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quarta-feira, 20 de março de 2013

carta do 1° Barão de Piracicaba aos seus filhos em Alemanha

é um verdadeiro carinho esta carta que Antonio Paes de Barros, 1° Barão de Piracicaba (meu 4° tio-avô) enviou ao seus filhos Diogo Paes de Barros e Antonio Paes de Barros, que estudavam em Karlsruhe, Alemanha.

Transcrição que fiz o primo Felipe de Barros Marquezini (descendente direto do Barao de Piracicaba),de carta que tem ele, enviada pelo primeiro Barão de Piracicaba e sua esposa Gertrudes de Aguiar, para os dois filhos mais novos, que acabavam de chegar na Alemanha, onde passariam alguns anos estudando. Foram junto do sobrinho Antônio Francisco de Paula Souza, que estudou em Karlsruhe; é possível que tenham estudado lá. ( leia postagem sobre Antônio Francisco de Paula Souza,)


A carta data de 27 de agosto de 1855.


Carta do Capitão Antonio Paes de Barros e de sua senhora D. Gertrudes Eufrosina Paes de Barros, Primeiros Barões de Piracicaba, dirigida aos seus filhos Antonio (Senador Antonio Paes de Barros) e Diogo (Major Diogo Antonio de Barros) que se achavam estudando na Alemanha. Contava o primeiro a idade de 15 anos e o segundo a de 11 anos.


"Meus caros filhos
14,7 hrs. Itú, 27 de Agto. 1855

Muito temos sofrido com a ausência de nossos filhos, quantas saudades. Vossa Mãe ainda chora quase todos os dias. Nossa única consolação será, se meus filhos aproveitarem e se comportarem bem. Nós passamos como velhos; vossa Mãe sempre doente. Sentimos que não nos escrevêsseis de Lisboa, de onde o Snr. Barboza nos deu noticias de meus filhos. Muito desejamos saber como foram tratados na viagem, e lá como se acham; tudo miudamente desejamos saber.Meus filhos cuidai com esmero em vossos estudos. Respeitai e obedecei a vossos Mestres e ao Snr. Hirsch como a vosso pai, e respeitai sempre os mais velhos. Nada obreis sem primeiro pensar, senão vireis a ter vergonha do que quereis fazer. Não tomeis amizade com meninos turbulentos ou exagerados. Nunca mintas: falai a verdade sempre, ainda que seja contra vós. Não te metas em intrigas: cada um responde por suas ações. Não vos deixeis iludir pelos mais espertos, porque não é bom fiar-se em palavras bonitas. Nunca vos esqueçais da religião de vossos pais; ouvi missa aos Domingos e dias santos; confessai-vos ao menos uma vez a cada ano; não tenhais acanhamento ou vergonha de ser católico: tolerai a todos na sua religião, para que vos tolerem, e sobre isso não converseis com qualquer pessoa: quando precisardes de conselho a esse respeito, procurai algum Católico instruído e honesto para vos esclarecer. Todos os dias quando vos acordardes seja a primeira coisa dar graças a Deus por vos ter conservado e pedir graça e força para cumprir vossas obrigações, o mesmo a noite quando vos deitardes para dormir. Deveis crer e estar certo que Deus vê todas as nossas ações, e até nossos pensamentos. Fugi e evitai tudo que possa vos distrair de vossos estudos, e vos comprometer em atos vergonhosos. Tratai com carinho e amor vosso irmão e protegei-o sempre; vós sois mais velho deveis tolerar suas impertinências e guia-lo para o bem com brandura e não com aspereza, para vendo ele um amigo, seja dócil e não se revolte. Sede econômico, gastai só o que for necessário, que assim não sofrereis vexame, e tereis crédito. Não sejas importuno nem pesado aos outros. Não ocupes a outrem naquilo que podeis fazer, não sejas preguiçoso. Nada prometas sem reflexão para não faltar. Enfim amai a Deus sobre tudo, e ao próximo, como a vós, que sereis feliz mesmo nesta vida e na outra tereis infinita recompensa. E que prazer não terão vossos pais e parentes se depois de alguns anos tornarem a ver seus filhos instruídos e bem comportados para lhes adoçarem os incômodos do resto de seus dias! Nada poderá igualar nossa satisfação.Aceitai nossas bênçãos. Deus vos proteja em graças, é o desejo de
vossos Pais mot. amos.
Antonio
Gertrudes

