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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Maria Paes de Barros, née Souza Barros, autora de No tempo de dantes.

atualizado 25.05.2022



Em seu livro " No tempo de dantes" Ela fala de sua infância em torno de 1850 a 187o, do seu pai, o Comendador Luis Antonio de Souza Barros, do seu tio Francisco, o Barão de Souza Queiros como tambem de sua tia, Mafalda de Sousa Queiroz, Marquesa de Valença. Todos tambem  parentes do tronco dos Paes de Barros de Sao Paulo.
Descrive pessoas importantes, que iam e vinham na casa de seu pai. Fala de uma São Paulo como uma pequena cidade de ritmo lento, alguns sobrados e apenas escravos transitando por ruas silenciosas....Conta dos métodos de ensino em casa, em seguida, os passeios em São Paulo a pé, a vida domestica no dia-a-dia, os viagens pelas fazendas e dos trabalhos dos escravos.
Com lindas fotos dela e seu marido, o senador Antonio Paes de Barros junior, um outro parente. Jà que ele foi um primo de sua esposa, filho do 1° Baráo de Piracicaba, Antonio Paes de Barros, irmão do 2° Barao de Piracicaba, Rafael Tobias Paes de Barros e irmô do major Diogo Paes de Barros que fundou a primeira fabrica de tecidos na cidade de Sâo Paulo entre 1872-74.....
Fotos da velha São Paulo, velhas carruagens e utensílios com descriçao de vida de uma São Paulo no liberalismo brasileiro com as contradiçoes de seu tempo na élite paulistana.



Um livro interessante que deixa uma impressâo dessa epoca em Sao Paolo, de ponto de vista de uma senhora que foi "filha de sua epoca" com os varios problemas politicos e morais.

A sua biografia:


Quando dona Maria Paes de Barros fez 100 (cem) anos, em 1951, os jornais dedicaram-lhe grandes espaços para entrevistas. De extraordinária lucidez, ela conseguira notoriedade com a publicação de livros, já em idade avançada, e com atitudes políticas ousadas como as manifestações públicas de simpatias à extinta União Soviética, atitudes surpreendentes para quem pertencia a uma das mais aristocráticas famílias paulistas.
Dona Maria Paes de Barros

Aos 94 anos, Dona Maria editara, "Nos Tempos de Dantes", livro prefaciado por Monteiro Lobato. E´ uma obra preciosa, pois continha sua memória de infância, plenas de revelações sobre os costumes familiares de São Paulo do século XIX.
Ela era filha do comendador/Brigadeiro Luís Antonio de Sousa Barros, (o da avenida), que foi irmão do Barão de Limeira (Vicente de Sousa Queiroz) e do Barão de Sousa Queiroz (cel. Francisco Antonio de Sousa Queiroz). Nomes de aristocracia imperial paulista. Familia de cafeicultor, senhor de escravos e moderno capitalista.

O brigadeiro foi casado 2a vez com Felicissima de Almeida Campos. Ele foi um rico e famoso cidadão paulistano de sua época.  Brigadeiro Sousa Barros foi o primeiro prefeito de São Paulo, de 5 de maio a 21 de novembro de 1835. O cargo, após a passagem de alguns outros titulares, também de breves mandatos, foi logo extinto para ressurgir só vários anos depois. Foi filho de Genebra de Barros Leite, (irmã do barão de Itu, do barão de Piracicaba, do cap. Chico de Sorocaba Francisco Xavier Paes de Barros e outros) e do brigadeiro Luiz Antontio de Sousa.

Dona Maria Paes de Barros passara os seus dias de criança numa  chácara no, hoje, centro da cidade. A chácara dos Sousa Barros tinha sua frente entre as atuais praça do Correio e Largo do Paissandu. Estes dois logradouros, inclusive chamados na época, respectivamente de Acu e Largo do Tanque de Zuniga, estavam dentro da propriedade.

Os fundos da Chácara estendiam-se até os limites do bairro de Santana. No Largo do Tanque Zuniga, tinha nascente o rio Iacuba, cujo nome, transformou-se por modificações e simplificações, na palavra Acu, denominação antiga da área ocupada pela praça do Correio e redondezas.

O riacho Iacuba, na sua rota para encontrar-se com o rio Anhangabaú, logo abaixo, passava próximo à confluência da rua Brigadeiro Tobias com a Ladeira Santa Efigênia. Ali a chácara do comendador Sousa Barros confrontava-se com a chácara do brigadeiro Tobias de Aguiar (que foi um tio do Barao de Tatui, cuja mãe, Rosa de Aguiar, foi irmã do Brigadeiro).

Casada, em segundo núpcias, com o brigadeiro Tobias de Aguiar (cunhado de Genebra e dos barões de Itu e Piracicaba), a Marquesa de Santos foi morar numa casa construída junto à esquina daquelas duas ruas. Em frente à casa, ficava a Biquinha do Acu.

No livro Nos Tempos de Dantes, ao falar no casarão em que passou sua infância, Dona Maria Paes de Barros cita-o como "um grande sobrado, um tanto fora da cidade". Naquela época, São Paulo mal ultrapassara o seu núcleo original.

Em 1882, retalhada a chácara, demoliu-se o seu casarão. Sete anos depois, aos 78 anos, Antonio Luis de Sousa Barros morreu.


