito Capitão Thomé de Lara de 108$000 rs que é a dever o dito defunto o que tudo consta ao Capitão Fernão Paes de Barros *) o qual é consentidor á satisfação do pagamento do muito ou pouco que os ditos bens renderem ou derem sendo vendidos em praça como é licito dentro no tempo do licito o que dispõe a lei serão entregues ao dito Thomé de Lara para deles dispor como seus e pagar-se neles no valor em que forem avaliados e o dito juiz houve por desobrigado ao dito Capitão Fernão Paes de Barros e a Manuel de Abreu a Domingos Paes obrigações do dito Capitão Fernão Paes (...).
Avaliações: soma a fazenda lançada 53$140 rs.
Arrematações.
*) nota por Tiffany: 
este capitão Fernão Paes de Barros, que herdou/comprou o violão, era tio de Sebastião Paes (II), sendo irmão  do sertanisata Sebastiao Paes de Barros (I), pai do guitarrista de este postagem. Este Fernão faleceu em 1709 e foi o fundador da capela de Santo Antonio no seu sitio em Araçariguama (São Roque). Como refere Pedro Taques: "recebeu honrosíssima carta firmada pelo punho do rei Dom Pedro em 1678 -Quando se estabeleceu a paz de Holanda em cinco milhões, e o casamento da infanta de Portugal d. Catharina em dois milhões pediu el-rei dom Pedro aos seus vassalos um donativo para o pagamento dos sete milhões, e Fernão Paes de Barros se distinguiu entre os mais paulistas, dando para o dito chapim em moeda corrente 600$. Vindo a S. Paulo o fidalgo dom Manoel Lobo em 1679, pelo qual o mesmo príncipe dom Pedro escreveu à Fernão Paes a carta de que acima fizemos menção, "  Sobre este sitio de Santo Antonio tem ampla informaçâo e faz tambem parte da historia da igreja e o desenvolvimento social.
Fernão foi pai de Inacia Paes de Barros,  filha  ilegitima com uma crioula e herdeira de muitos de seus bens. Dizem que dela e do seu segunod marido, Joao Martins Claro, descendam os irmãos Arthur e Fernando Paes de Barros, os fundadores de Mato Grosso. Leia mais aqui: Artur e Fernando Paes de Barros

Thomé de Lara, em vez era genro de Antonio de Almeida Pimentel e de  Lucrecia Pedroso de Barros,  Lucrecia era tia do violeiro Sebastiao Paes .Refere a genealogia paulistana  que Antonio de Almeida Pimentel foi de conhecida nobreza pela qual teve em S. Paulo e na Bahia grandes estimações.  Teve com Lucrecia Pedroso um unica filha que era Maria de Almeida Pintel, a qual casou com o dito capitãoThomé de Lara. Este ultimo era capitâo em Sorocaba
Resumindo: Ficou todo "na familia" e parece ter sido um objeto de muito valor e prestigio.

Nada mais em vez encontrei sobre o Sebastiao Paes, o violeiro ou guitarista. Além de um violão ele tambem possuí uma harpa com chave. A harpa era utilizada frequentemente desde o sec. XVII, principalmente nas igrejas, sendo depois substituida pelo orgão para missas cantadas.

Seja que Sebastiao Paes, filho mais novo de um "sertanista" era um musico, um mestre de capela  com um grau elevado de instrução que ajudou a formar os jovens para as festas religiosas e missas cantadas nas irmandades e igrejas ? 
Nas festas religiosas participavam toda comunidade local ou seja indios, mulatos e brancos, cada grupo etnico com sua cultura espécifica. A musica nesse processo era elemento social, podendo criar a consciençia e integraçâo social que na epoca  era no poder da igreja.
Seja no lado da familia de Beatriz de Barros e na do lado de Manoel Correa Penteado tem clérigos ou padres na familia que fazem parte em esta evoluçao social na historia de Sâo Paulo e do Brasil.

Historia

O primeiro instrumento de cordas que se tem notícias que chegou ao Brasil foi a viola de dez cordas ou cinco cordas duplas, muito popular entre os portugueses e precursora do violão, trazida pelos jesuítas portugueses que aqui chegaram para catequisar os índios e a usavam durante a catequese.
A coroa Portuguesa objetivava levar as suas colônias o trinômio de sua colonisaçâo que significa, o rey, a lei a a fé. A fé ficou a cargo dos Jesuitas com Manoel da Nobrega.Necessitou de mais braços para a atividade de evangilzação do Brasil a assim chegou no 1553 Padre José de Anchieta.