PS. Aceitai de todos muitas lembranças e todos se lembram de vós com saudades.
PS. Vossa mãe vos pede que ao menos uma vez cada mês leiais esta."

nota

Gertrudes de Aguiar, irmã do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, de Leonarda de Aguiar casada com o Barão de Itu que foi irmão do Barão de Piracicaba, irmão também de Rosa de Aguiar casada com o capitão Francisco Xavier Paes de Barros, outro irmão do Barâo de Piracicaba.

Felipe encontrou também recentemente que Gertrudes faleceu em abril de 1865, pois num jornal da época fala-se sobre uma missa rezada por seu falecimento.




"OBRIGADISSMA" FELIPE, Muito legal !



sábado, 19 de maio de 2012

Barão de Piracicaba Antonio Paes de Barros e Gertrudes Eufrosina de Aguiar, casamento paroquial




"Antonio Paes de Barros com
Gertrudes Eufrosina de Aguiar"
Aos vintenove de Junho do miloitocentos e dezenove anos no oratorio de/da Donna Gertrudes
Eufrosina Ayres..... ......................Rafa
el Tobias de Aguiar e Bento Paes de Barros solteiros......testemunhosde……………………Antonio Paes de Barros natural da Villa
de Itu, filho legitimo do capitao Antonio de Barros Penteado e da Donna Maria
Paula,……por parte paterna de Fernando Paes de Barros, natural de Araçiguarama,
e de Angela Ribeiro Leite, natural da Cidade de Sao Paulo; com Donna Gertrudes
Eufrosina de Aguiar, natural desta Villa, filha do Coronel Antonio Francisco de Aguiar
Aguiar e de Donna Gertrudes Eufrosina de Aires, naturais desta Villa, neta por parte
Paterna de Jeronimo de Almeida de Abreo/u e de Leonarda Maria de Menezes…..por parte
Materna do Coronel Paulino Ayres de Aguiar, natural de Sao Sebastiao e de Donna………
Anna Maria de Oliveira…natural desta Villa.............................’neto por parte Materna de Salvatore Jorge Velho e de Genebra Maria.Machado………………"
 a esquerda a assinatura de testemunho  Bento Paes de Barros, barão de Itu, o meu 4° avô, cunhado de Rafael Tobias porque casou com a irmã dele: Leonarda de Aguiar.
a direita a assinatura do testemunho Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar,   irmão de Leonarda de Aguiar (acima), Gertrudes Eufrozina de Aguiar (esposa do Barao de Piracicaba, Antonio Paes de Barros) como tambem de Rosa de Aguiar que foi casada com o meu outro 4° avô, Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba em 2° nupcias. Ele tambem irmã do Barao de Itu e do Barao de Piracicaba..... a primeira esposa de Fransisco Xavier de Barros foi tambem uma irmã dos Aguiar: Ana de Aguiar que faleceu sem geraçao.
(o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar casou em dia 14 de Junho 1842 com a Marquesa de Santos, Domitilia de Castro e Canto. Testemunho foi Francisco Xavier Paes de Barros).
3 irmãos Paes de Barros casados com 4 irmães de Aguiar.

Uma bela salada de parentesco...!!!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Itu e Sorocaba, origens de familia

Atuazlizado em 1 de março 2015 por Tiffany Bühlmann

Vista da cidade de Itu, Jean Baptiste Debret, 1831
<<Muito provavelmente, o Capitão Antônio Francisco de Aguiar  de Sorocaba, casado com Gertrudes Eufrosina Aires,(5°s avós de Tiffany) filha do tenente-coronel Paulino Aires de Aguirre e Ana Maria de Oliveira estabeleceu um pacto com o Capitão Antônio de Barros Penteado, de Itu, marido de Maria Paula Machado, (5°s avós de Tiffany), com o objetivo de instituírem uma estratégia matrimonial envolvendo as respectivas proles, de modo a beneficiar os patrimônios de ambas as famílias. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.