As memorias de nossa prima Maria Paes de Barros se referem ao periodo entre 1851 até 1889/1892 (repubblica), quando as famílias começaram a sofrer a desintegração econômica (primeira crise do café), o abandono e a venda de terras e as mudanças de hábitos e interesses dos filhos do sexo masculino.

Acostumada a conviver, na infância, com as grandes personalidades políticas, parentes e amigas do seu pai, Dona Maria Paes Barros casou-se em 1868 com um primo, Antonio Paes de Barros . Ele era 11 anos mais grande dela. Ele hàavia estudado  engenharia na Suiça (Zurique) e também tornou-se vereador, depois senador em 1904, já no período republicano. Ele nasceu em 1840 e era filho do 1° Barao de Piracicaba, Antonio Paes de Barros (mesmo nome do filho) e de Gertrudes Eufrosina de Aguiar (outra irmã do Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar). Era  irmâo do 2° barão de Piracicaba (Raphael), da marquesa de Itu (Anna), de Diogo de Barros que lutou na guerra em Paraguai e depois fundou a primeira fabrica de técidos na cidade de Sâo Paulo, de Gabriella, e de  Maria Raphaela casada com o Dr. Antonio Francisco de Paula Souza, (Estes ultimos foram os pais do  engenheiro Antonio Francisco de Paula Souza (com quem Diogo havia estudado na Suiça) e o qual casou com Ada Herwegh conhecida em Suiça.. Mais sobre Antonio Francisco aqui : 

A carreira de Antonio Paes de Barros, porém, logo seria interrompida por uma doença que o afastou da vida ativa, vivendo invaldo por uma parte de sua vida. Assim dona Maria foi obrigada a assumir a liderança da família retirando-se para uma das fazendas de famiia em Pirassununga. O senador Antonio Paes de Barros era 
o primeiro dono da fazenda Santa Gertrudes da Barra  a "fazenda da Barra" em Pirassununga SP. Doava terras pela construçâo da estação Emas. Hoje em estas terras tem a aéronautica militar. 


Antonio faleceu em 21.09.1909 em São Paulo e foi enterrado no cemiterio da Consolação em São Paulo.



Antonio Paes de Barros e Maria de Sousa Barros, em ca 1886., foto tirada do livro "no tempo de dantes".



senador Antonio Paes de Barros, primo e marido de Maria Paes de Barros.
foto tirada do Correio Paulistano 1909 em occasão do seu falecimento.


Esvanecida a riqueza familiar, ela, jà dona matura, encontrou forças para realizar alguns trabalhos significativos, entre eles, a publicação, em 1932, de uma "História do Brasil". Foi ainda a fundadora do primeiro Tênis Clube de São Paulo, diretora da Maternidade de São Paulo e membro ativo da Igreja Presbiteriana de São Paulo.



Cinco gerações da família paulista Souza Barros. Ao centro, Dona Felicíssima, com sua tataraneta Evangelina no colo. Maria Paes de Barros está à esquerda, sua filha Maricota Barros Wright, à direita. De pé, sua neta Elisa Oliveira, c.1920. (Imagem do livro No Tempo de Dantes)


Maria de Sousa Barros nasceu em 9.7.1851, casou em 1868 com seu primo Antonio Paes de Barros (o senador para distinguir os muitos Antonios na familia)  e faleceu 11.9.1951. Foi enterrada no cémiterio da Consolação.

Foram pais de  9 filhos : 

- Antonio Paes de Barros  ( 1870-?) , apelidado Tonicao, era funcionàrio da Segreteria de Agricoltura,

- Maria Luiza (Maricota) 1872-1924, casada com o ingles, o Coronel Edmundo Wright  (ela supra na foto).

- Luiz Paes de Barros,(1874-?)

- Ottilia Paes de Barros (1875-=) casada com Sideny Crowthes Smith em 1899 na igreja Presbiteriana na rua 24 de Maio em Sao Paulo,

- Dr. Eduardo Paes de Barros, (1880-1913)  delegado da Policia em Faxina, casado com Olivia Lobato;

- Dr. Gustavo Paes de Barros,(1881-?) deputado estadual, casado com Guilhermina (?) ;

- Gertrudes Paes de Barros  (1883- 1973) casada com o Dr. Carlos Pereira Magalhães.

- Dr. Raphael Penteado do Barros (1887-1958)  foi professor da faculdade de Medicina em Sao Paulo e Chefe de Servicio da radiologia. , casado com Luiza; 
Foi também introdutor da fisioterapia no Brasil! Durante muitos anos o curso de fisioterapia na Universidade de São Paulo teve seu nome.

- Rosalina Paes de Barros (?-1966) casada com o Prof. Othaniel Motta (ele era tambem pastor de igreja presbiterana),



Raphael Penteado de Barros , filho do senador Antonio Paes de Barros e de Maria Paes de Barros,
, foto tirada da Academia de Medicina em Sao Paulo.





Gertrudes, filha do senador Antonio Paes de Barros e Maria Paes de Barros, née Souza Barros, , foto enviada-me por a prima Leda Magalhâes de Oliveira, neta materna de Gertrudes.



Obrigada Leda pelas muitas informações !