Todo o processo de catquese é na verdade intervençao intencional em valores culturais. Para catequisar os jesuitas criaram uma lingua artificial de nome nhengaatu.

Para conceitos e objetos estranhos à língua emprestaram-se inúmeros vocábulos do português e espanhol. A essa mistura deu-se o nome ie’engatu, que significa "língua boa". Não se falava o portugues até o final do sec. XVIII, mas o nhengaatu. sendo usada não apenas por índios e jesuítas, mas também como língua corrente de muitos colonos de sangue português.
Segundo o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, até fim século XVIII, em São Paulo, falava-se a língua geral, o "nhangatu", uma derivação do tupi. Foi uma língua imposta pelos missionários, até hoje ouvida em alguns locais da Amazônia.
Padre Anchieta percebeu que os povos indigenos mantinham uma relaçao com o mundo sagrado tendo sempre a musica como strumento de intermediação. Anchieta assim realizava dramatzações com os indigenas, nas quais associava as coisas de natureza (terra, animais, plantas) estranhas ao mundo europeo. Tratou de aprender danças e melodias indigenas nas quais inseriou textos liturgicos em tupi.

Essas danças sâo ainda hoje presentes na musica dos caipiras: cururu e cateretè.

Em 1584, José de Anchieta em sua "Informação do Brasil e suas Capitanias", referindo-se a uma das aldeias de índios do colégio da Bahia, relata:
"(...) les enseñam a cantar y tienem su capilla decanto y frautas para sus fiestas, y hazen sus dançasa la portuguesa com tamboriles y vihuelas com muchagracia, como si fueron muchachos portugueses".
Presente em diversos segmentos sociais da população, especialmente nos ambientes populares, o cultivo da viola também se deu nos meios aristocráticos representando para estes não um meio de vida, mas sim um recurso a mais em seu grau de instrução, voltado para a prática diletante do fazer musica como elemento de distinção social (!). Assim é que Pedro Taques de Almeida Paes Leme, em sua "Nobiliarchia Paulistana", publicado em São Paulo no ano de 1926, relata sobre a decisão de Salvador Correia de Sá em contratar os serviços de Francisco Rodrigues Penteado como professor de viola de seus três filhos, no ano de 1648:

A nobre família dos Penteados teve origem em São Paulo em Francisco Rodrigues Penteado, natural de Pernambuco, para onde veio ser morador seu pae Manoel Correa com casa, saindo de Lisboa; e em Pernambuco se estabeleceu com negocio grande.
Tendo este filho Francisco Rodrigues Penteado ( 8° avô de Tiffany*) já bem instruído em artes liberais, sendo excelente e com muito mimo na de tanger viola, e destro na arte da música, seu pai o mandou a Lisboa sobre dependência de uma herança que ali tinha; o filho, porém, vendo-se em uma corte das mais nobres da Europa e com prendas para conciliar estimação, cuidou só no estrago que fez do cabedal que recebeu, consumindo em bom tratamento e amizades:Refletindo depois que não estava nos termos de dar satisfação da comissão com que passara de Pernambuco a Lisboa, embarcou na frota do Rio de Janeiro com Salvador Correa de Sá e Benevides em 1648, o qual tendo de passar a Angola, como passou, para a restaurar dos holandeses, o deixou na cidade do Rio muito recomendado pelo interesse de instruir nos instrumentos músicos a suas filhas e ao filho mais velho Martim Correa com quem estava unido pela igualdade dos annos. Do Rio de Janeiro, pela demora em Angola do dito Salvador Correa de Sá, que ficou feito general daquele reino, passou para a vila de Santos Francisco Rodrigues Penteado;e já desta vila subia para São Paulo contratado para casar com uma sobrinha de Fernando Dias Paes,[Clara de Miranda, nota por Tiffany] que foi quem o ajustou para este casamento".
*) nota por TiffanyFrancisco Rodrigues Penteado (o velho) era dono das terras onde foi costruida em 1653 a capela da nossa Senhora da Penha em Pirapora. Seu filho, Manoel Correa Penteado,  casou-se em ca 1689 com Beatriz de Barros, (sâo os 7°s avós de Tiffany). Manoel era  proprietaio de grande fazenda e cultura em Araçariguama onde teve as redeas de governo e foi pessoa de autoridade e venearação. e aqui a "distinção social". [efeitivamente foram 4 irmãos Correa Penteado que casaram com 4 irmâs de Barros] 

Sua esposa Beatriz de Barros, era uma prima de Sebastiao Paes  Ela era a neta paterna de Antonio Pedroso de Barros, rico e potente dono de 600 indios na sua fazenda denominada Apoterebu. Este Antonio Pedroso de Barros era primo paterno de Sebastiao Paes, sendo Antonio Pedroso de Barros tambem irmâo de Fernão Paes de Barros, de Lucrecia e de Sebastião Paes de Barros (supra citados).
Leia mais aqui sobre Beatriz de Barros

Musica e os bandeirantes:
Os "Inventários e Testamentos" revelam um amor do paulista pela música, apesar do período tumultuário que atravessa no século XVII.