Coronel Antonio Francisco de Aguiar
casado com Gertrudes Eufrozina Ayres (5° avós de Tiffany) arrematador, durante quase toda a sua vida, de diversos impostos, amealhou considerável patriomônio ao longo dos anos Teve apenas um filho homem, o famoso brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (4° tio-avó de Tiffany), importante homem da política provincial nas primeiras décadas do Império. O Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1793-1857), por muitos anos grande líder do Partido Liberal, por duas vezes presidente da Província (1831-1835 e 1840-1841), por exemplo, deixara de sua união com a Marquesa de Santos (1797-1867) quatros filhos.

Para tanto, Antonio Francisco de Aguiar deu duas de suas filhas, irmãs de Rafael Tobias de Aguiar futuro brigadeiro, em casamento a filhos solteiros de Antonio de Barros Penteado.

Assim, em 1819, Gertrudes Eufrosina de Aguiar consorciou-se com Antônio Paes de Barros, futuro Barão de Piracicaba. A sua irmã, Leonarda de Aguiar, (1808-1881) com Bento Paes de Barros (1788-1858), futuro Barão de Itu e 4°avós de Tiffany. Mais tarde, em 1827, outra irmã de Leonarda e Gertrudes, Rosa de Aguiar (1811-1847), consorciou-se com Francisco Xavier Paes de Barros, o capitão Chico de Sorocaba (ca.1794-1875), irmão de Be
nto e Antônio, e tambem 4° avô de Tiffany.

Depois de falecida, o viúvo, capitáo Chico, casou-se com outra irmã Aguiar, de nome Anna Fausta Maria de Jesus Aguiar. Temos assim quatro irmãs Aguiar casadas com três irmãos Paes de Barros. Certamente, os chefes de família deviam manter relações comerciais desde longa data e foi a partir dos interesses comuns que nasceu o desejo de estreitarem vínculos.

A familia Paes de Barros, natural de Itu, grande produtora de açucar era jà muito rica. O tombamento de Itu em 1817 organizado pelo cap.mor da vila Vicente da Costa Goes e Aranha informa que em Itu foram arolados 136 engenhos, 400 lavradores e 3’317 escravos.
Entre os mais importantes senhores de engenho està Antonio de Barros Penteado, então jà sogro do brigadeiro Luiz Antonio de Souza.
Antonio de Barros Penteado (1742-1820) foi casado com Maria Paula Machado, ( filha do capitao-mor Jorge Velho e Genebra Maria Machado) que tivem 8 filhos. A segunda  filha nascida em 1785 foi Genebra de Barros Leite (1782-1836) que em 1797 casou com só 14 anos o brigadeiro de Souza mais velho de 25 anos..(1760-1819). 

Antonio de Barros Penteado foi filho de Fernao Paes de Barros e Angela Ribeiro de Cerqueira. Com os seus irmãos José e Francisco foram para as minas de Ouro em Mato Grosso, particularmente na de “Melgueira”. Antonio e José compraram terras em Itu e Capivari e Francisco se estabeleceu em Vila Boa de Goes e tive familia ai. Sobre a descendencia de Francisco refere Silva Leme na Genealogia Paulistana em 1905 "ficou morando em Villa Boa de Goyaz, onde casou-se e deixou f.ºs. :D'este é bisneto o governador de Mato Grosso coronel Antonio Paes de Barros"  (Luiz Gonzaga da Silva Leme em 1905: Cap- III, tit. Penteados. pag. 376)

Como refere Taunay livro III pag. 70, na fazenda campos Eliseos em Itu do Antonio de Barros Penteado  foram registrados 100 escravos e igual numero nos 2 fazendasGramãdo” e “São Joõa” e de “sua esposa” Dona Angela de Ribeiro e Cerqueira que depois nâo foi sua esposa mas sua filha como refere Silva Leme na Genealogia paulistana.

A familia de Antonio Francisco de Aguiar, natural de Sorocaba, arrematador de diversos impostos, amealhou considéravel patrimonio ao longo dos annos. Por radicar-se em Sorocaba, é fácil deduzir que a família Aguiar tinha sua riqueza vinculada ao ciclo econômico do tropeirismo, que abarcava como 
Sorocaba 1864

foto por carlos nicomedes


atividades econômicas principais a comercialização de muares, criados na região sul do Brasil, a manutenção de um serviço de transportes baseado em tropas cargueiras e os negócios feitos com gêneros da terra para abastecimento de pontos remotos no interior do País.

Enquanto a fortuna dos Paes de Barros, amealhada de início, no século XVIII, a partir de lavras de ouro, provinha agora das extensas terras dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar em Itu. Em razão da comercialização do gado muar, Sorocaba estava intimamente ligada às áreas mineradoras e às áreas açucareiras, estas situadas no Oeste paulista, entre as quais se destacava a vila de Itu, elevada à condição de cidade conjuntamente com Sorocaba em fevereiro de 1842.

A estratégia de entrelaçar fortemente as duas famílias por meio da instituição do casamento tinha, portanto, como objetivo básico, reforçar o poder político e a abastança das famílias, já que, naquela época, os Aguiar enfrentavam problemas com os Silva Prado:

Antônio da Silva Prado, futuro Barão de Iguape, administrava então o Registro de Animais de Sorocaba, e essa atividade era um foco de constantes atritos com os Aguiar. Como cobrador de novo imposto, entáo colocado por Antonio da Silva Prado, entretiveram alcunos conflitos sobre os procedimentos de essa arredacao, como sobre menzionado.
Sucedendo ao pai, o brigadeiro Rafael Tobias (casado com a Marquêsa de 
Santos, Domitilia de Sousa e Castro em 1842), manteve uma rivalidade ainda maior do pai com Antonio da Silva Prado por causa da cobrança dos impostos promovido por este que se estendeu tambem sobre os seus parentes Paes de Barros.

Os casamentos realizados entre os Aguiar e os Paes de Barros também iriam facilitar o desenvolvimento das respectivas atividades econômicas, pois um lado da família se encarregaria de providenciar o meio de transporte apropriado para que a produção agrícola proveniente das fazendas que o outro lado da família explorava em Itu chegasse segura ao porto de Santos. (A familia tem parentesco com os Costa Aguiar em Santos)

Francisco Xavier Paes de Barros,
4° avó de Tiffany, foi comandante da Guarda Nacional e membro do Partido Liberal: Participou com o seu irmão Bento Paes de Barros tambem 4° avó de Tiffany, da Revolução de 1842 ao lado de Rafael Tobias de Aguiar, governador de S. Paulo. Foram presos mas depois anistiados. Francisco Xavier, apelidado mais tarde de Capitão Chico Sorocaba, transferiu-se depois para Santos, casando-se, com duas irmãs Aguiar. (Rosa e Anna). A mudança de domicílio estava certamente ligada aos interesses familiares mantidos nessa localidade.

Sob o ângulo da familia Paes de Barros, o planejamento dos casamentos é ainda mais amplo. Além dos três filhos já citados, havia também Anna Joaquina de Barros, primeira filha do casal Antonio de Barros Penteado (1781-1837), que casou-se com João Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era o correspondente comercial de seu sogro (Antonio de Barros Penteado).

Outra filha , Maria de Barros Leite (1804-1899), foi casada com o senador e conselheiro do Império Francisco de Paula Sousa e Mello, ituano com livre trânsito nos meios politicos da Corte. (Deles descende o engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza, neto materno do 1° Barao de Piracicaba, 4° tio-avó de Tiffany)

Três outras filhas contraíram matrimônio com figuras de vulto: Angela Ribeiro de Cerqueira (1799- ?), com José Manuel de Mesquita, um dos maiores negociantes de escravos do Oeste Paulista; Escolástica de Barros, com o ouvidor português Miguel de Azevedo Veiga; Genebra de Barros Leite (1784-1836), com o brigadeiro Luis Antônio de Sousa e em 2° nupcias, com José da Costa Carvalho, futuro Marquês de Monte Alegre e Presidente da Provicia.