Efeitivamente é curioso pensar ao bandeirante tocar o violâo. Não acho que foi vida romantica como referido nas pinturas. Sobre a vida dos bandeirantes se sabe bem pouco e as descriçoes sobre eles risultam do sec. XIX ou "Romantismo" quando foi "costurido" ou formulado o "mito" sobre os bandeirantes paulistas.

A pesquisa histórica revela uma realidade bastante diferente: a maioria dos bandeirantes andava descalça e com roupas muito simples. Na verdade, todas as imagens que vemos dos bandeirantes foram feitas muito tempo depois da época em que eles viveram. Não existem retratos de bandeirantes realizados no momento em que esses homens viveram. Por isso, nada sabemos sobre suas fisionomias e pouco sobre como andavam vestidos pelos sertões.

Expedições que geralmente partiam de São Paulo e eram organizadas com o fim de capturar índios e  sobretudo encontrar ouro e pedras preciosas, as bandeiras existiram do século 16 ao 18.

A captura de indígenas para serem vendidos como escravos foi a base da economia paulista até o século 17. Naquela época, essa prática era tão lucrativa que era chamada de "negócio do sertão". No período que vai de 1630 a 1680, algumas fazendas tinham mais de cem escravos índios.

Seja em busca de ouro e outras pedras preciosas, seja em busca de índios para aprisionar e vender, os bandeirantes enfrentavam uma série de perigos e desconfortos: ataques de onças; picadas de cobras, aranhas e insetos; doenças; sem falar na própria resistência oferecida pelos indígenas...
E foi provavelmente no istante que o bandeirante regressando das selvas onde ele havia passado meses, embora da casa e gente, tocou o violão. Talvez o tocou e cantou nas festas religiosas nas vilas onde os homems e as mulheres se reuniram para os ritos religiosos, dançando a caterete dos povos indigenas.As mulheres e crianças que para muito tempo permanecevam nas fazendas com os escravos para coltivar as terras, talvez cantavam no trabalho. Muitos deles tambem jà com raizes indigenas, filhos de mâes indigenas e assim com cultura de musica indigena e branca, tocando o violão e a guarapeva, chocalhando maracás, etc.E como acima descrito de seguro foi tambem importante saber tocar o violão para razões de "prestige" e um certo "ser nobre".

(texto: " historias e lendas de Santos, Novomilenio)
Certo é que a partir do século XVI os portugueses levaram a viola a todas as regiões coloniais, incorporando-a nas culturas locais, entre outras, das ilhas da Madeira, Cabo Verde, Açores e também do Brasil. A esse respeito documentos existentes atestam inúmeras atividades artísticas desenvolvidas a bordo das naus portuguesas, inclusive vindas para o Brasil, desde o século XVI, resumindo especialmente teatro, diálogos e comédias, e dança, sempre acompanhadas por música.

Historia do violão
Tudo começou em Portugal. Inspirados em alguns instrumentos árabes esquisitos, como o alaúde (foto ao lado), os portugueses tiveram a excelente ideia de criar um instrumento de 10 cordas. As violas portuguesas/espanholas chegaram ao Brasil trazidas por colonos portugueses de diversas regiões do país A origem do Violão não é muito clara, pois existem, segundo musicólogos, várias hipóteses para o seu aparecimento. A primeira hipótese é de que o Violão seria derivado da chamada “Khetara grega”, que com o domínio do Império Romano, passou a se chamar “Cítara Romana”, era também denominada de “Fidícula”.
A segunda hipótese é de que o Violão seria derivado do antigo “Alaúde Árabe” que foi levado para a península Ibérica através das invasões muçulmanas. Acreditava-se que desde o século VIII tanto o instrumento de origem grega como o Alaúde Árabe viveram mutuamente na Espanha. Isso se pode comprovar pelas descrições feitas no século XIII, por Afonso, o sábio, rei de Castela e Leão (1221-1284), que era um trovador e escreveu célebres cantigas através das ilustrações descritas nas cantigas de Santa Maria, que se pode pela primeira vez comprovar que no século XIII existiram dois instrumentos distintos que coexistiram nessa época na Espanha.