Isso o nucléo de familia Paes de Barros e Aguiar de Itu e Sorocaba. Uma familia potente e rica que quando cominciou a estabelcer-se na cidade de São Paolo já encontrou formada na cidade uma ampla rede familiar de apoio.

"Podia contar com a lealdade dos parentes e contraparentes paulistanos, tanto do ponto de vista social, quanto do econômico e também do político" (Eudes Campos).>>


Textos em parte de:

Viver e sobreviver em uma vila colonial - Sorocaba, séculos XVIII e XIX" Carlos de Almeida Prado Bacellar, 2001)
 e
"Os Pais de Barros" por Eudes Campos, no AHM 2008. ano 3, n° 16 (Aquivio histórico municipal São Paulo)

Bibliografia :
Historia do café, Taunay livro III
Genealogia Paulistana, Silva Leme
O Quintal de Fàbrica , Anicleide Zequina
Um lavrador Paulista do tempo do império;Maria Celestina  T. M. Torres Istituto Historico Geografico Piracicaba
Rio Claro seicentesqua (pdf) Museo Historico e Pedagocico Amador Bueno da Veiga
Contribuiçâo ao estudo de formação de empresario Paulista (pdf), Zelia Maria Cardoso de Mello
Genealogia Paulistana, Silva Leme



Ascendencia segundo a genealogia paulistana:

Pedro Vaz de Barros c/c Luzia Leme, Pais de:

Antonio Pedroso de Barros c/c Maria Pires de Medeiros, pais de:

Pedro Vaz de Barros neto c/c Maria Leite de Mesquita, pais de:

Beatriz de Barros c/c Manoel Correa Penteado, pais de:

Fernao Paes de Barros c/c Angela Ribeiro Leite, pais de:

Antonio de Barros Penteado, José de Barros Penteado, Francisco de Barros Penteado, Maria de Cerqueira Paes, Anna, freira Ana Mathilda, Custodia Celia de Cerqueira, Maria Rosa de Cerqueira Camara.

Os três irmãos, Antonio, José e Francisco foram em Minas onde encontraram ouro. Antonio e José estabiliceram-se em Itu onde compraram terras e Francisco mudou para 
Villa Boa de Goyaz onde casou.

filhos de Antonio de Barros Penteado (Itu) e Maria Paula Machado 

Anna Joaquina de Barros (1781-1837) c/c em 1797 Joao Xavier da Costa Aguiar, membro de influente clã santista, e que era o correspondente comercial de seu sogro. 

- Genebra de Barros Leite (1782-1836) c/c em 1799 1.Brigadeiro Luiz Antonio de Sousa, fidalgo, enriquecera comerciando com o Mato Grosso. Depois adquiriu inúmeros engenhos de açúcar, que administrava a partir da cidade de São Paulo, vindo a constituir a maior fortuna paulista nas primeiras duas décadas do século) XIX. 2. vez casou-se Genebra com José da Costa Carvalho, futuro Marques de Monte Alegre e Presidente da Provincia
- Escholastica Joaquina de Barros (1786-1874) c/c em 1817 Dr. Miguel Antonio de Azevedo Veiga, ouvidor portugues, primeiro ouvidor e corregedor-geral em Itu foi Miguel Antonio de Azevedo Veiga, nomeado a 17 de dezembro de 1811, depois de exercer o cargo de ouvidor da Comarca de São Paulo. Português de nascimento, bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra, Azevedo Veiga morreu em Itu a 29 de maio de 1818. O historiador ituano Francisco Nardy Filho assegura que a comarca de Itu era a mais movimentada de todas as capitanias, em razão de ter o governador de São Paulo ordenado que todos aqueles que recebessem índios vindos dos sertões de Cuiabá registrassem o termo de tutela diante do ouvidor da comarca de Itu. Três anos após a sua criação, a comarca tinha sob sua jurisdição oito vilas, quinze freguesias e a Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema.

- Bento Paes de Barros, Barão de Itu (1788-1858) c/c em 1920 Leonarda de Aguiar, fazendeiro, capitão-mor de Vila de Itu. Agraçiado com o titulo de Baraão de Itu em 1846, o primeiro Ituano que recebeu titulo de nobreza.Participou ao lado de seu irmão Francisco Xavier Paes de Barros da Revolução de 1842 liderado do seu cunhado o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar

- Capitão Antonio Paes de Barros, Barão de Piracicaba (1791-1876) c/c em 1819 Getrudes Eufrosina de Aguiar, fazendeiro de café em Rio Claro, um dos fundadores de Rio Claro. Foi Deputado as Côrtes Constituintes Portuguezas.foi o 1º á apresentar ao Governo o projecto para uma Estrada de Ferro de Santos á Rio Claro. Era Official da Imperial Ordem da Rosa. O titulo de Barão de Piracicaba lhe foi concedido em 1854

- Joaquim Floriano de Barros (ca 1796-1831) c/c em 1819 sua sobrinha Elisa Guilhermina Mesquita, filha de sua irmã Angela Ribeiro de Cerqueira.

 - Francisco Xavier Paes de Barros (1794-1875) o capitão "Chico de Sorocaba" c/c com 1. nupcias: Rosa Candida de Aguiar, (pais do Barão de Tatui), irmâ de Rafael Tobias de Aguiar e de Leonarda de Aguiar, esposa do Barão de Itu, , 2. nupcias: Ana Fausta Maria de Jesus de Aguiar, irmâ de primeira esposa, 3. nupcias: Andreza de Oliveira. Com o seu irmão Bento participou da Revolução de 1842 liderado do seu cunhado o brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar

Angela Ribeiro de Cerquiera (1799-?) c/c em 1795 José Manoel de Mesquita, 

- Maria de Barros Leite (1804-1898) c/c Francisco de Paula Sousa e Mello, (senador e conselheiro do Imperio, ituano com livre transito nos meios politios da Corte).




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Maria Paes de Barros, née Souza Barros, autora de No tempo de dantes.

atualizado 25.05.2022



Em seu livro " No tempo de dantes" Ela fala de sua infância em torno de 1850 a 187o, do seu pai, o Comendador Luis Antonio de Souza Barros, do seu tio Francisco, o Barão de Souza Queiros como tambem de sua tia, Mafalda de Sousa Queiroz, Marquesa de Valença. Todos tambem  parentes do tronco dos Paes de Barros de Sao Paulo.
Descrive pessoas importantes, que iam e vinham na casa de seu pai. Fala de uma São Paulo como uma pequena cidade de ritmo lento, alguns sobrados e apenas escravos transitando por ruas silenciosas....Conta dos métodos de ensino em casa, em seguida, os passeios em São Paulo a pé, a vida domestica no dia-a-dia, os viagens pelas fazendas e dos trabalhos dos escravos.
Com lindas fotos dela e seu marido, o senador Antonio Paes de Barros junior, um outro parente. Jà que ele foi um primo de sua esposa, filho do 1° Baráo de Piracicaba, Antonio Paes de Barros, irmão do 2° Barao de Piracicaba, Rafael Tobias Paes de Barros e irmô do major Diogo Paes de Barros que fundou a primeira fabrica de tecidos na cidade de Sâo Paulo entre 1872-74.....
Fotos da velha São Paulo, velhas carruagens e utensílios com descriçao de vida de uma São Paulo no liberalismo brasileiro com as contradiçoes de seu tempo na élite paulistana.



Um livro interessante que deixa uma impressâo dessa epoca em Sao Paolo, de ponto de vista de uma senhora que foi "filha de sua epoca" com os varios problemas politicos e morais.