No século XIV, Guillaume de Machault cita em suas obras a guitarra mourisca e a guitarra latina no século XVI na Espanha, a guitarra mourisca, com quatro coros de cordas, era usada para acompanhar cantos e danças populares, enquanto que a guitarra latina – a vihuela, pertencia ao músico culto da corte.
A Vihuela tinha três denominações distintas: vihuela de mano (em nada diferente do violão atual), vihuela de arco e vihuela de plectro.
A Vihuela de mano constava de cinco cordas duplas mais a primeira que era simples. Os vihuelistas além de precursores dos guitarristas do século XVII, foram também criadores de métodos e formas musicais que serviriam de base para toda a música instrumental que viria depois. A vihuela é um instrumento que alcança seu máximo esplendor na península Ibérica durante o século XVI, em torno de um ambiente cortesão e sobre as capelas musicais de reis e nobres. 
Mas seria um erro pensar que seu âmbito ficou reduzido a península, tendo em conta as contínuas viagens de Carlos V e Felipe II por toda a Europa. Assim mesmo, se repassarmos os inventários de instrumentos musicais nas cortes espanholas, observaremos uma evidente presença de alaúdes, que na Espanha era conhecido como vihuela de Flandres, o qual nos faz pensar em uma convivência de ambos os instrumentos. 
Quando chegou ao Brasil no início da colonização, a viola gozava de imensa popularidade em Portugal. Parte expressiva da produção musical renascentista portuguesa foi produzida para viola. No seio do povo era também um instrumento popular. Gil Vicente refere-se à viola como instrumento de escudeiros.
Assim no Brasil os instrumentos indigenas e portugueses/espanholas se fundiram na criaçao de musica na conolização do Brasil. Invéntarios apontam a presença de violas em Sâo Paulo a partir de 1613.

Havia, também, música para acompanhar as funções religiosas, entoadas por vozes, rabecas, baixão e, na falta de órgão ou outro instrumento de tecla, harpa ou viola.

"Pouco sabemos da prática da viola no Brasil no século XVI. O musicólogo José Ramos Tinhorão (1990) afirma que "a mais antiga referência expressa a versos cantados pelo personagem de uma comédia encenada em 1580 ou 1581 na matriz de Olinda, por ocasião da festa do Santíssimo Sacramento, aparece nas "Denunciações de Pernambuco", de 1593, confirmando desde logo a ligação da viola com a canção citadina". No Sudeste, ela está presente em inventários a partir do início do século XVII. Em 1613, violas foram catalogadas em espólios deixados na cidade de São Paulo.

O padre José de Anchieta, o mais importante nome no processo de catequese dos indígenas no início da colonização do Brasil pelos portugueses, sustentou todo o seu projeto pelo uso da música e das práticas teatrais. Ele percebeu que os indígenas, com os quais travou contato, utilizavam a música como veículo de intermediação com o mundo sagrado. O general Couto de Magalhães (1940), sertanista brasileiro que viveu no século XIX, afirmou, em seu clássico "O selvagem", que o padre Anchieta se utilizou do cururu e do cateretê, duas danças de origem tupi, para catequizá-los. Para isso inseria textos litúrgicos nas melodias e danças desses índios. Anchieta tratou de aprender o tupi-guarani e o trouxe para um molde de estruturação gramatical latino inserindo termos em espanhol e português aos vocábulos faltantes na língua. Essa língua recebeu o nome de nheeng'atu. Seria plausível imaginarmos que a viola, instrumento harmônico, pode ter sido utilizada nos acompanhamentos dessas danças, pois até hoje a utilizamos para acompanhar o cururu ou o sapateado e palmeado do cateretê. Junto das violas, os portugueses tocavam também flautas, pifes, tambores e gaitas, e aliaram a isso as maracas, buzinas e flautas indígenas.

A viola, desde então, fez parte do cotidiano do povo que aqui foi se criando. Aos poucos foi se espalhando nas empreitas dos bandeirantes e tropeiros, e, em emergentes cidades como Recife, Salvador e Rio de Janeiro, sua prática tornou-se habitual. "

texto por Ivan Vilela, 2010 


Fontes e textos citados: 
  • Projeto compartilhar
  • Gestao de Iniciativas sociais
  • Genealogia Paulistana,
  • musica de Sao Paolo - Ivan Vilela (pdf)
  • a musica na cidade de Sao Paulo - Claudia Aparecida Polastre 2008
  • historia do violão
  • historias e lendas de Santos
  • caipira e viola brasileira
  • Wikipedia