A sua biografia:


Quando dona Maria Paes de Barros fez 100 (cem) anos, em 1951, os jornais dedicaram-lhe grandes espaços para entrevistas. De extraordinária lucidez, ela conseguira notoriedade com a publicação de livros, já em idade avançada, e com atitudes políticas ousadas como as manifestações públicas de simpatias à extinta União Soviética, atitudes surpreendentes para quem pertencia a uma das mais aristocráticas famílias paulistas.
Dona Maria Paes de Barros

Aos 94 anos, Dona Maria editara, "Nos Tempos de Dantes", livro prefaciado por Monteiro Lobato. E´ uma obra preciosa, pois continha sua memória de infância, plenas de revelações sobre os costumes familiares de São Paulo do século XIX.
Ela era filha do comendador/Brigadeiro Luís Antonio de Sousa Barros, (o da avenida), que foi irmão do Barão de Limeira (Vicente de Sousa Queiroz) e do Barão de Sousa Queiroz (cel. Francisco Antonio de Sousa Queiroz). Nomes de aristocracia imperial paulista. Familia de cafeicultor, senhor de escravos e moderno capitalista.

O brigadeiro foi casado 2a vez com Felicissima de Almeida Campos. Ele foi um rico e famoso cidadão paulistano de sua época.  Brigadeiro Sousa Barros foi o primeiro prefeito de São Paulo, de 5 de maio a 21 de novembro de 1835. O cargo, após a passagem de alguns outros titulares, também de breves mandatos, foi logo extinto para ressurgir só vários anos depois. Foi filho de Genebra de Barros Leite, (irmã do barão de Itu, do barão de Piracicaba, do cap. Chico de Sorocaba Francisco Xavier Paes de Barros e outros) e do brigadeiro Luiz Antontio de Sousa.

Dona Maria Paes de Barros passara os seus dias de criança numa  chácara no, hoje, centro da cidade. A chácara dos Sousa Barros tinha sua frente entre as atuais praça do Correio e Largo do Paissandu. Estes dois logradouros, inclusive chamados na época, respectivamente de Acu e Largo do Tanque de Zuniga, estavam dentro da propriedade.

Os fundos da Chácara estendiam-se até os limites do bairro de Santana. No Largo do Tanque Zuniga, tinha nascente o rio Iacuba, cujo nome, transformou-se por modificações e simplificações, na palavra Acu, denominação antiga da área ocupada pela praça do Correio e redondezas.

O riacho Iacuba, na sua rota para encontrar-se com o rio Anhangabaú, logo abaixo, passava próximo à confluência da rua Brigadeiro Tobias com a Ladeira Santa Efigênia. Ali a chácara do comendador Sousa Barros confrontava-se com a chácara do brigadeiro Tobias de Aguiar (que foi um tio do Barao de Tatui, cuja mãe, Rosa de Aguiar, foi irmã do Brigadeiro).

Casada, em segundo núpcias, com o brigadeiro Tobias de Aguiar (cunhado de Genebra e dos barões de Itu e Piracicaba), a Marquesa de Santos foi morar numa casa construída junto à esquina daquelas duas ruas. Em frente à casa, ficava a Biquinha do Acu.

No livro Nos Tempos de Dantes, ao falar no casarão em que passou sua infância, Dona Maria Paes de Barros cita-o como "um grande sobrado, um tanto fora da cidade". Naquela época, São Paulo mal ultrapassara o seu núcleo original.

Em 1882, retalhada a chácara, demoliu-se o seu casarão. Sete anos depois, aos 78 anos, Antonio Luis de Sousa Barros morreu.


As memorias de nossa prima Maria Paes de Barros se referem ao periodo entre 1851 até 1889/1892 (repubblica), quando as famílias começaram a sofrer a desintegração econômica (primeira crise do café), o abandono e a venda de terras e as mudanças de hábitos e interesses dos filhos do sexo masculino.

Acostumada a conviver, na infância, com as grandes personalidades políticas, parentes e amigas do seu pai, Dona Maria Paes Barros casou-se em 1868 com um primo, Antonio Paes de Barros . Ele era 11 anos mais grande dela. Ele hàavia estudado  engenharia na Suiça (Zurique) e também tornou-se vereador, depois senador em 1904, já no período republicano. Ele nasceu em 1840 e era filho do 1° Barao de Piracicaba, Antonio Paes de Barros (mesmo nome do filho) e de Gertrudes Eufrosina de Aguiar (outra irmã do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar). Era  irmâo do 2° barão de Piracicaba (Raphael), da marquesa de Itu (Anna), de Diogo de Barros que lutou na guerra em Paraguai e depois fundou a primeira fabrica de técidos na cidade de Sâo Paulo, de Gabriella, e de  Maria Raphaela casada com o Dr. Antonio Francisco de Paula Souza, (Estes ultimos foram os pais do  engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza (com quem Diogo havia estudado na Suiça) e o qual casou com Ada Herwegh conhecida em Suiça.. Mais sobre Antonio Francisco aqui : 

A carreira de Antonio Paes de Barros, porém, logo seria interrompida por uma doença que o afastou da vida ativa, vivendo invaldo por uma parte de sua vida. Assim dona Maria foi obrigada a assumir a liderança da família retirando-se para uma das fazendas de famiia em Pirassununga. O senador Antonio Paes de Barros era 
o primeiro dono da fazenda Santa Gertrudes da Barra  a "fazenda da Barra" em Pirassununga SP. Doava terras pela construçâo da estação Emas. Hoje em estas terras tem a aéronautica militar. 


Antonio faleceu em 21.09.1909 em São Paulo e foi enterrado no cemiterio da Consolação em São Paulo.



Antonio Paes de Barros e Maria de Sousa Barros, em ca 1886., foto tirada do livro "no tempo de dantes".



senador Antonio Paes de Barros, primo e marido de Maria Paes de Barros.
foto tirada do Correio Paulistano 1909 em occasão do seu falecimento.


Esvanecida a riqueza familiar, ela, jà dona matura, encontrou forças para realizar alguns trabalhos significativos, entre eles, a publicação, em 1932, de uma "História do Brasil". Foi ainda a fundadora do primeiro Tênis Clube de São Paulo, diretora da Maternidade de São Paulo e membro ativo da Igreja Presbiteriana de São Paulo.



Cinco gerações da família paulista Souza Barros. Ao centro, Dona Felicíssima, com sua tataraneta Evangelina no colo. Maria Paes de Barros está à esquerda, sua filha Maricota Barros Wright, à direita. De pé, sua neta Elisa Oliveira, c.1920. (Imagem do livro No Tempo de Dantes)


Maria de Sousa Barros nasceu em 9.7.1851, casou em 1868 com seu primo Antonio Paes de Barros (o senador para distinguir os muitos Antonios na familia)  e faleceu 11.9.1951. Foi enterrada no cémiterio da Consolação.

Foram pais de  9 filhos : 

- Antonio Paes de Barros  ( 1870-?) , apelidado Tonicao, era funcionàrio da Segreteria de Agricoltura,

- Maria Luiza (Maricota) 1872-1924, casada com o ingles, o Coronel Edmundo Wright  (ela supra na foto).

- Luiz Paes de Barros,(1874-?)

- Ottilia Paes de Barros (1875-=) casada com Sideny Crowthes Smith em 1899 na igreja Presbiteriana na rua 24 de Maio em Sao Paulo,

- Dr. Eduardo Paes de Barros, (1880-1913)  delegado da Policia em Faxina, casado com Olivia Lobato;

- Dr. Gustavo Paes de Barros,(1881-?) deputado estadual, casado com Guilhermina (?) ;

- Gertrudes Paes de Barros  (1883- 1973) casada com o Dr. Carlos Pereira Magalhães.

- Dr. Raphael Penteado do Barros (1887-1958)  foi professor da faculdade de Medicina em Sao Paulo e Chefe de Servicio da radiologia. , casado com Luiza; 
Foi também introdutor da fisioterapia no Brasil! Durante muitos anos o curso de fisioterapia na Universidade de São Paulo teve seu nome.

- Rosalina Paes de Barros (?-1966) casada com o Prof. Othaniel Motta (ele era tambem pastor de igreja presbiterana),



Raphael Penteado de Barros , filho do senador Antonio Paes de Barros e de Maria Paes de Barros,
, foto tirada da Academia de Medicina em Sao Paulo.





Gertrudes, filha do senador Antonio Paes de Barros e Maria Paes de Barros, née Souza Barros, , foto enviada-me por a prima Leda Magalhâes de Oliveira, neta materna de Gertrudes.



Obrigada Leda pelas muitas informações !